Jantar de Noel

Papai Noel, árvore enfeitada, gente reunida e muita comida são ingredientes que não podem faltar no Natal. Quando a festa se aproxima, imaginamos pratos especiais, generosos, preparados só nessa época. São receitas que, além de saborosas, nos remetem a lembranças de família. Por isso o Natal é sempre emocionante e diferente.

Apesar de os ingredientes da ceia serem parecidos, cada um gosta mais de um prato e tem gravado na memória aquele gosto que dá saudade. O paladar desperta o afeto, faz voltar a infância e ainda estimula desejos e emoções. O Natal tem um menu de recordações, mas não se rende à mesmice. Prova disso são as receitas criadas e combinadas com exclusividade para os leitores da Tribuna Pop.



Saul Dunker Jr., maitrê do Buffet Nani Carvalho, do Castelo do Batel, oferece três opções ao receber convidados, inclusive uma sem álcool: o ?coquetel de morango?. Para acompanhar o jantar ele diz que o ideal é servir um espumante ou vinho tinto seco.

Para a ceia, Flávio Marcio Kochhann, aluno do curso de chefs do Centro Europeu, sugere a ?salada atlântica? como entrada, ensina a preparar o tender e o ?arroz mediterrâneo? para o prato principal e foi buscar no livro de receitas da família a sobremesa – sorvete caramelizado -, que é uma tentação.

?Me preocupei em fazer uma ceia prática. São receitas fáceis e baratas, mas precisa caprichar na hora de servir. Lembre-se que as pessoas comem primeiro com os olhos e comida bem apresentada já é mais gostosa?, ensina Flávio.

Um senhor ator

1tarcisiomeira171206.jpgNão é exagero dizer que a trajetória de Tarcísio Meira se confunde com a da teledramaturgia brasileira. Com 71 anos de idade e 49 de carreira, o ator já viveu tipos memoráveis. De vilões sórdidos, como o Raul Pelegrini, de Pátria minha, a heróis épicos, como o João, da primeira versão de Irmãos coragem, de 1970. Em mais de 30 novelas, 21 filmes e seis minisséries, o ator, considerado por muitos como o ?eterno galã?, foi do drama à comédia, sempre com atuações impecáveis. Agora, ele é o doce porém austero Tide, milionário que comanda uma família de seis filhos, sete netos, alguns empregados e outros tantos ?agregados? em Páginas da vida. ?O Tide é o cara mais apaixonado que eu já interpretei em toda a minha carreira. E é isso que o torna apaixonante para mim.

Ele é um tipo raro?, afirma.

Com tanta experiência, dá até para arriscar que selecionar papéis é uma constante na vida do ator. Mas ele jura que não. Tarcísio garante que, se disse ?não? a algum personagem, foi por motivos pessoais ou circunstâncias que o impediam de interpretá-lo naquele momento. Jamais porque o tipo em questão não o agradasse.

Casado desde a juventude com Lalinha, vivida por Glória Menezes, Tide sempre foi um marido apaixonado e, mesmo depois da morte da mulher, mantém-se preso à sua memória. Não são raras as cenas em que ele se recorda da amada ou cita alguma situação ?inesquecível? de suas vidas. Mas, em breve, o coração solitário do viúvo deve voltar a bater mais forte. Ele vai se apaixonar perdidamente por Tônia Werneck, artista plástica interpretada por Sonia Braga.

A bonitona é a primeira e única a ?abalar as estruturas? depois de Lalinha.

Páginas da vida, aliás, é a 16.ª novela em que Tarcísio faz par romântico com Glória, com quem é casado há 44 anos. A primeira foi 25499 ocupado, trama exibida em 1963 pela extinta TV Excelsior. A última foi Torre de babel, de 1998. ?Não é porque é minha mulher, mas o talento dela é indiscutível?, derrama-se. Se a parceria com a esposa é antiga, o mesmo não se pode dizer de Manoel Carlos. É a primeira vez que Tarcísio participa de uma novela do autor, e não pensa duas vezes ao aprovar seu texto naturalista.

?O texto dele é simples, flui. Como tive oportunidade de trabalhar com muitos autores, com o tempo, as diferenças ficam claras?, avalia.

Fabíola Tavernard – PopTevê

Baianidade brejeira

Foto: DivulgaçãoA baiana Emanuelle Araújo tinha apenas 16 anos quando a Globo exibiu Anos rebeldes. Como toda adolescente na época, se identificou com os ideais de liberdade pregados por uma turma que lutava contra a ditadura militar. Mais do que a impressão que teve dos chamados ?anos de chumbo?, ela costumava prestar atenção aos detalhes da minissérie. ?Gosto de observar o conceito, os cuidados da produção, da direção, além da interpretação, claro?, enumera. Acostumada aos palcos desde os dez anos, quando começou a cursar teatro ainda na escola, Emanuelle se destacou primeiro no cenário musical. Depois de anos na estrada como cantora – ela substituiu Ivete Sangalo na Banda Eva até 2003 -, decidiu que era hora de voltar a atuar.

?A primeira coisa que fiz quando saí da banda foi voltar ao teatro. Precisava respirar aquela atmosfera novamente?, conta a morena, que estréia em novelas como a Clotilda, de Pé na jaca.

Esta, porém, não é a primeira experiência de Emanuelle em frente às câmeras. Ainda na Bahia participou de dois projetos de teledramaturgia em emissoras locais: um especial de uma hora e um esquete dramático de cinco minutos.

Ao decidir se mudar para o Rio de Janeiro há dois anos, a atriz procura expandir os conhecimentos da profissão e dar à carreira uma base mais consistente. ?Fui atrás de conhecimento. Estava numa fase de pesquisa, precisava abrir o leque de opções?, justifica. Emanuelle fez diversos cursos, estudou cinema e conheceu muita gente do dito circuito artístico. Ao mesmo tempo, deu nova cara ao trabalho musical. Com a percussionista Lanlan e o músico Tony Costa formou o grupo Moinho da Bahia.

Com a fala mansa e o sotaque ainda carregado, Emanuelle conta que a carreira musical foi bem planejada e amadureceu. O mesmo ela sente que está acontecendo com a porção atriz. Até chegar à Globo, passou boa parte do ano encenando a peça Nada será como antes, com a companhia baiana Os Argonautas. Privilegiada, rodou recentemente dois longas, Fica comigo esta noite, de João Falcão, e o ainda inédito Ó pai, ó, de Monique Gardemberg.

A proposta para ser a Clotilda de Pé na jaca aconteceu logo depois que Emanuelle fez um teste de arquivo para a emissora.

?O produtor de elenco viu, gostou e me chamou para fazer um teste específico. Pouco tempo depois fui contratada. Confesso que fiquei surpresa?, revela.

Carolina Marques – PopTevê

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