Metamorfose ambulante

Por incrível que pareça, Giovanna Antonelli não gosta de praia. A atriz é do tipo que troca, sem dó, um fim de semana na orla pelo sossego da serra. Mas ela não desanimou ao saber que passaria cerca de oito meses gravando uma novela cujo principal cenário é a praia. E a atriz, que vive a Alma em Três irmãs, jura que o papel não poderia ter aparecido em melhor hora. “É uma personagem que estou curtindo muito, mais do que curtiria há cinco anos. Tenho mais estrutura e experiência nas costas para poder me divertir sem medo de errar”, pontua ela, que foge do sol até na hora de se bronzear. “Faço bronzeamento artificial porque não tenho paciência de pegar sol”, admite.

Na história, Alma é a mais destrambelhada das três irmãs que dão título à trama. Ginecologista respeitada e séria, ela só perde as estribeiras em seus relacionamentos amorosos. “Ela é baratinada na vida pessoal, mas no trabalho é centrada e competente”, explica uma não menos estabanada Giovanna, que a toda hora esbarra em objetos próximos. Vítima de várias traições, Alma volta à fictícia cidade de Caramirim disposta a recomeçar quando dá de cara com dois ex-namorados: Galvão, de Bruno Garcia, com quem tem um affair logo no início da novela, e Gregg, de Rodrigo Hilbert, por quem seu coração realmente dispara.

Em 14 anos de carreira, a atriz já encarnou os mais diferentes papéis. Giovanna, que trabalhou como “angeliquete” no extinto Clube da criança, da Manchete, entre 1991 e 1993, estreou nas novelas em Tropicaliente, exibida pela Globo em 1994.

Depois, viveu sua primeira protagonista em Tocaia grande e teve um elogiado desempenho em Xica da Silva, ambas da Manchete. Em 1998, Giovanna voltou para a Globo em Corpo dourado, de Antonio Calmon, e de lá não saiu mais. Entre outros papéis, foi a prostituta Capitu, de Laços de família; a muçulmana Jade, de O clone; e a maléfica Bárbara, de Da cor do pecado. Mais recentemente, viveu a sofrida Clarice de Sete pecados. Giovanna também destacou-se no cimema.

Também atuou nos filmes Budapeste, de Walter Carvalho, e The heartbreaker, de Roberto Carminati. “Para mim, voltar a trabalhar com o Calmon, depois de dez anos, tem um gosto especial. Por outro lado, é novidade ser dirigida pelo Dennis, com quem nunca trabalhei”, finaliza a atriz.

Fabíola Tavernard – PopTevê

Aposta

Luiza Dantas/CZNThiago de los Reyes sabe fazer o tipo “bonzinho”. Não à toa, desde que estreou na tevê, em 2000, sempre foi escalado para viver mocinhos. Em Chamas da vida, primeira novela que atua na Record, não poderia ser diferente. O ator, de 19 anos, interpreta mais um personagem com “cara de anjo”. “Talvez pensem: ah, o Thiago faz bem o cara bonzinho! Vamos deixar. Ou talvez seja só uma coincidência”, analisa.

Com quase dez anos de carreira, Thiago conta que ainda quer viver muitos papéis na tevê. Entre eles, um vilão, tipo que, até hoje, nunca teve a chance de encarnar. Mas, como tem consciência de que está engatinhando na teledramaturgia, não se cobra além da conta. Aprendeu a esperar. Superatarefado, Thiago ainda concilia a novela com as aulas da faculdade de Cinema, no Rio, e o trabalho de assistente de direção em uma produtora carioca.

Carla Neves – PopTevê

Comédia oriental

Luiza Dantas/CZNDaniele Suzuki não consegue ficar parada. A atriz, que vive a não menos “inquieta” Alice em Ciranda de pedra, não pára de enumerar suas atividades, que vão desde a novela até a apresentação do programa Tribos, do canal por assinatura Multishow. Aos 31 anos, a carioca que tem ascendência japonesa, alemã, italiana e indígena, encara a reta final da trama para lá de satisfeita e certa de que conquistou um lugar merecido e batalhado na Globo. “Ralei muito para me manter aqui, por causa do meu ,perfil. Normalmente, os papéis para japoneses são caricatos. Conquistei um espaço e pego personagens independentemente da minha etnia”, comemora.

