Fora da ordem

foradaordem111107.jpgSelton Mello cresceu entre câmeras, estúdios e roteiros de gravações e os exigentes horários da tevê. Dos nove aos 17 anos, era figurinha fácil em novelas. Mas bastou cercar-se do mínimo de maturidade para perceber que não era exatamente ali que queria estar. Ou que selecionaria melhor onde atuar. Principalmente na tevê. Nesse restrito grupo entra O sistema, série de Fernanda Young e Alexandre Machado em que Selton vive o fonoaudiólogo Matias. ?Não sei explicar a série. E é justamente essa originalidade o que mais me atrai no trabalho?, explica o ator de 34 anos, que participou de Os normais e Os aspones, também da dupla.

Para Selton, o mais interessante é poder mesclar suspense, ficção científica, humor e ação em um mesmo programa. A liberdade de improvisação é outro atrativo, fato raro na tevê. Na pele de Matias, o ator passa os seis episódios da série tentando burlar o tal sistema, depois de ter sido prejudicado por ele. ?É louco, porém divertido para todo mundo.?

Fora da tevê não falta trabalho

Dia 4 de janeiro Selton lança o filme Meu nome não é Johnny, de Mauro Lima, protagonizado por ele.

?O clipe já está disponível no Youtube?, adianta. Atualmente, Selton se dedica à finalização de seu primeiro longa como diretor, Feliz Natal, com previsão de estréia para 2008. Ainda no cinema, ele atuará em Mulher invisível, de Cláudio Torres, e no filme do diretor Stephen Frears sobre Jean Charles de Menezes, o brasileiro morto no metrô de Londres, em 2005. ?Quero continuar no caminho que estou, dirigindo, produzindo e atuando. Mais para frente, quem sabe, volto ao teatro e às novelas…?, projeta.

Pingue-Pongue

Você prefere cinema a tevê?

?Tenho uma identificação com essa coisa rápida do cinema. Você faz uma filme em dois, três meses no máximo. Mergulha numa viagem, trabalha aquilo e muda de repente. Aí pode fazer um médico, um psicopata, um policial… E não virar ator de um personagem só. Gosto de estar sempre criando, é por isso que faço coisas rápidas na tevê.

O sistema, por exemplo, gravamos em dois meses. Se juntar os dias que gravei, dá um mês no máximo. Mas admiro quem faz tevê e teatro ao mesmo tempo, por exemplo. Ainda mais hoje, com esse caos aéreo.?

Não bate uma insegurança não ter contrato e salário no fim do mês?

?É bom ter liberdade. Como não tenho filhos nem grandes responsabilidades, fica mais fácil. Sou eu sozinho. Se quiser viajar amanhã, seja para trabalhar, estudar ou curtir, não há nada que me impeça. Não ter obrigação com nada nem ninguém é muito bom.?

Como se fosse a primeira vez

comosefossea111107.jpgFernanda Vasconcellos usa força e doçura para a Laura de Desejo proibido Fernanda Vasconcellos é a ansiedade em pessoa. A atriz, de 23 anos, em seu terceiro trabalho na tevê, já é a protagonista Laura de Desejo proibido. ?A gente nunca pode estar seguro. É igual a dirigir, sempre quem bate de carro é quem acha que sabe dirigir. Acho que a profissão do ator também é assim. Nunca me sinto segura ao fazer uma cena?, admite. Para fazer Laura diferente de seu último trabalho na tevê, Nanda de Páginas da vida, a atriz investiu na produção. Durante três meses fez preparação vocal com a fonoaudióloga Maria Silvia Campos e instrução corporal com Ana Kfouri, Amir Haddad e Rossela Terranova, além de aulas de equitação. ?A Nanda aconteceu sem querer. Não foi querendo acertar que eu acertei. Foi na raça, trabalhando, chorando, errando que deu certo. Agora fiz uma preparação muito maior?, diferencia.

O errado deu tão certo que a ?bela? agora vive a mocinha do horário das seis.

De tão envolvida, Fernanda nem ligou quando a caracterização da novela avisou que, por se tratar de um folhetim de época, precisaria cortar seus cabelos. Entre as preocupações que ocupavam a mente da atriz estava a pronúncia correta das palavras, já que ela acredita ser um erro a entonação exagerada dada por certos atores em novelas de época. ?Muitos atores acham que, por ser novela de época, eles precisam dar uma sonoridade diferente e acabam errando na entonação?, avalia.

