Daniella Cicarelli agora se nega a falar da vida amorosa e diz que não vai para a Copa do Mundo porque se agendou para uma competição do triatlon, que a mantém a forma. Risonha, a ex-mulher de Ronaldo, o fenômeno, reagiu com gozações às perguntas dos jornalistas de Curitiba que tentaram provocá-la a falar desses dois assuntos: namoro e jogadores de futebol.
Cicarelli fez de tudo para evitar o contato com a imprensa durante a semana em que esteve na cidade para desfilar biquínis com inspiração verde-amarela na semana de moda do Crystal Fashion, do qual participou pela segunda vez.
Muito mais bonita pessoalmente do que na tevê ou nas fotos das revistas, e absolutamente soberana em beleza e técnica de passarela, às vésperas de completar um ano da escandalosa separação de Ronaldo, ela conseguiu inclusive proibir os trabalhos dos jornalistas nos bastidores, a partir de determinação do dono da marca Rosa Chá, o estilista Amir Slama, para os produtores do evento.
No final das contas, Cicarelli cedeu aos apelos da assessoria de imprensa do evento, e concedeu entrevista coletiva após o desfile, bem protegida por seguranças e um assessor que resistiu a permitir que os jornalistas estendessem os microfones e gravadores em direção a ela.
Daniella, por favor, fale do seu contato com a galera jovem no programa Beija sapo, na MTV (canal pago).
O beija sapo, ele tá na moda de fazer ao vivo. É a maior audiência da MTV. Meu filhinho, Beija sapo. Ah, é um programa superjovem. É um programa de comportamento. Mostra como os jovens são hoje. São meio desprendidos, né. Chega lá, bota a venda, beija. Depois fala, oi, tudo bem, eu sou o fulano.
E você vai continuar fazendo os programas gay, lésbica, enfim…
Lógico. Todo mundo tem o direito de beijar na boca. Gay, lésbica.Todos.
A terceira idade também?
Lógico! Olha, eu já tomei cada bronca na rua. Cadê o Beija sapo terceira idade? Eu falei, calma, calma, calma. A gente fez o dia das mães. A gente gravou o especial agora do dia das mães, onde o menininho escolhia quem que ele queria fazer de padrasto. Imagina se ele quis algum! Mãe, esses bofes não tão bons.
Você recebeu o convite para ir para a embaixada de Caras, lá na Alemanha, você vai?
Eu não recebi esse convite ainda não.
Mas se receber, você vai?
Não. Em julho eu vou fazer uma viagem, já. Eu tenho uma prova para fazer fora do Brasil. Depois eu vou esquiar um pouquinho. É uma prova, esporte de maluco, que corre, nada, pedala duas horas. Em julho vou fazer essas provas e não vou para a Copa, infelizmente.
Você deu uma declaração de que você não fala mais da sua vida pessoal, que você está se resguardando mais com a imprensa. Por quê?
A minha vida pessoal tá tão sem graça. Se eu falar, todo mundo de casa vai chorar. E não, né, imagina. Maior audiência, chorando.
(A resposta começou com risos e terminou às gargalhadas.)
Será ? Acho que sua vida não é tão sem graça, não?
Pois é, uma loucura. Não pega nada.
Tá sem graça porque você não ta pegando ninguém?
Cê ta pegando alguém. Me conta!
Eu não interessa, não sou uma celebridade…
Ôoo!
O desfile da Rosa Chá foi baseado na Copa do Mundo. Vai torcer pra algum jogador em especial?
Pra você. Cê vai jogar? Deixa eu ver se as suas pernas são boas.
São grossas…
Cê treina bastante.
Responde a minha pergunta, por favor: você está namorando?
(Ela apenas riu).
Estou saindo frustrada dessa entrevista. Você não quer responder a minha pergunta.
Só você perguntou isso.
Mas é o meu trabalho e você é uma celebridade.
Ah, desculpa.
Se eu fosse te entrevistar no Beija sapo, eu ia te perguntar, quem você está pegando, quem você está beijando?
Mas eu não vim aqui pra falar disso. Se eu tivesse vindo, eu falava.
Profissional
Cláudia Liz já morou em Paris, Milão, Nova Iorque, e Madri. Desfilou para grandes marcas, como Channel, Ferre, Missioni, e Yohji Yamamoto. Foi modelo, apresentadora, atriz e hoje é empresária. Ela esteve em Curitiba para um evento paralelo ao Crystal Fashion e deu entrevista exclusiva para a Tribuna Pop.
Com a carreira de modelo encerrada, ela brilhou no Fórum de moda do Paraná, durante o qual conversou com os participantes sobre seu livro
O caminho da passarela, que saiu com tiragem grande para uma primeira edição, de 10 mil exemplares, proporcional ao interesse pelo assunto.
