Um dos maiores nomes da música popular brasileira, a paraibana Elba Ramalho é exatamente o que parece: simpática, risonha, e muito suave, cheia de uma energia boa do tipo mágica, que acalma e ilumina quem está em volta. Também não é pra menos: ela reza duas horas por dia.

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Elba conversou com a Tribuna Pop neste final de semana, quando esteve em Curitiba para acompanhar o marido, Gaetano Lopes, na abertura da Casa Cor PR 2006.

Dono de uma agência de publicidade, Gaetano atende a rede Ponto Frio, que participa da exposição de projetos de decoração de arquitetos chiques e famosos. Bem mais novo que Elba, ele é o pai de Maria Clara, adotada pelo casal.

Na entrevista, ela diz que não tem segredos para conquistar maridos maravilhosos, como foi também Maurício Mattar, pai de seu filho Luã. Conta do livro que está escrevendo sobre a Virgem Maria, e antecipa que o novo disco, a ser lançado no segundo semestre, será um manifesto pela paz e pelo amor.

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Só o amor constrói!

Elba está mexendo no minicomputador instalado no ambiente da Casa Cor quando começa a entrevista. Então… podemos começar por isso. Gosta da internet? O que você costuma fazer na internet: pesquisar?

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Gosto. Pesquiso pouco, mas digito bastante. E utilizo isso para a comunicação. Emails, messenger, essas coisas assim mais rápidas, mas principalmente pra digitar. Eu gosto muito.

Pra escrever…você está planejando alguma publicação?

Estou escrevendo um livro. Por isso que eu uso bastante.

E qual é o tema desse livro?

A Virgem Maria. As aparições da Virgem Maria no mundo.

Que interessante. Você tem percorrido esses lugares?

Tenho. Tenho percorrido vários lugares.

Eu vi hoje na internet uma foto sua em posição de reverência religiosa. E isso é muito forte na sua imagem, essa questão da espiritualidade. Você pratica ioga, é uma estudiosa das questões esotéricas, ou não vê isso como esotérico?

Depende do ponto de vista do esoterismo. Eu sou uma pessoa que tem uma consciência espiritual, sempre coloco as coisas do espírito à frente das questões materiais. Isso é uma busca, é uma busca de muitos anos, é uma caminhada longa, e nessa caminhada você vai tropeçando, se reerguendo, aprendendo a discernir, aprendendo a ser perseverante, e buscando caminhar sempre pra luz, buscando sempre uma consciência crítica maior. Se você me perguntar qual é minha religão, eu vou dizer católica ecumênica, porque aceito todas as religiões desde que elas pratiquem o amor, a caridade.

O que estou buscando pra minha vida é isso: o aperfeiçoamento. É trabalhar não pra servir a esse mundo, aos enganos, às coisas materiais, não pra servir as traições, as mentiras, mas pra servir a algo que pode ser útil ao próximo. Então, nessa busca, implicou em quê? Eu virei iogue, há 20 anos, virei meditante, de meditação transcental há vinte e tantos anos, virei vegetariana, fui me voltando muito mais pra um processo de interiorização e colocando sempre o bem-estar espiritual evidentemente e procurando ser uma pessoa melhor, pra que, pra servir ao próximo. Abri uma ong, na minha ong Bate coração eu trabalho com crianças carentes na área social da saúde.

Essa entidade você criou já faz um tempo…

Faz três anos já. Desde que eu adotei minha filha, Maria Clara. Então hoje em meu trabalho me interesso muito pela Virgem Maria e sou uma pessoa que busco muito as energias de amor, para irradiar no mundo…

É antiga essa sua devoção a Maria?

É. Vem desde a infância. Mas a questão das aparições eu comecei a pesquisar há 10 anos e comecei a descobrir, receber também muitas graças, vivenciar muitas coisas bonitas, e resolvi colocar num livro, que eu tô tentando ver se eu consigo ter capacidade, porque estou lidando com energia de muita beleza, de muito amor e muito sutil, e vejo o mundo caminhar, vamos dizer assim, entrar num processo de decadência, de ruína moral, ética, com tantas guerras, erros, equívocos, e eu acho que é fundamental que nós artistas possamos ter um posicionamento. Muita gente tem vergonha de assumir essa questão religiosa, entre aspas. Eu não, pelo contrário, eu gosto, gosto de declarar esse amor incondicional que as pessoas devem ter e tentar fazer alguma coisa pelo planeta que está sucumbindo.

Essa é uma colaboração a mais sua…

Todos nós devemos colaborar, se preocupar com isso.

Me chamou a atenção também, o seu último lançamento foi no ano passado, uma parceria com Dominguinhos, e hoje você está em Curitiba num compromisso familiar, acompanhando o marido…

Gargalhada… Acompanhando o marido.

Então, quer dizer essa é uma fase em que você está dedicada a esse projeto do livro…

Eu tô dedicada ao livro já faz cinco anos, no computador, pesquisando, viajando. Quando ela – com uma das mãos apontando para o céu – disser está pronto, vai tá pronto. Mas estou fazendo o meu novo disco, Lenine está produzindo o meu novo disco…

Já tem alguma previsão de lançamento?

Agosto, setembro, por aí, segundo semestre.

Qual vai ser o enfoque desse novo trabalho?

É um disco muito conceitual. É um disco que discute muitas coisas, principalmente a consciência do homem. Por que qual é o assunto que me interessa hoje? Falar de quê? Falar de amor, de paz, de guerra, enfim, de religião, de Deus…

Mas o ritmo vai ser mais devagar?

Não, não, não, não. Eu sou uma cantora também romântica, já gravei muita coisa romântica. Mas esse é um disco muito mesclado. Essência, logicamente, que é sempre o Nordeste, mas é um disco que eu diria que, se você quisesse conceituá-lo agora, você diria que é um disco de raízes e antenas. Ele tem os pés no Nordeste, mas está completamente antenado com o mundo.

Você está colocando alguma coisa mais zen nessa sonoridade?

Tem um pouco de new age, mas muito pouco. Tem umas canções românticas bonitas, e umas pra dançar, outras pra se pensar, enfim.

Outra coisa que eu queria comentar é que hoje quando eu disse na redação que iria entrevistar você, as meninas disseram pergunta pra ela qual é o segredo de ela ter só marido maravilhoso…

Gargalhada… Não tem segredo. Não tem uma caixinha guardada…Existe o encontro. As pessoas se encontram e vivem experiências atemporais, porque o tempo é uma coisa determinada pela matéria mas a gente…Eu não sei te dizer. Eu posso te dizer que tive homens lindos, homens não tão lindos, mas eu sempre tive muita sorte nos meus relacionamentos. Tenho dois filhos maravilhosos e tenho um marido maravilhoso.

Ele acompanha você nesse aspecto espiritual?

Ele respeita. Ele respeita bastante. Tem uma participação distanciada, porque tá envolvido com a vida dele, o trabalho dele. Mas ele dá também o testemunho da fé. Evidentemente que ele tem a consciência de que eu estou no caminho certo. Não me incomoda, não me cobra. Pelo contrário. Mas não é tão envolvido quanto eu. Ele não tem a disciplina que eu tenho de, todo dia, dobrar meu joelho e ficar duas horas rezando, que eu gosto, por exemplo. Isso é uma descoberta de cada um, cada pessoa tem o seu tempo pra encontrar, esse pré-requisito que é Deus.

Fuxicos

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