Do avesso

doavesso111107.jpgA trajetória de Dudu Azevedo na tevê é recheada de acontecimentos improváveis. O playboy Barretinho de Duas Caras estreou aos 14 anos com um currículo que tinha apenas comerciais nem sequer um cursinho de teatro amador. Mesmo assim, ele levou o papel de Danton do seriado Confissões de Adolescente e algumas broncas do diretor Daniel Filho. ?Eu precisava de disciplina e o Daniel brigava comigo com razão?, relembra. Dois anos depois, a história se repetia: no teste para o personagem Carlão da novela O Campeão, na Band, Dudu não apareceu com o texto decorado e recorreu ao improviso. Foi aprovado na hora. ?Acredito que aconteceu o que tinha que acontecer. Estava na minha história?, filosofa.

Mesmo com a boa dose de sorte, ele faz questão de frisar que sua dedicação aos tipos é total. ?Fico honradíssimo de ter sido escalado para trabalhar com ?feras?, inclusive agora na novela?, empolga-se. Dudu divide cenas com dois ?pesos pesados?: Marília Pêra e Stênio Garcia, que vivem, respectivamente, Gioconda e Barretão, pais do personagem. Mas os elogios do jovem sobram, principalmente, para Aguinaldo Silva. ?Autor de novela tem de ser gênio, porque cada capítulo equivale a um livro. E o Aguinaldo é ainda mais sensacional, tem um texto excelente?, derrama-se.

Barretinho também é uma oportunidade para Dudu exercitar sua pouco explorada vaidade. Adepto do estilo simples desde que começou a gravar, se vê de ternos Armani e penteado ?arrumadinho?. ?Sou despojado. Nem sei há quanto tempo eu não penteava o cabelo?, brinca, às gargalhadas. A mudança foi exigida pelo perfil do personagem, um advogado nascido em berço de ouro, cheio de facilidades na vida, mas que sofre para tentar atender as expectativas do pai, também advogado.

Bem diferente da história familiar de Dudu. Ele não esconde que sempre teve dúvidas sobre que profissão seguir. Tentou de Direito – como seu personagem – à Publicidade e Marketing e foram necessárias muitas investidas até encontrar o rumo. Por isso ele é enfático ao agradecer o apoio doméstico. ?Meu pai me deu oportunidade de fazer tudo o que eu quis, de ser eu mesmo. Sou um grande privilegiado?, reconhece.

Enxuta

enxuta111107.jpgLuiza Brunet, 45 anos, emagreceu sete quilos para posar na capa da revista Boa Forma. A ex-modelo e empresária dá um show posando de biquíni e dá a receita para quem já passou dos quarenta e descobriu, como ela, que é mais difícil combater as gordurinhas: dieta personalizada, exercício e tratamento estético. ?Decidi que era hora de emagrecer no começo do ano, quando vi uma foto minha de biquíni no Carnaval?, contou Brunet. A ex-modelo fez exames médicos e descobriu que seu metabolismo estava lento e por isso não conseguia se livrar do peso extra com a mesma facilidade de antes. Com dieta ortomolecular, caminhada intensa e massagens, ela emagreceu 7kg em dois meses.

O visual ela exibe nos passeios com o novo affair, o instrutor do Dança do Gelo Luiz Renato Oliveira. Brunet está separada, desde outubro, do empresário Armando Fernandez com quem foi casada por 24 anos.

furacaopop111107.jpgFuracão

Depois do furacão Bebel, de Paraíso Tropical, a estonteante Camila Pitanga vem no papel da dançarina de cabaré Ceci, musa a quem Noel prometeu ?o samba mais bonito de sua vida?. Para encarar a missão no longa Noel – Poeta da Vila ela fez aulas de dança de salão e sinuca. ?Adorei! O professor até disse que eu tinha jeito para a coisa?, diverte-se a atriz que se prepara para mais um papel, dessa vez na vida real. Ela está grávida de seu primeiro filho com o marido, o diretor de arte Cláudio Amaral Peixoto, 40, com quem está casada há sete anos.

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