Por ora, não se tem notícias de que ele esteja em listas de jurados de morte por conta das denúncias que faz. Até porque depois de invadir o horário nobre da Globo com documentário pra lá de realista, já faz nove semanas que mantém Falcão – meninos do tráfico como o quarto livro da lista dos mais vendidos do País.
Lançando agora o seu terceiro CD com temas baseados na convivência com as crianças e jovens explorados pelo tráfico de drogas, o rapper carioca MVBill é o famoso da entrevista especial da última edição da Playboy.
Com 32 anos, ele explica que tirou o nome de guerra da abreviação de Mensageiro da Verdade. Bill foi acréscimo de um amigo, que se inspirou na feiura de um rato que o time da Nova Zelândia levou como mascote para a copa de 82.
Com 1,94 m de altura e um jeito que a revista define como mal-encarado, Alex Pereira Barbosa já viu muita gente morrer em tiroteio, tem pesadelos com os garotos assassinados que foram personagens do documentário e do livro.
Mesmo assim, gosta de morar na favela e poucas vezes foi abordado por marginais ou pela polícia. Ele acha que a fama o protege e não tem medo do tráfico, mas teme o futuro, no qual inclui filhos, suas discussões de foco social e do Brasil.
Com conteúdo e força de mídia, MVBill já levou o assunto do tráfico para discussão no Senado e na Daslu, aquela superbutique de São Paulo que chegou a ser lacrada por fraude na contabilidade dos produtos de luxo que importa.
?Foi uma estratégia para chegar aos milionários?, diz ele, que faz palestras em defesa de investimentos que ele mesmo dá em educação e atividades sociais para crianças e jovens, e autografa para gente como o dono do Itaú, Olavo Setúbal. Ao falar da vida pessoal, o rapper contou à Playboy que, ao contrário da maioria dos jovens favelados, só perdeu a virgindade aos 20 anos, ao invés dos 14 anos. ?Não sou santo, mas devagarzão.?
Sorte e maldição
O ator americano Sidney Poitier e a atriz espanhola Penélope Cruz foram as únicas celebridades conhecidas em todo o mundo a faturarem prêmios ontem, no encerramento do festival de cinema mais famoso do planeta.
O Festival de Cannes deu ao astro de Ao mestre com carinho a Legião de Honra, pelo conjunto da obra, enquanto Penélope dividiu o prêmio para interpretação feminina com a veterana Carmem Maura e mais três atrizes desconhecidas no Brasil, pelo trabalho no elenco de Volver, o último filme de Pedro Almodóvar.
Atuando em Hollywood e na Europa, Penélope é uma moça de sorte. Namora o bonitão loirão Mathew MacConaughey e manteve um longo relacionamento com Tom Cruise – ainda pré – Nicole Kidman – quando os dois estrelaram Vanilla Sky.
Almodóvar, no entanto, saiu frustrado do evento para o qual seu filme era apontado como favorito. ?Ser favorito é uma maldição. É a única maneira de não ganhar?, declarou. A Palma de Ouro ficou com o inglês Ken Loach, pelo filme que pode ser traduzido como O vento que sacode a cevada.
Opostos
Ele tem 37 anos, a mulher, 46, e o casório já dura uma década. Cercado pelas beldades de Hollywood, Hugh Jackman nunca foi flagrado pulando a cerca e ainda adotou os dois filhos que tem com a atriz de tevê Deborra-Lee Furness.
Estrela da série de ficção X-Men, que acaba de estrear a terceira edição no cinema em Curitiba, Hugh é bem diferente do líder mutante Wolverine, ainda que o seu lado ficção também atraia bastante o público feminino.
Australiano, o ator se veste de maneira casual, é sorridente e cuidadoso com as pessoas com quem trabalha. Já o seu mutante com unhas de supermetal que viram garras afiadas, exala a inconveniente fumaça do charuto, tem modos grosseiros e não se preocupa com a limpeza dos jeans e da regata que usa.
Sim e não
O clipe está chegando, os shows começam em agosto, mas Nando Reis já cumpre com a maratona de entrevistas para promover o novo disco, batizado de Sim e não. As 12 faixas mantém linha folk pop-rock que marcou o início da jornada solo que abraçou ao deixar a banda Titãs.
A exemplo do que ocorreu com o consagrado MTV ao vivo, de 2005, o novo trabalho contou com a parceria da banda Os infernais, que o acompanha há seis anos, e com quem divide os créditos.
Destaque para a faixa Sou dela, que toca nas rádios, e na qual Nando repete a característica do break, das vozes femininas e a percussão inspirada em discos de Michael Jackson. Só com violão e harpa, a música Espatódea é dedicada à filha do cantor, Zoe, adolescente que segue a carreira do pai.
Romântico sussurrante
Depois das trilhas de novelas, filmes e participações em coletâneas, Marina Elali lança o primeiro CD, destaque da última edição da revista Sucesso, dirigida a profissionais do mercado musical.
Revelada num programa Fama, equivalente global de menores proporções que Ídolos, que atraiu 12 mil candidatos ao reality show do SBT, a bela de Natal, no Rio Grande do Norte, faz bonito no trabalho essencialmente romântico.
Entre as músicas que ganharam nova roupagem na voz sussurrante de Marina estão o hit O amor e o poder, que Rosana tornou famosa, Frágil, de Sting, Sabiá, e Você, de Roberto e Erasmo Carlos. A cantora assina Mulheres gostam e Hipnotizar você, da trilha da comédia Se eu fosse você.
Luta
O Cine espetacular do SBT apresenta hoje, a partir das 22h30, o filme A última luta, com Jet Li. Além de muito kung fu, tradições e romance na ação de época que inclui a figura do imperador da China.