Quando foi chamado para fazer um teste em Floribella, Mário Frias já estava em busca de um projeto diferente. Afinal, o último trabalho como o deputado Thomas Jefferson em Senhora do destino não rendeu o que prometia. Aliado a essa vontade de se jogar em algo realmente novo, o ator, que começou sua carreira em Malhação, queria falar de amor. ?Descobrir um amor todo mundo quer. Seja por outra pessoa, seja na profissão. Acho que na vida a gente tem de estar sempre em busca de um objetivo maior?, teoriza ele. O fato de o seu Conde Máximo ser o protagonista masculino da história também pesou. ?Eu me sinto lisonjeado de estar em um projeto vencedor, e, sobretudo, um projeto que abre novos horizontes?, comemora.
Até dançar, Mário está dançando. Mas ele próprio admite que sua performance inicial era quase sofrível. ?Foi um negócio triste. A Juliana Silveira me ajudou bastante, me conduziu… Outras danças virão e eu estou apavorado para ver se no futuro eu vou me sair um pouquinho melhor?, admite o rapaz. A dificuldade em fazer piruetas e passinhos ensaiados não é, nem de longe, a mesma para cantar. Vocalista da banda Zona Zero, o ator ficou ainda mais animado de poder mostrar essa outra faceta também na tevê. ?Eu cantei uma faixa no disco. Meu projeto de cantar é diferente, mas estou adorando trabalhar com essa gente que já vendeu mais de 200 mil cópias do primeiro CD. Espero repetir o sucesso?, torce.
É bem verdade que o Conde Máximo não é um modelo de simpatia e bondade. Na verdade, o personagem tem lá suas esquisitices. Ninguém sabe o que ele está fazendo no Brasil, e nem mesmo porque ele é o tutor dos irmãos Fritzenwalden. Nem o próprio ator quis especular muito sobre a vida do personagem. ?O que eu fiz foi buscar o lado nobre dele, saber de onde vem essa dureza de coração e de alma, o por quê dele ter sido enviado pelas fadas para aprender a amar, qual a função dele ali. Eu fiz uma pequena pesquisa, sim, com meus próprios botões?, explica.
?Estou muito motivado com o trabalho?
Como foi chegar num elenco já formado?
Fui muito bem recebido. Houve uma preocupação da direção em fazer uma confraternização. A gente fez um workshop no qual tive a oportunidade de trocar idéias, de fazer algumas brincadeiras. Foi muito bacana. Uma coisa que me atraiu demais foi observar o quanto eles são unidos, o quanto eles são uma grande família. Não só o elenco, mas a produção, a direção. Isso é uma coisa que motiva a gente, porque fazer o que se gosta envolvido por pessoas que também são apaixonadas por aquilo é algo que gera uma expectativa muito positiva no trabalho.
A sua responsabilidade aumenta a partir do momento que a novela já havia conquistado um público grande?
Fiquei muito feliz de poder pegar uma coisa que está vencendo e dar o máximo de mim para que isso continue num caminho de subida, em busca de outros objetivos maiores. Mas é uma responsabilidade boa
O compromisso que eu busco na minha vida pessoal e na minha carreira é algo que já está instalado no grupo, é uma filosofia que a direção vem implantando na novela. Então acho que juntou a fome com a vontade de comer. Eu estava com muita vontade de participar de um projeto no qual todo mundo fala, todo mundo escuta, todo mundo opina por um objetivo maior no final, que são os capítulos. Então, acho que não podia ser melhor.
O fato de voltar a trabalhar para o público infanto-juvenil pesa de alguma forma?
Tenho muita empatia com esse público. Até porque procuro preservar ao máximo meu lado jovem, meu lado criança. Sou muito ligado em criança. Então, acho que tenho essa entrada com a garotada. Talvez por Malhação ter feito um sucesso tão grande entre esse público. E me sinto meio exemplo para os mais novos também. Na novela, praticamente todo mundo está começando agora. Procuro dar o melhor de mim.
Bela promessa
Em recente entrevista, Denise Saraceni considerou Bianca Comparato uma das maiores promessas da televisão. ?Ela tem porte de atriz?, destacou a diretora-geral da Globo. Para Bianca, que vive a Maria João, em Belíssima, o elogio representou um toque a mais de responsabilidade. ?Sempre a admirei. Fiquei orgulhosa. Mas sei que vou ter que me empenhar para não decepcionar?, prevê a garota. Filha do escritor e roteirista Doc Comparato, ela conhece bem as artimanhas da profissão e, por isso, mantém os pés no chão. ?Tento preservar a minha humildade?, comenta.
Para interpretar a problemática Maria João, Bianca aprendeu a usar a expressão corporal e assistiu a filmes como Nikita, de Luc Besson. Além disso, teve aulas com a preparadora de elenco Rossela Terranova e com a mãe, Leila Mendes. Também observou o comportamento de meninos. ?Ela é muito moleque?, justifica.
Bianca revela que a vontade de ser atriz não procede da infância. ?Achei que iria ser médica?, revela.
Mas tudo mudou quando ela começou a ensaiar as primeiras peças escolares. Gostou tanto que, durante as férias, decidiu ir para Londres, na Inglaterra, estudar drama na Royal Academy, onde passou três meses. Quando voltou, teve aulas no Teatro Tablado e na Casa de Cultura Laura Alvim, ambos no Rio de Janeiro. ?As coisas foram acontecendo e me levando para este caminho?, avalia.
Seu primeiro trabalho foi em 2001, na peça O ateneu, dirigida por Leonardo Brício. Em abril de 2004, quando soube que Belíssima estava em fase de produção, entrou em contato com o produtor de elenco Daniel Berlish e pediu para fazer um teste. A resposta veio em junho. ?Foi maravilhoso!?, comemora ela, que considera seu papel a realização de um sonho.
Para a atriz, de 20 anos, contracenar com atores veteranos como Irene Ravache e Lima Duarte vai muito além do aprendizado. ?Sempre acham que eles são intocáveis. Pelo contrário, são muito generosos?, orgulha-se ela. Apesar de não dividir cenas com Fernanda Montenegro, ela deu várias ?espiadinhas? no trabalho da atriz. ?Quando ela atua, é simplesmente mágico?, derrama-se a jovem, que sonha em atuar no exterior.
Raio-x
Nome: Bianca Comparato;
Nascimento: 19 de novembro de 1985 (RJ);
Livro: A sangue frio, de Truman Capote;
Cantor: Chico Buarque;
Cantora: Lauryn Hill;
Ator: Johnny Depp;
Atriz: Fernanda Montenegro;
Animal de estimação: Nuno, um maltês;
Escritor: Doc Comparato, meu pai;
Arma de sedução: sinceridade;
Melhor viagem: Londres;
Inveja: de pessoas altas;
Ira: das coisas não darem certo;
Cobiça: uma grande carreira;
Vaidade: com o meu cabelo;
Mania: roer unha;
Filosofia: viver o presente sem se apegar ao passado.
Dekasseguis
O Domingo espetacular mostra a comovente história dos brasileiros que buscam fazer fortuna no Japão. Para muitos deles, o sonho se transforma em drama. A maioria dos estrangeiros presos no país é de jovens do Brasil. O programa mostra também que o charme dos anos 50 está de volta em Cidadão brasileiro, a nova novela das 18h, na Record.
Turismo
O Planeta turismo de hoje faz um passeio por Caldas Novas, em Goiás, uma região pouco explorada e conhecida especialmente pelas suas águas termais. A equipe de reportagem mostra a reserva natural da Serra de Caldas Novas, um parque estadual localizado no meio do cerrado, com belas paisagens e lindas cachoeiras. O programa mostra também a história das águas termais, a primeira nascente descoberta, o povo e a culinária local. Às 6h45, no SBT.
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O Tudo é possível estréia hoje um novo quadro: Gosto não se discute, uma entrevista em que Eliana investiga os gostos e preferências das celebridades. O primeiro convidado é o cantor Latino, que depois canta seus sucessos para o público. Às 14h, na Record.
Cinema
Na sessão Oito e meia no cinema Cinespecial, o SBT apresenta Pearl Harbor, com Ben Affleck, Josh Hartnett, Kate Beckinsale e Cuba Gooding Jr. Ano de 1941, os japoneses atacam de surpresa as forças armadas americanas em Pearl Harbor e os Estados Unidos entram na guerra. Dois jovens pilotos e uma bela enfermeira, Evelyn (Kate Beckinsale), vivem um triângulo amoroso. Hoje, às 20h30, no SBT.
Oscar
Direto de Los Angeles, a Globo exibe a 78.ª edição do Oscar, com narração de Maria Beltrão, comentários de José Wilker e reportagens da correspondente Patrícia Poeta, que mostrará a movimentação em torno do prêmio e os bastidores do evento, que reúne as maiores estrelas do cinema internacional. Entre os concorrentes a melhor filme está O segredo de Brokeback Mountain, de Ang Lee. À meia-noite, na Globo.