Foi quase natural para Camila Rodrigues compor a sonhadora Guilhermina, personagem que interpreta em Desejo proibido, novela das seis da Globo. Isso porque, assim como a filha mais velha do delegado linha-dura Trajano, interpretado por Cássio Gabus Mendes, na adolescência, a atriz também teve de driblar as severas exigências do pai. Especialmente quando o assunto era namoro. ?Meu pai me obrigava a levar os rapazes lá em casa para me pedir em namoro?, lembra, entre risos. Aliás, não é a primeira vez que Camila tem um pai durão na teledramaturgia. Assim que estreou em América, exibida na Globo em 2005, ela viveu a meiga Mari, que na trama era filha do rígido Mariano, personagem vivido por Paulo Goulart. ?Está virando rotina eu ter pais severos nas novelas?, diverte-se.

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Em sua terceira produção na Globo além de América -, ela já atuou na minissérie Amazônia De Galvez a Chico Mendes – Camila tem consciência de que, apesar de ainda estar nos primeiros passos da carreira, já melhorou bastante. ?No início, era muito dura. O texto não fluía. Hoje já consigo atuar com mais naturalidade. Estou mais relaxada?, reconhece. Casada há um ano e meio com o ator Bruno Gagliasso, que ganhou destaque como o rebelde Ivan de Paraíso tropical, ela costuma ensaiar suas cenas com o marido. ?Quando o Bruno tem tempo, peço a ajuda dele para ?bater o texto? da novela?, revela.

Camila descobriu o gosto pela atuação na adolescência, quando namorou um ator. Depois de assistir a alguns espetáculos do rapaz, ela se apaixonou pelos palcos e começou a emendar um curso de teatro atrás do outro. Aos 18 anos, decidiu estudar Moda, já que trabalhava como modelo desde os 14. Quando percebeu que sua paixão pela interpretação falava mais alto, Camila resolveu largar a faculdade e diminuir os trabalhos como modelo. ?Tudo para poder me dedicar exclusivamente ao teatro e aos testes para a tevê?, justifica.

Carla Neves – PopTevê

Abuso do direito

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Stênio Garcia é um tipo de ator ?curinga?. Capaz de interpretar os tipos mais extremos, como o ponderado Bino do seriado Carga pesada e Asmodeu, a encarnação do demônio na microssérie Hoje é dia de Maria, o ator se sente um privilegiado por ter vivido, ao longo de 50 anos de carreira, os mais diferentes personagens. Com o retrógrado Dr. Barreto, seu atual papel em Duas caras, Stênio tem a chance mais uma vez de encarnar um defeito de caráter que, garante, nada tem a ver com ele: o preconceito. ?Fico bobo de ver como a natureza das pessoas é preconceituosa. E me dou ao luxo de ser em cena, porque quem me conhece sabe que não sou assim?, compara, com sorriso nos lábios.

Mas Stênio é o primeiro a admitir que nem a vasta experiência o impediu de ter dificuldades para compor o personagem. Afinal, há cinco anos ele não participava de uma novela – a última foi Kubanacan, em 2003 – e desde então estava para lá de inteirado com o Bino, um ?operário da estrada?, como ele mesmo define. Ele teve de se despedir do jeito despojado e cotidiano do caminhoneiro para assumir um tom mais imperial, sofisticado e racista. ?Esse processo me deu muito trabalho, tive de me policiar quanto à pronúncia… Às vezes o Barreto pede um tom de emoção completamente novo para mim?, pondera o ator, que saiu com vários amigos advogados para observar sua maneira de se comportar.

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Sem a menor vontade de descansar, Stênio já se pensa nas gravações da nova temporada do Carga pesada, que deve começar em junho, logo após o término de Duas caras. E não nega que o seriado seja seu ?xodó?. ?Queremos voltar logo. É um programa que não se esgota?, diz ele, que após 35 anos na Globo, conquistou alguns privilégios. ?Quando quero descansar, eles me dão essa liberdade. Às vezes me dão até passagem e, se duvidar, estadia, só para ficar estudando. Essa relação com a empresa faz com que eu não me sinta no direito de recusar personagens?, destaca.

Fabíola Tavernard – PopTevê

Risadas curativas

Renata Castro Barbosa sempre foi muito tímida.

A atriz, que vive a Adalgisa em Sete pecados, conta, aos risos, que era o tipo de criança que não gostava de criança e, por isso, era sempre a ?excluída? da turma.

O jeito para lá de introvertido só melhorou depois que ela descobriu o teatro, aos 11 anos. Nos palcos, se ?encontrou?. ?Desenvolvi uma expansividade que não é natural em mim. Brinco para disfarçar a timidez e aprendi a lidar com isso no teatro?, explica.

