A exposição Knickers! 500 years of Underwear (Calcinhas! 500 anos de peças íntimas) que acontece na Grã-Bretanha serviu de inspitação para essa reportagem. Enquanto a mostra inglesa foca a antiguidade das peças íntimas femininas, expondo cem artigos – começando com as do período Tudor, entre 1485 e 1603 – a gente mostra as mudanças no estilo das lingeries e das mulheres, que ao longo da história fizeram da intimidade um convite à curiosidade.
Os filmes e as revistas também ajudaram a criar um clima de sedução e fantasia, despindo as musas de suas roupas e deixando-as apenas com suas roupas de baixo, cada vez mais bonitas e elaboradas. Roupa íntima para ser vista e despertar todo tipo de fantasias. Segundo Freud, a relação do erotismo com as roupas íntimas nada mais é do que o fetiche.
E olhe que ele sabia das coisas… não viveu para ver a época das intimidades explícitas e celebridades instantâneas, mas conhecia a história e sabia que as romanas nem usavam calcinha. A peça, como a gente conhece, só ganhou o mercado depois do século 19, desbancando ceroulas (bermudas até o joelho) que complementavam o espartilho, o avô dos sutiãs.
Com a criação do nylon e da lycra a indústria de lingerie passou por uma revolução de modelos, cores e preços. Hoje é tão democrática que é possível encontrar no mercado desde o espartilho, no mais clássico modelo renascentista, até a calcinha e o sutiã com ?efeito potencializador? – recheado de silicone para acentuar as formas.
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O que ninguém podia imaginar é que as mulheres gastariam mais em roupas de baixo do que em qualquer outro item de guarda-roupa. Que peças tão pequenas seriam tão cobiçadas. E que a falta delas seria notada a ponto de catapultar pobres mortais ao olimpo da fama. Sinal dos tempos…
Em tempo
Os sutiãs comemoraram cem anos ano passado e a exposição Knickers! 500 years of Underwear está em cartaz até junho no Walsall Museum, em Walsall, no centro-oeste da Inglaterra.
Você prefere com ou sem?
No século passado, o sutiã desempenhou vários papéis: foi ora mocinho, ora bandido. Artifício número um de mulheres pin-ups, estilo Jayne Mansfield e Marilyn Monroe, imperaram nos anos 40s e 50s. Xingado de repressor, foi queimado na década de 60.
Resgatado pela cantora Madonna, virou instrumento de pura sedução e passou para fora. Cresceu e apareceu. Atualmente, existem versões para as mulheres siliconadas e para as que não têm seios grandes. Feitos de renda, de microfibra, com modelagem meia-taça, esportiva, bordado, com flores e cores, é indispensável sob e sobre a roupa. Há quem ame muito, faça coleção, use em todos os momentos; há quem dispense, queira ficar livre, leve e solta. Mas todas concordam que a peça mais feminina do guarda-roupa tem toque de proteção e sensualidade em altíssimo grau. Assim como as mulheres que a carregam.
Falta
O menor tapa-sexo usado no desfiles das escolas de samba do Rio catapultou a modelo goiana Viviane Castro à fama nacional e novo contrato para posar nua. Os 3,5 cm de pano, no entanto não valeram como calcinha e custaram 0,5 ponto à São Clemente. Os jurados entenderam que a passista estava nua, o que é proibido pelo regulamento e a São Clemente foi rebaixada para o grupo de acesso.
Já a musa da escola, daqui a três semanas, estará nua mais uma vez nas páginas da revista Gata da Hora. Viviane fará as fotos num estúdio no Rio, na terça feira e a revista chega às bancas em março.
Agora ela usa
?Lá sou uma vedete. Fiz dois filmes de comédia. Sou famosa! Quando vou a festas, sou fotografada.
Já fui capa de revistas como Playmen (de nu) e Chi?.
De visita no Rio de Janeiro, de onde ela saiu do anonimato graças à falta de pudor e ao olhar atento de um fotógrafo, ela ressaltou o que, dessa vez, não dava para ver: ?estou vestindo um modelo lindo da La Perla?.
Aposta
Juliana Baroni está assim, lindíssima, como a Vanessa do premiado Polaróides urbanas, que chega aos cinemas dia 29. A atriz é uma aposta do Miguel Falabella, que estréia como diretor. No filme, Juliana encarna uma alpinista social, que deixa um garoto de programa e um jovem fútil de classe média apaixonadíssimos. Para turbinar as formas, Juliana teve que fazer uma dieta rigorosa e malhar muito. Valeu a pena! Segundo o próprio Falabella, ?ela está a Scarlett Johansson no filme!?.
Bem sucedido
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Há três anos, o galã Márcio Garcia mudou o rumo de sua vida. Deixou a posição confortável de pertencer ao primeiro escalão do cast da Globo para ser apresentador de programa de auditório na Record.
E se deu bem. Hoje, além de comandar um dos programas mais vistos da emissora – O melhor do Brasil -, ele se tornou diretor-artístico da Record Filmes. Aos 37 anos e dois filhos (de 2 e 4 anos), Márcio está abrindo uma produtora e se prepara para iniciar carreira com roteirista e diretor de cinema. Ousado, ele garante que a receita de seu sucesso é se divertir com o que faz.
Garcia estava na Globo há 11 anos, no auge depois da novela Celebridade, quando recebeu o convite da Record.
?Na época foi um movimento arriscado, falei com muitas pessoas antes de tomar a decisão. O Boni me aconselhou a analisar o que eu queria da vida e clareou as coisas para mim. Fiz a coisa certa. Hoje, lidero uma equipe de 25 pessoas, criei a maioria dos quadros do meu programa e tenho tempo para o ócio criativo, porque minha rotina é tranqüila.?
Vindo do diretor- artístico, que recebe dez roteiros por semana – é difícil acreditar nessa rotina calma, mas Garcia explica que trabalha em equipe e sempre deixa um tempo para novos projetos. O da vez é a direção do thriller O golpe, com roteiro da Carol Castro, para a Total Filmes. ?E fiz o argumento e roteiro de Os filhos do morro, sobre um menino cego que consegue tirar um traficante do mundo do crime. Além disso, estou erguendo a minha própria produtora com dois estúdios de mil metros quadrados cada um e um prédio de quatro andares?, conta, animado, o ator que não tem saudade de novela, mas diz que atua como apresentador.
?A onda é fazer de maneira meio trash, despretensiosa. Acho os apresentadores muito contidos, se levando muito a sério. Eu me jogo, pago mico, não tenho pudor. Minha receita é me divertir?.
E o dinheiro? ?Sou três vezes mais bem pago do que na Globo.?
Coral
Abrem amanhã as inscrições para os testes do Coral Champagnat, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Até o dia 21 de fevereiro os interessados devem preencher uma ficha no site www.pucpr.br/coral para ter acesso à data e ao horário do teste, que será realizado entre os dias 26 e 28 de fevereiro, das 14h às 17h30.