A publicação foi lançada em janeiro, no São Paulo Fashion Week, e depois, em outras capitais, como Brasília e Florianópolis. Nesta entrevista, Cláudia Liz falou do livro, dirigido a jovens que sonham com a carreira de modelo, e contou que continua ligada ao mundo da estética e das passarelas.
No momento solteira, e com o filho Lucca, de 13 anos, a beldade lembra dos trabalhos que já fez na televisão, comenta o coma que enfrentou por conta de uma lipoaspiração que a levou para a UTI e a febre das garotas em torno desse tipo de coisa.
O que você pode revelar em relação ao conteúdo do livro, em termos de passo a passo para uma garota ou garoto se tornar top model?
O livro é tanto para meninas que querem ser modelos, como para modelos e garotas que não o são modelos, mas querem dicas de beleza , comportamento, estilo, postura no mercado profissional, auto-estima, entre outros.
Vou intercalando ao conteúdo didático histórias pessoais, minhas gafes, conquistas, e em cada capítulo, e em muitos tópicos, tem histórias engraçadas e outras de dificuldades, e a maneira que as superei ou como penso hoje que poderiam ser superadas.
Tive vários colaboradores nesse livro, dermatologista, endocrinologista, maquiador, nutricionista, psicólogo e psiquiatra.
O que você faz exatamente na empresa Galo? Esse trabalho tem a ver com moda ou a moda é um universo que hoje é segundo plano na sua vida?
A minha agência é de comunicaçao visual e design gráfico. Sou sócia-diretora executiva. Além de dirigir os caminhos da empresa, faço as reuniões de criação de conceito e todo o acompanhamento da execução dos trabalhos.
As áreas em que trabalho são moda, design, gastronomia, decoração, cultura, entretenimento.
Depois de seis novelas e vários filmes, tem planos para essa área?
No momento minha vida está direcionada à criação e execução de imagens em todas as áreas acima. Estou fazendo também workshops (cursos) para modelos, uma vontade que sempre tive, de passar toda a experiência que adquiri. Não pretendo voltar a atuar, mas também não posso dizer que nunca mais participarei de algum projeto que possa me interessar.
Sobre o foco do livro, qual seria o passo a passo para quem quer se tornar top model? Em que idade esse projeto deve ser iniciado?
Demora mais ou menos uns 3 anos. Então é bom começar com uns 14/15 anos.
Como você encara o boom (explosão) desse interesse dos jovens em se tornarem modelos?
Acho que muitas querem dinheiro para sustentar a família, outras querem fama e dinheiro. Hoje todas têm essa informação de que podem conseguir isso sendo modelos.
O cenário de perspectivas para um iniciante nesse mercado mudou em
alguma coisa em relação ao tempo em que você iniciou sua carreira? Hoje se exige muito mais profissionalismo, ninguém tem tempo para esperar uma modelo ter mais desenvoltura e saber lidar com a profissão.
As meninas terão que estar muito mais preparadas. Isso exige muito emocionalmente e até fisicamente, pela idade que elas estão começando. É muita informação que rola no meio, elas têm que estar preparadas para captar isso com mais rapidez.
Seu trabalho continua ligado à moda, como os workshops e o livro mostram. Quer dizer que a moda continua no primeiro plano da sua vida?
A moda sempre vai estar na minha vida. Isso começou bem antes de me tornar modelo, hoje construo conceito e imagem também para clientes, e agora pretendo, dentro da minha agência, assessorar as modelos que estão começando quanto a imagem, comportamento e profissionalismo.
O Brasil ficou chocado com aquela notícia sobre seu coma, anos atrás, após uma lipoaspiração, especialmente por se tratar de uma pessoa já tão bela arriscando a vida para ficar mais bela. Estar entre a vida e a morte mudou em alguma coisa a sua relação com o mundo?
Tudo o que tenho a dizer é que não sou contra, mas muitos casos tristes têm acontecido em clínicas. Aconselho sempre a fazer em hospital, já que é uma cirurgia, cirurgias envolvem riscos, e num hospital você pode ser socorrida a tempo, pois possui recursos como UTI e pode reverter o caso a tempo, se houver algum problema.
Vale tudo para aumentar a beleza e o poder de sedução?
Tive dificuldade de lidar com uma crítica feita por uma editora de moda na época, por imaturidade. Poderia ter pulado aquela estação do São Paulo Fashion Week, pra me cuidar, fazer dieta e exercícios. Tinha engordado. Tinha acabado de casar, estava em mudança, fazendo novela. A ansiedade de tudo isso me fez descontar na comida e engordei. Queria emagrecer rápido e deu no que deu.
Você fez alguma outra intervenção cirúrgia com objetivo estético depois daquilo ou ficou traumatizada?
Não.
Como vê o fato das meninas estarem recorrendo a cirurgias estéticas ainda por volta dos 15 anos?
Acho muito cedo, pois o corpo ainda não está formado.