Homem de família

tribpop01220707.jpgReynaldo Gianecchini é especialista em bons-moços. Prova disso é que, desde que estreou em novelas, já montou uma lista deles: o gentil Edu, de Laços de família, o sensível Toni, de Esperança, o romântico Paco, de Da cor do pecado e o sedutor, embora bronco, Pascoal de Belíssima. Em Sete pecados, atual trama das sete da Globo, o ator dá vida a mais um homem de bem. Só que, desta vez, Gianecchini faz questão de afirmar que se trata de um ?mocinho especial?. ?A diferença desse papel é que de mocinho ele vai se transformando em um homem sem princípios?, argumenta. Na verdade, o personagem, que é casado com Clarice, de Giovanna Antonelli, é seduzido por Beatriz, de Priscila Fantin, que, para tê-lo em suas mãos, o leva a praticar os sete pecados capitais.

Para viver o taxista, que inicialmente é um homem generoso e apaixonado pela família, Gianecchini procurou resgatar memórias de sua infância em Birigüi, interior de São Paulo. ?No interior, as pessoas são mais puras, não têm malícia. Procurei trazer esse meu lado ingênuo para o personagem?, conta o bonitão, que se mudou para São Paulo aos 17 anos para cursar Direito. No processo de composição de Dante, o que mais preocupou Gianecchini foi criar um mocinho verossímil, ou seja, não só com qualidades, mas também com defeitos. ?Ser crível é mostrar também o lado ?sujinho? das pessoas. Porque todo mundo solta um palavrão ou se irrita de vez em quando?, analisa.

Atualmente, o personagem de Gianecchini tem cedido à gula na trama de Walcyr Carrasco. Mas o pecado tem um sentido mais amplo, de apego às coisas materiais. Apesar de ter um casamento feliz e uma situação financeira estável, Dante está querendo ter mais e mais. Principalmente por ser casado com uma mulher ambiciosa e por ter uma sogra, Agripina, interpretada por Suely Franco, que adora censurá-lo e criticá-lo. ?Ele tem se sentido insaciado com aquilo que possui?, diz.

Guloso pecador

Com um jeito calmo, o ator de 34 anos assegura que, para incorporar o ?paizão? de família, busca exteriorizar o que há de melhor em sua personalidade. ?Para trazer verdade para o personagem, tive de buscar informações dentro de mim. Porque não dá para inventar muito?, avalia o artista. Ele compara Dante com o Pascoal, o borracheiro que interpretou em Belíssima. ?O Pascoal era um personagem mais de composição, por isso carregava nas tintas. Com o Dante acontece o contrário?, analisa.

Assim como seu personagem, Gianecchini admite que também peca. ?O pecado da gula, eu tenho muito. Como demais. Sou até meio insaciável?, diverte-se.

O ator acredita que a vida certinha, sem pecado, se torna muito chata. ?Mas tento controlar os meus pecados quando estão passando dos limites e me fazendo mal?, salienta.

Como na história de Walcyr Carrasco Dante ainda vai pecar muito, Gianecchini tem de decorar calhamaços de texto, além de estar preparado para o que der e vier. ?Mas a história é ótima e isso diminui o peso da minha responsabilidade?, garante ele, que no decorrer da trama enfrentará situações em que seu personagem terá de fazer escolhas que poderão melhorar ou piorar a vida. ?A discussão fundamental da novela é até que ponto uma pessoa usa o livre arbítrio para tomar decisões na vida?, explica.

Em sua sexta novela na Globo, Gianecchini não parece nada preocupado com o inevitável rótulo de galã. Pelo contrário. Tranqüilo, ele diz que hoje aprendeu a valorizar o que conseguiu alcançar na carreira. ?Já não me magôo mais com as críticas porque hoje consigo observar os meus acertos. Virei um cara mais ?cascudo? para a vida?, conclui, aos risos. (CN)

Hora do ofício

Fabíola Tavernard – PopTevê

tribpop02220707.jpgAna Maria Braga não gosta de acordar cedo.

A apresentadora não se conforma em não prolongar seu sono além das 5h30, horário em que levanta, de segunda a sexta. Mas a loura, que há oito anos está à frente do Mais você nas manhãs da Globo, jura que basta entrar no ar por volta de 8h para mandar embora qualquer resquício de mau humor matinal. ?Não é sempre que você está em seus melhores dias, e não tenho vergonha de dizer isso. Mas nunca entrei no ar descontente?, argumenta.

Até porque Ana Maria é extremamente ativa. Ela faz questão de participar de cada detalhe do programa, da edição à sonorização. ?Sou exigente, espero que as pessoas façam sempre o melhor?, reforça. Ela adquiriu o know-how ao longo de 15 anos de tevê. Durante sete, ela apresentou o Note e anote, na Record, mas salienta que o apoio de sua equipe é a base para que, muitas vezes, ela possa ?pirar? durante o matutino. Afinal, os profissionais que a acompanham são praticamente os mesmos desde o início da produção. ?É uma relação que já dura mais do que alguns dos meus casamentos. Com o respaldo técnico, posso fazer coisas que não estavam armadas. Se não houvesse essa confiança, ficaria preocupada com falhas?, pondera.

Aos 58 anos, Ana Maria se diz realizada na profissão, apesar de ter percorrido caminhos tortuosos até se ?encontrar?. Nascida em São Joaquim da Barra, interior de São Paulo, ela sonhava com Medicina até perceber que o curso não cabia no limitado orçamento de sua família. Formou-se em Biologia, mas pendeu para a imprensa escrita, trabalhando em revistas de moda até se tornar diretora executiva da Editora Abril, por oito anos. ?Eu era chique!?, brinca. Pavio curto, como ela mesma se define, Ana acabou brigando com o chefe e, aos 40 anos, foi demitida do cargo. ?O que poderia ser o fim da linha foi a possibilidade de começar uma vida nova?, pontua.

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