Melhor para ela, então, poder exercitar a veia cômica em sua atual personagem. Na trama de Walcyr Carrasco, Adalgisa é a governanta da casa de Rebeca, vivida por Elizabeth Savalla. Embora tenha mostrado uma faceta vilanesca no início da novela, logo ficou claro que a moça, apesar de carregar um grande remorso por ter abandonado o marido e a filha, penderia para a comédia. Ainda mais depois de se tornar cúmplice nas armações de Antero, de Marcelo Médici, que passou boa parte da história vestido de mulher e agora encarna o chinês Chong Xing. ?Não sei se fazer comédia é mais difícil que drama. Só sei que o humor é mais fácil para mim?, pondera, dizendo que não perde a chance de exercitar o bom humor. ?Eu me divirto muito. Sou muito crítica na vida, e sempre rio das situações?, conta.

Embora satisfeita por seguir a linha cômica, a atriz de 34 anos diz que se descobriu nesse caminho de uma forma um tanto dolorosa. Após estrear na tevê em Vale tudo, ela ganhou destaque em Tieta ao interpretar Letícia, uma jovem romântica e apaixonada. Depois, a atriz fez vários cursos de teatro e continuou na tevê, mas em papéis de menor destaque. ?Não tenho o menor pudor em falar que tive momentos em que fechavam a porta de shopping para eu fazer compras e outros em que ninguém sabia que eu existia?, revela.

Passar por altos e baixos a ajudaram a aprender a respeitar ainda mais a profissão que escolheu. Outra fase importante foi quando, logo após ter João, seu filho com o ator Bruno Mazzeo, com quem é casada há quatro anos, ela engordou 20 quilos. ?As pessoas me olhavam como se eu fosse um monstro?, recorda. Foi nessa época que o diretor José Alvarenga a convidou para viver a rival bigoduda de Marinete, personagem de Cláudia Rodrigues no seriado A diarista. A personagem foi um sucesso, e ajudou Renata a perceber que fugir ao estereótipo de ?atriz gostosa? não seria problema. ?Não tenho 1,80 m, não sou macérrima, não tenho olhos azuis nem cabelo na cintura. Então, nem adiantava eu tentar ir por esse caminho, que iria me esborrachar?, dispara.

Fabíola Tavernard – PopTevê

De volta ao batente

Depois da folga das festas de fim de ano, a vida começa a voltar ao normal inclusive para os famosos. Carol Castro, por exemplo, acaba de retornar de férias e já pegou no batente, estrelando um comercial para a GM do Rio de Janeiro. As cenas do comercial para a Chevrolet foram gravadas no Arpoador, zona sul do Rio de Janeiro, no dia 4. ?Acordei às 4h30 da madruga para filmar. Vi um céu lindo com o nascer do Sol e fez um dia maravilhoso?, declarou a atriz em seu blog. A atriz também fez uma sessão de fotos para ilustrar a campanha, em que foi clicada por Aderi Costa, pai de seu namorado. ?É a primeira vez que fotografo com o meu sogro. Ele é um querido, chamo-o de ?sogrão??, brincou Carol. O último trabalho da atriz na tevê foi a participação no seriado Os amadores, como a ?maluquinha? Marta, mas ela já tem data certa para retomar o trabalho televisivo: está escalada para voltar às novelas como a Sheila em Beleza pura, trama que vai suceder Sete pecados na grade da Globo.

Cegonha

Na ficção, Nívea Stelmann tem cortado um dobrado com a vida sentimental de sua personagem, a vendedora Elvira, de Sete pecados. Fora do ar, porém, parece que a vida da atriz vai ?de vento em popa?. Além de ter sido coroada rainha de bateria da escola de samba Renascer de Jacarepaguá, na zona oeste do Rio, Nívea já se programa para se tornar mãe novamente em 2008. Ela, que já é mãe de Miguel, de 3 anos – de seu casamento com o ator Mário Frias -, quer ?variar?. ?Não dá para planejar isso, mas gostaria de ter uma menina?, diz a atriz, que no ano passado se casou com o empresário Eduardo Azer. Para este ano, Nívea planeja ainda outras ?gestações?. ?Quando a novela terminar, quero fazer uma peça. Só não sei ainda qual texto?, despista.

Estudos

Sthefany Brito, que vive a Dulcina de Desejo proibido, nem terminou as gravações da novela e já planeja o que fazer quando isso acontecer. Ao contrário da maioria dos atores que aproveitam o tempo entre uma produção e outra para se dedicar ao teatro ou ao cinema, a atriz vai fazer um curso de interpretação nos Estados Unidos. Antes da novela, a atriz estava na terra do Tio Sam para onde retornará. ?Fiz dois meses de curso intensivo de inglês e foi muito legal, porque acabei fazendo muitos amigos por lá?, conta a atriz, que acaba de assumir o namoro com o jogador Alexandre Pato, do Milan.