Wagner Moura, 27 anos, está completamente envolvido com as gravações da minissérie JK, que estréia no dia 3 de janeiro na Globo e na qual interpretará o presidente Juscelino Kubitschek. A carreira do ator, que é formado em Jornalismo, mas que optou se arriscar no mundo das artes cênicas, é marcada pela flexibilidade que ele demonstra ao interpretar papéis cômicos, dramáticos e até mesmo trágicos, seja no cinema ou na televisão.
No filme Deus é brasileiro, de Cacá Diegues, Wagner fez seu primeiro trabalho como protagonista, ao lado de Antônio Fagundes. Mas, curiosamente, em boa parte dos seus trabalhos, Wagner divide a cena com outra revelação, Lázaro Ramos (matéria ao lado), que como ele nasceu em Salvador, inclusive no mesmo ano: 1978. Na tevê, os dois atuaram juntos no seriado Sexo frágil, da Globo. No cinema, em Cidade baixa, Carandiru, O homem do ano e em As três marias. E a parceria também aconteceu no teatro, com a peça A máquina, de João Falcão, que estreou em Recife, em 2000.
Múltiplas facetas
Lázaro Ramos, 27 anos, não está em nenhuma novela no momento, mas vive aparecendo na telinha da Globo, ora para comandar um quadro no Fantástico, ora para arrancar gargalhadas do público em Sexo frágil. Agora, ele estará no especial Levando a vida, no qual contracena com Juliana Paes.
E se na tevê ele já é figura bem tarimbada, no cinema então! Já são 14 filmes desde sua estréia em Jenipapo, de Monique Gardemberg, em 1996 – seis deles somente nos dois últimos anos. Tantas atuações o aproximam de Milton Gonçalves, 68 anos, um dos maiores atores negros da história cinematográfica brasileira. Seu longa-metragem mais recente é Cidade baixa, em que contracena com Wagner Moura. Lázaro também foi o protagonista de Madame Satã e de O homem que copiava, além de participações importantes em outros filmes como Carandiru e Cafundó.
Tiozão
Na pele de Glauco, em América, Edson Celulari, 47 anos, arrancou suspiros de mulheres de todas as idades. Quando leu a sinopse de seu personagem, o ator lembra que chegou a ter medo de ser agredido nas ruas pela mulherada.
Isso porque o Glauco, um empresário quarentão, bem-sucedido financeiramente, era afetivamente instável, situação que prejudicava seu casamento com Haydeé (Christiane Torloni) e ainda alimentava a relação com Nina (Cissa Guimarães), sua amante durante oito anos. Mas, para Edson, o mais agravante era o fato de Glauco se envolver com com Lurdinha (Cléo Pires), uma das melhores amigas de sua filha Raíssa (Mariana Ximenes). Na prática, porém, o personagem de Edson conquistou a simpatia de grande parte das telespectadoras, que torciam para um final feliz ao lado de alguma das suas escolhidas.
Apaixonado por Lurdinha, Glauco mostrou que é possível deixar um pouco a seriedade de lado para, por exemplo, andar de patins ou sair para dançar no meio da semana, mesmo com todas as atividades profissionais do dia seguinte.
Herói
Gabriel Braga Nunes, 33 anos, provavelmente vai lembrar de 2005 como o grande ano de sua carreira. Pela primeira vez, ele foi o protagonista de uma novela, Essas mulheres, da Record, na qual interpretou o romântico Fernando. Aliás, coincidentemente, esta foi a primeira vez que recebeu um papel que fugia do tipo vilão, mau-caráter.
Depois do desafio de trocar a consolidada teledramaturgia da Globo pela iniciante Record, Gabriel foi convidado para interpretar Giuseppe Garibaldi no longa metragem Giuseppe in América, filme dirigido pelo italiano Alberto Rondalli, que está sendo rodado em Santa Catarina – e com algumas gravações em Campo Largo, perto de Curitiba – e no qual faz par com Ana Paula Arósio, que interpreta Anita Garibaldi. As gravações terminam nas próximas semanas, mas ele não deve tirar férias, já que está escalado para o elenco de Cidadão brasileiro, novela da Re-cord que vai inaugurar a faixa das 21h na teledramaturgia.
Sem rodeios
Murilo Rosa, 35 anos, cativou o público feminino no papel do romântico Dinho, o peão de América que se apaixonou pela poderosa Viúva Neuta (Eliane Giardini). Na vida real, o coração de Murilo pertence à top model Fernanda Tavares, sua namorada há quase dois anos.
Para encarnar Dinho, Murilo foi a rodeios para conhecer a realidade dos peões e chegou a se arriscar numa montaria que quase lhe custou o papel, pois quando Jayme Monjardin soube, deu a maior bronca no ator. Murilo já interpretou vários papéis épicos, em novelas e minisséries entre elas A padroeira, Xica da Silva, A casa das sete mulheres e, graças a esses trabalhos, aprendeu montaria, dança, tiro, esgrima e até violão.