O que se espera sempre é a punição dos maus e a felicidade dos bons, como se as novelas fossem o que aprendemos sobre o céu e o inferno na educação judaico-cristã que recebemos em casa.

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Mas nem as novelas nos proporcionam esse deleite e em Belíssima, que termina semana que vem, talvez não seja diferente da vida real, em que as coisas normalmente não são muito justas.

Será que Bia Falcão, de Fernanda Montenegro, será punida por suas maldades ? Talvez ela não seja e continue com sua vida cheia de mordomias. Vitória, de Cláudia Abreu, e Júlia, de Glória Pires, como muitos mortais de verdade, continuarão pessoas boas e sofridas?

Ao mesmo tempo que é indiscutível o  os assuntos relacionados à programação de tevê.

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Será que Quiqui, de Serafim González, está vivo e Gigi, de Pedro Paulo Rangel, é um mau-caráter e criou o plano malvado que seu fascínio pelo cinema o ajudou a construir, perguntou Sílvio de Abreu a jornalistas que lhe pediram dicas sobre o fim da trama, um sucesso de audiência com mais de 50 pontos no Ibope todos os dias.

No diz-que-diz sobre o pai de André, de Marcello Anthony, há uma versão dando conta de que Quiqui forjou sua morte para tomar chá de sumiço. A outra versão é de que o delegato Gilberto, de Marcos Palmeira, fez de conta que houve a tal morte para deixar André desnorteado e impedir Quiqui de agir mesmo preso.

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Continua forte o fuxico dando conta de que Bia é mãe de Vitória, de Cláudia de Abreu, e tenta eliminá-la pelo ódio ao fato de ter sido rejeitada pelo pai da cria, o turco Murat, de Lima Duarte.

O delegato parece que não vai chegar lá a partir da tal caderneta de Quiqui, que Mônica, de Camila Pitanga, e Cemil, de Leopoldo Pacheco, entregarão a ele. Pois o documento terá o tal plano, mas nada sobre mandantes.

Com os capítulos da semana divulgados apenas com o que rola até quarta, o que se sabe é que ele vai encontrar com Bia na casa de Vitória jogando um verde do tipo descobri o plano com o seu desaparecimento e a morte de Valdete, de Leona Cavalli. Tcharã…

No começo

Páginas da vida, que estréia dia 10, no horário nobre da Globo, será a nona novela de Manoel Carlos (direita). Na emissora desde 72, ele assina sucessos como Laços de Família, de 2000, Mulheres apaixonadas, em 2003. É um autor apegado às atualidades e com manias que aparecem no trabalho.

Tanto passa a noite acordado, trabalhando, como se deita às sete da noite para levantar às três e escrever. ?Não uso relógio há mais de 40 anos?, diz ele, que usa bengala como apoio para caminhar.

Morador do Leblon, ele sempre coloca o tal bairro no centro da vida dos personagens, que circulam entre bancas de revista e livrarias de verdade. Além disso, suas novelas sempre têm uma Helena. A de Páginas da vida não será diferente das outras que criou para a mesma Regina Duarte (foto à direita). ?Uma mulher que procura ser equilibrada, mas luta contra uma tendência muito grande de se apaixonar além da conta?, define o autor. Pioneiro na inserção de fatos recentes do noticiário nas novelas, também aborda temas sociais.

Desta vez fará campanha pela inclusão social de portadores de aids e Síndrome de Down, neste caso, a partir da adoção que Helena fará de Clara, uma criança com a deficiência.

?Páginas da Vida é um livro de histórias. Histórias de muitas vidas, que se parecem com a vida que vivemos e vemos as pessoas viverem?, antecipa o autor. Casamentos que começam e terminam, conflitos e amores entre pais e filhos, amigos e amantes, sonhos alcançados, incertezas, paixões, traições.

Diretor da nova trama, Jayme Monjardim (esquerda) acredita que hoje é impossível fazer novela sem o chamado merchandising social. ?Acho que isso faz parte da cultura dos autores nesta década.? Depois de Terra Nostra, de 99, e O clone, de 2001, ele ficou pouco tempo em América, de Glória Perez, com quem se desentendeu.

Gêmeas

O SBT reestréia dia 10, às 14h35, a trama mexicana Cúmplices de um resgate. De autoria de Socorro González, a história gira em torno de Mariana e Silvana, irmãs gêmeas que foram separadas ao nascerem e que, 11 anos depois, terão seus destinos cruzados. Uma rica, outra pobre, claro.

Ídolos

Com a participação de Wanessa Camargo na quinta eliminatória de Ídolos, o candidato de Brasília, Angel Duarte deixou o programa. Preferido do júri, foi eliminado com o menor número de votos do público.

Agora apenas cinco finalistas disputam o título de novo ídolo da música brasileira: Osnir, Leandro, Vanessa, Lucas e Paulo Neto. O reality show do SBT vai ao ar às quartas, 22h15, e às quintas, 22h30.

Páginas

Em Páginas da vida, a médica Helena, de Regina Duarte, é casada com Gregório, de José Mayer. Outra vez garanhão, ele vai trabalhar para o personagem de Tarcísio Meira, Aristides, apelidado de Tide, começando a novela de caso com uma das filhas do patrão. Esta figura é Carmem, de Natália do Vale, também casada e infiel, é mãe de Marina, da curitibana Marjorie Estiano, uma das quatro paranaenses que fazem dessa a novela que até hoje reúne o maior número de atores, atrizes, no caso, daqui da terra das araucárias em extinção.

Revelada também na música na novelinha Malhação, Marjorie será uma garota insatisfeita, estudante de comunicação, que quer ser atriz e cobra a tudo e a todos. Entre os irmãos de sua mãe estão Olívia, de Ana Paula Arósio, e Jorge, de Thiago Lacerda. O bonitão terá, mais pra frente da trama, uma quedinha pela também paranaense Grazielli Massafera, a ex-big brother que fará Thelma.

As outras paranaenses da novela também se ligarão ao clã de Tarcísio e Glória Menezes, a Lalinha. Sônia Braga será a artista plástica que Olívia quer trazer para o Brasil e Letícia Sabatella, a freira da enfermagem do hospital onde Helena se tornará mãe adotiva de criança portadora de Síndrome de Down.