Moradora da pensão da Aurora, interpretada por Rosa Maria Colyn, Alice pendeu para o lado cômico da história, garantindo risos com seu jeito agitado e o inseparável bloquinho a tiracolo, onde ela anota toda e qualquer informação que acha pertinente. Mas papéis cômicos não são novidade para a atriz. Depois de estrear na tevê em Uga uga, e viver a revoltada Yoko do seriado Sandy e Júnior, os personagens de Daniele sempre penderam para o humor. Ela ganhou destaque ao viver a simpática Miyuki das temporadas de 2003 a 2005 de Malhação. Em seguida, foi a prostituta Yoko Bell, de Bang bang, e a Rosa, de Pé na jaca, todas com um “pé” na comédia. “Quando recebo uma sinopse, vou atrás. Faço pesquisas, compro acessórios que ache que tenham a cara do personagem, coloco “cacos” nos textos…”, conta.

Dinâmica, Daniele diz que sempre quis atuar, mas foi no balé que ela deu os primeiros passos na arte, aos 4 anos. Aos 10, já fazia comerciais e aos 13 matriculou-se em um curso de teatro. Formada em desenho industrial, embora não exerça a profissão, ela sempre dá um jeito de exercitar a criatividade.
Com cursos de jardinagem e de paisagismo concluídos, por exemplo, é ela a responsável por cuidar do jardim de sua casa.

Com o fim da novela que dará lugar a Negócio da China a partir do dia 6 de outubro, Daniele pretende viajar por um mês para países como Índia e África do Sul. Depois, a idéia é conciliar sua atribulada agenda de modo que ela consiga o “”privilégio” de ter um dia de folga por semana. “Há uns cinco anos não sei o que é isso. Quero ficar com as pernas para o ar vendo tevê. Vi que estou estafada com 31 anos e daqui a pouco cheia de cabelos brancos”, diverte-se a atriz que tem como projeto de vida abrir uma escola de artes para crianças. “Quero formar seres humanos através da arte”, sonha.

Fabíola Tavernard – PopTevê

Calado e quase pelado

Luiza Dantas/CZNMalvino Salvador, o Damião de A favorita, não encanta apenas pelo corpo perfeito que exibe nas novelas. Chama a atenção por mais de um motivo. Ele é simpático, esbanja boa forma e é inegavelmente bonito, qualidade que lhe garante, aliás, o posto de galã na trama. Mas bastam alguns minutos de conversa com o ator manauense para perceber que sua principal característica é o gosto por um bom bate-papo. “Sou bastante comunicativo, tenho muita energia. Se estou parado, começo a ficar aflito”, entrega.

Não deixa de ser curioso, então, que seus personagens na tevê sejam de poucas palavras. Assim como o taciturno Tobias, seu papel de estréia em Cabocla, ou o boxeador Régis, de Sete pecados, Damião também é mais reservado. “Fico colocando uns ‘cacos’ aqui, ali. Acho que os autores não gostam”, brinca. “Mas o bacana de ser ator é isso, viver alguém que não tem nada a ver com você”, pondera.

E esta oportunidade ele está tendo de sobra com o atual trabalho. Além de uma movimentada vida amorosa no início da trama, Damião tem protagonizado cenas para lá de sensuais com Dedina, personagem interpretada por Helena Ranaldi, esposa de seu melhor amigo. Malvino conta que o envolvimento tem gerado brincadeiras nas ruas, uma situação inédita para ele. “Nunca passei por algo assim, graças a Deus. E isso é muito louco, ter de lidar com emoções que nunca vivi”, confessa. Outro conflito que promete dar ainda mais destaque ao personagem é a descoberta de seu verdadeiro pai. Até aqui, Damião acredita ser órfão sem imaginar que é herdeiro de Romildo Rosa, o deputado corrupto vivido por Milton Gonçalves e inimigo declarado do operário. A revelação ainda não foi gravada, mas Malvino já tem idéia da reação que seu personagem terá ao descobrir suas origens.

Louise Araujo – PopTevê

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna