Um show sem ter a pretensão de ser um musical sobre a vida de Noel Rosa. Assim é Noel, espetáculo que entra em cartaz hoje no Teatro Paiol, dentro do Festival de Curitiba. Cinco músicos paranaenses levam para o palco 16 músicas do compositor – que morreu aos 27 anos e deixou mais de duzentas composições. Duas canções terão a participação da atriz, também paranaense, Letícia Sabatella.

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O espetáculo Noel estreou em Curitiba em maio de 2006, depois de quatro anos de pesquisa do ator e músico Márcio Juliano, que afirma que o show promove uma desconstrução do samba. ?A gente não inventou nada. Só se inspirou no belo trabalho que Noel deixou?, disse. Para o repertório foram escolhidas desde músicas consagradas, como Conversa de botequim, Feitiço da vila e Pastorinhas, como outras menos difundidas como Estátua da paciência que ele compôs, mas não gravou e Seja breve.

O músico e diretor artístico, Sérgio Albach comenta que entre as costuras do espetáculo são usados offs de Aracy de Almeida (1914-1988) amiga e musa inspiradora de muitas obras de Noel. ?Nós não explicamos isso no show, mas o público reconhece a voz dela, o que é muito legal?, conta.

A participação da voz feminina no show foi uma decisão do grupo para acrescentar um elemento novo a cada temporada. Letícia Sabatella é a décima mulher a integrar o espetáculo. Ela conta que a música sempre esteve presente na sua formação como atriz recentemente ela gravou A cigarra com Elza Soares. Para ela o espetáculo Noel traz uma nostalgia alegre ?porque traz o espírito de Noel Rosa para o palco?.

Rosângela Oliveira

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O quê: O show Noel

Quando: dias 28, 29 e 30 de março, às 12h

Onde: Teatro Paiol

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Quanto: R$ 20 e R$ 10

Surpresa

Juliana Paes ganhou uma festa surpresa anteontem à noite, no Rio, para comemorar seus 29 anos. Tudo organizado pelo namorado, Carlos Eduardo Baptista, com quem ela deve se casar em setembro.

A atriz nem suspeitou da armação. Achou que iria apenas jantar com Carlos Eduardo e se surpreendeu ao ver seus amigos e familiares na boate em Ipanema. Entre os convidados Miguel Falabella, Marcos Pasquim, Flávia Alessandra e Otaviano Costa, Danielle Suzuki, Sheron Menezes e Daniele Valente. Todos se divertiram com o show de drag queens e DJ contratados pelo namorado. A família de Juliana Paes também compareceu em peso.

A mãe da atriz, Regina, o pai, Carlos Henrique, as irmãs Rosana e Mariana, e a avó Íris, prestigiaram a atriz.

Troca

Roberto Cabrini trocou a Band pela Record. O jornalista disse que o processo de contratação no novo canal ?está em andamento?. ?Faz tempo que recebo convites da Record, porém, sempre declinava. Desta vez, foi o momento ideal?, revelou o jornalista.

Ele disse que será apresentador e repórter na nova emissora e entrará nos programas já existentes na grade da Record, porém, ?sem substituir nenhum apresentador?.

Na Band, Cabrini havia perdido o posto de âncora do Jornal da noite para Boris Casoy, com estréia prevista para abril. O projeto da Band era colocar Cabrini num novo programa de reportagens especiais, mas o apresentador, que já foi da Globo, preferiu mudar de emissora.

Protesto

Aproveitando o Dia Internacional do Teatro, comemorado ontem, um grupo de artistas que participam do Festival de Curitiba fez um protesto pedindo a criação de uma lei que estabeleça políticas públicas e de continuidade do teatro no Brasil.

A manifestação da classe artística está embasada no Movimento Redemoinho, que congrega vários coletivos artísticos de onze estados brasileiros. A chamada Lei do Prêmio do Teatro é defendida pelos artistas como forma de repasse de recursos de forma regionalizada para a pesquisa, montagem e circulação.

De acordo com o criador do Grupo Os Satyros, Ivan Cabral (foto) o classe é contra a Lei Rouanet, única no Brasil de apoio à cultura. ?Pela lei, depois de aprovado um projeto, se fica refém do departamento de marketing das empresas, que ditam todas as regas. Além disso, são privilegiados grandes projetos e artistas conhecidos?, comentou. De acordo com Márcia Moraes, da Cia Senhas de Teatro, a classe artística estaria colhendo assinaturas para um documento que será encaminhado ao Congresso Nacional pedindo a criação de uma lei justa.

Rosângela Oliveira