De acordo com os argumentos da atriz, viver a vilã que atormenta a vida de Antônio Maciel, o ?cidadão brasileiro? idealizado por Lauro César Muniz e interpretado por Gabriel Braga Nunes, deve mesmo ter sido irrecusável. Lucélia não se cansa de afirmar que resolveu se afastar da tevê em 2002 – na época estava em Malhação, na Globo -porque se sentia uma espécie de ?burocrata da emoção?, enxergando a profissão como algo extremamente industrial. Até que o convite da Record a trouxe de volta à ativa. ?Gosto de tudo na Fausta. Ela tem um sentido prático da vida, é meio Scarlet O?Hara. Leio os capítulos louca para saber o que vem depois?, comenta.
?Não faço nada, já nasci pronta?
No período em que esteve afastada das telas, a atriz dedicou-se à produção e direção da minissérie O amor do outro lado da Terra, do escritor chinês Zou Zhen Tian. Há oito anos tentando rodá-la em território chinês, Lucélia não conseguiu o aval da censura do país, que não aprecia muito o ?contato físico?, ou seja, cenas mais ?calientes?. E isto é o que não falta no projeto que Lucélia espera concretizar ainda este ano. ?Adoro produzir e dirigir, mas confesso que é uma coisa que faço com algum esforço intelectual. Não flui, como interpretar?, pontua.
A fluidez de interpretação ela explica quando questionada sobre a forma com que se prepara para os papéis. ?Não faço nada, já nasci pronta?, simplifica com bom-humor, deixando transparecer no olhar a mesma satisfação que diz ter ao receber um bom personagem. ?Pareço uma criança que ganhou o brinquedo dos sonhos?, empolga-se. Mas com Fausta não foi tão simples assim. Durante as gravações, ela se viu obrigada a revelar uma de suas limitações: não saber dirigir. Por isso, tem de ser substituída por uma dublê a cada cena em que tem de ?pilotar? uma daquelas raridades de época. ?É meu lado ?sorvetão?. Isso é um problema na minha vida, e confesso que tenho dificuldades de aprender?, conta, aos risos.
De fato, aprender a dirigir foi um ?bloqueio? na vida da atriz. Mas ela aprendeu muita coisa ao longo dessas três décadas de carreira, tanto física quanto emocionalmente. Desde o nascimento do filho, o também ator Pedro Neschling, há 23 anos, ela é vegetariana. Bebe muita água, está quase se formando em ioga e é adepta da meditação. Não dispensa ?milagrosos? cremes dermatológicos e se considera até meio ?atleta?. ?Meu objetivo é chegar aos 120 anos escalando o Himalaia?, brinca. No lado emocional, ela diz ter no filho um ?guru?, que muitas vezes demonstra um bom senso muito maior que o seu. ?Às vezes, ele parece meu pai e me dá umas duras?, diverte-se.
Nas viradas da vida
Eduardo Hashimoto sempre fez jus às origens. Neto de japoneses, o ator que interpreta o Ernesto em Belíssima, desde pequeno sempre seguiu a rígida disciplina oriental de acordar e dormir nas horas adequadas, alimentar-se direito e dedicar-se aos estudos. E se sobressaía quando o assunto era matemática. Assim, formou-se em Engenharia Civil e exerceu a profissão por três anos. Tudo muito ?dentro dos conformes?, até que, em 1994, começou a participar de comerciais. ?É engraçado porque é uma profissão que eu nunca pensei em seguir, aconteceu por acaso?, ressalta.
Não menos por acaso os produtores de elenco da trama de Silvio de Abreu estavam com dificuldades para encontrar um ator que se enquadrasse nos moldes que esperavam para o filho do rígido Takae, de Carlos Takeshi. ?Aí se lembraram de mim e me chamaram para o teste?, recorda. Seu desempenho no teste talvez não tivesse sido tão satisfatório se ele soubesse que se tratava de um papel de verdade, e não apenas uma participação, como lhe foi dito. ?Se eu soubesse que era para o elenco, ficaria tão nervoso que não iria passar?, admite, aos risos.
Hoje, o tímido ator tomou gosto pela coisa e já até pesquisa cursos de interpretação para depois que a trama terminar. Caso venham outros papéis, e a conseqüente exposição que a tevê traz, Eduardo diz estar preparado. ?Vou tentar ser sempre simpático, mesmo quando não estiver num dia bom, porque do amor ao ódio das pessoas que admiram nosso trabalho, é um estalo?, teoriza.
Raio-X
Nome: Eduardo Hashimoto;
Nascimento: – 13/11/1973, em Marília, São Paulo;
Na tevê: Belíssima e A grande família;
Ao que não assiste na tevê: programas de auditório;
Nas horas livres: jogo futebol, pego onda e saio com amigos;
No cinema: Forrest Gump, de Robert Zemeckis;
Música: pop e rock;
Livro: Pai rico, pai pobre, de Robert Kiyosaki;
Prato predileto: churrasco;
Pior presente: já recebi uns livros bem ruins, mas o que vale é a intenção;
Mulher bonita: Fernanda Lima;
Homem bonito: Henri Castelli;
Cantor: Bono Vox;
Cantora: Madonna;
Ator: Tom Hanks;
Atriz: Glória Pires;
Escritor: Paulo Coelho;
Arma de sedução: estudar o terreno e depois um bom papo, olhar, falar no pé do ouvido;
Programa de índio: ir para um evento muito cheio e quente;
Melhor viagem: para a África do Sul, Tailândia, Bali e Hong Kong, em 1994;
Sinônimo de elegância: mulher de salto alto;
Melhor notícia: saber que fui aprovado para a novela;
Inveja: não tenho inveja de ninguém, porque não quero o lugar de ninguém. Mas admiro muito os grandes atores;
Ira: quando eu falo alguma coisa e as pessoas debocham ou se fazem de desentendidos;
Gula: quando vou a alguma churrascaria;
Cobiça: um carrão: Jaguar ou Mercedes;
Vaidade: desde que comecei a aparecer na tevê, passei a me preocupar mais com a aparência;
Mania: sempre que saio de algum lugar fico olhando para trás para ver se deixei cair alguma coisa;
Filosofia de vida: procuro aprender tudo o que posso e viver intensamente.
Super-superstars
Entre os maiores astros da música internacional, os roqueiros Rolling Stones cobraram em torno de US$ 2 milhões, cerca de R$4,4 milhões, para tocar no Brasil. É muita grana pra um show só? Nada. Isso o líder inglês, Sir Mick Jagger, ainda teve que dividir com os outros três Stones, com os demais parceiros de palco e toda a equipe de de produção dos bastidores.
Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho ganham isso, sozinhos, para gravar uma, uminha campanha publicitária só. As empresas chegam a pagar até US$ 2,5 milhões, mais de R$ 5 milhões, para cada uma dessas duas das mais caras superestrelas do time pentacampeão do futebol mundial digam, em comerciais, que oferecem produtos e serviços excelentes.
É com esse trabalho de garotos-propaganda que os campeões do mundo ganham, com contratos publicitários, o equivalente a três vezes os salários já milionários que recebem por ano de seus times espanhóis.
Ou seja, Ronaldo, que ganha 7 milhões de euros, ou mais de R$ 18 milhões anuais de salário, chega a fazer mais de R$54,6 milhões em contratos promocionais. Pobre Gisele Bündchen. A top model mais bem paga do mundo só consegue ficar US$15 milhões, cerca de R$30 milhões, mais rica a cada ano.
Na esteira da Copa do Mundo da Alemanha, o faturamento das nossas estrelas cresce. O Santander, por exemplo, contratou Ronaldo, Ronaldinho, mais Robinho, Kaká, Cafu e Roberto Carlos para afirmarem que é o melhor banco do mundo, como eles, jogadores da camisa verde-amarela que dá todo esse valor aos seus passes.
O banco Santander se nega a fornecer dados sobre o investimento nos cachês pagos aos craques, mas um cálculo básico do mercado permite estimar que a conta só da contratação deles não saiu por menos de R$22 milhões.
Ah, importante: não é só o dindim gigantesco que faz dos craques brasileiros superstars comparáveis a ídolos como Mick Jagger. Tem também as multidões de fãs pelo mundo inteiro, e o assédio de mulheres maravilhosas, entre tietes, candidatas a ficantes, amantes ou ainda, na mais rentável das hipóteses, esposas. Maldade!
Uma coisa, outra coisa
Os contratos de publicidade dos jogadores não têm nada a ver com os patrocínios da seleção brasileira de futebol. O time canarinho arrecada em contratos anuais cerca de US$ 40 milhões, o equivalente a R$ 82 milhões, que são a principal fonte de renda para cobrir os custos das seleções vinculadas à Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Outra fonte é a renda dos jogos amistosos que o pentacampeontato aumentou de US$1 milhão para US$1,5 milhão, mais de R$3 milhões.
As marcas Nike, AmBev, Vivo e Varig têm espaço no uniforme oficial, mas não podem exigir qualquer tipo de participação de jogadores específicos em suas ações ou materiais de comunicação promocional. Se quiserem, têm que contratar cada um dos jogadores que desejarem ter como garotos-propaganda. E nesses casos, os craques podem até aparecer com camisas amarelas, mas não a oficial.
Namorado de Maitê Proença, o assessor de imprensa da Confederação Brasileira de Futebol, Rodrigo Paiva, disse à Tribuna Pop, por telefone, que Ronaldo, o Fenômeno, é patrocinado, por coincidência, pela AmBev e pela Nike, mas com contratos à parte. Em tempos de Copa do Mundo, acrescentou, nenhum jogador pode participar de eventos promocionais que exijam a presença deles.
A caminho da Europa no final de maio, para a concentração na Suíça, Rodrigo conta que, ao contrário das mulheres e namoradas dos jogadores, sua amada poderá curtir um pouco da viagem ao lado dele, já que as restrições da CBF no campo da vida pessoal do time se limita à vida íntima e familiar dos jogadores.
Rodrigo e Maitê, para quem não se lembra, estiveram no centro do escandaloso processo de separação de Ronaldo e Daniella Cicarelli. Além de assessor de imprensa, ele era amigo de Ronaldo, e circulou que ele deixou o posto por conta de grosserias da ex do jogador. Maitê chegou a escrever em revistas que Cicarelli se colocou no centro dos fatos da vida dele. Vamos ver o que diz de Raica.
Negócios
O Pequenas empresas grandes negócios destaca o mercado dos deficientes visuais. O programa mostra que grandes empresas já colocaram à venda alimentos, cosméticos, roupas, relógios e eletrodomésticos com leitura em braile. Em outra matéria, o programa destaca o comércio que resiste ao tempo, como barbearias, sapatarias e alfaiatarias. Às 7h30, na Globo.
Cantoria
No Tudo é possível, o cantor Sérgio Reis participa do quadro Marcando época e relembra seus sucessos desde o início da carreira, que começou ainda na época da Jovem Guarda, em 1967. Já no quadro Verdadeiro ou falso, a apresentadora Eliana recebe o ex-lutador de boxe Maguila. Às 14h, na Record.
Ficção
O Cinespecial exibe hoje o filme O núcleo: missão ao centro da Terra, com Aaron Eckhart, Hilary Swank, Delroy Lindo e Stanley Tucci. Catástrofes estão acontecendo na Terra e o Dr. Josh Keyes, geofísico, e Serge, cientista especialista em armas de alta energia, são procurados pelos federais. Eles são designados para tentar reverter esse problema, que pode ser a última chance de salvar o planeta de um superaquecimento. Às 21h30.
Turismo
O Planeta turismo segue hoje para o litoral sul de São Paulo, em uma visita ao centro histórico de Santos. A equipe de reportagem mostra a Bolsa de Café e passeia por algumas ruas, resgatando a história e a cultura da região. A viagem segue pelas praias de São Vicente, outra cidade histórica e com muitas curiosidades. Às 7h15, no SBT.
Comédia
O grande mentiroso, com Frankie Muniz, Paul Giamatti e Amanda Bynes, é uma das atrações da tarde de hoje. Jason Shepherd é um grande, talentoso e divertido mentiroso. Na escola, suas histórias e desculpas fazem o maior sucesso. Mas ninguém acredita quando ele diz que uma de suas redações escolares está prestes a se tornar um filme de sucesso em Hollywood. Às 13h05, na Globo.
Infantil
A animação A era do gelo é uma das atrações da Record. Em plena Era Glacial, um grupo de animais encontra uma criança perdida e resolvem procurar a família do garoto. Um tigre de dentes-de-sabre, um mamute e uma preguiça gigante, juntos com um menino, em uma aventura cheia de humor e com uma fantástica moral da história. Às 20h30, na Record.
Drama
O filme O patriota, com Mel Gibson, Heath Ledger e Joely Richardson, conta a história do fazendeiro americano Benjamin não participa da guerra contra os ingleses no século 18 por ser viúvo e ter sete filhos para criar. Mas a guerra acaba por chegar a sua fazenda. Um de seus filhos morre covardemente, o outro que havia se alistado é condenado à forca por traição. Às 23h45, na Globo.