Essência e aparência

Um acidente de helicóptero interrompe a vida de cinco pessoas, todas envolvidas com o universo da beleza. Esse é o fio condutor de Beleza pura, nova novela das sete da Globo, que estréia hoje. Escrita por Andréa Maltarolli, que pela primeira vez assina uma novela e com supervisão de texto de Sílvio de Abreu, a trama conta a história de Guilherme Medeiros, engenheiro aeronáutico vivido por Edson Celulari (na foto, com Regiane Alves), que vê sua vida desmoronar ao ser responsabilizado pela tragédia aérea. Com a proposta de discutir ética e estética, a novela vai focar a beleza não só em formas e cores, mas também em ações e valores. ?Afinal, à medida que o Guilherme vai descobrindo a estética, também vai descobrindo a ética. A novela vai mostrar essa caminhada dele?, adianta Andréa, que, para escrever o folhetim, se inspirou na excessiva preocupação brasileira e mundial com a beleza física.

Em meio à culpa que sente por ter sido em parte responsável pela morte do quinteto que estava no helicóptero, Guilherme descobre novos valores.

E passa a querer realizar todos os projetos inacabados dos cinco. ?Apesar do texto bem-humorado, das piadas e das situações cômicas, todos os mais profundos sentimentos humanos serão retratados e valorizados no decorrer da trama?, explica Sílvio de Abreu.

Nessa caminhada de Guilherme pela realização dos sonhos das cinco vítimas do acidente, o engenheiro vai viver uma história no melhor estilo ?gato e rato? com a batalhadora dermatologista Joana, vivida por Regiane Alves. E, por causa disso, vai enfrentar a fúria da vilã Norma, de Carolina Ferraz, que armará golpes e intrigas para separar o ?casalzinho?.

Na pele da batalhadora dermatologista Joana, Regiane Alves está tendo a oportunidade de interpretar, como não fazia há tempos, uma jovem ?de bem?, porém humana. ?A Joana não é tão boazinha e acho que por isso fui escolhida. Não é que ela seja má, mas é a menina que na hora de brigar, briga, na hora de xingar, xinga. Mas, ao mesmo tempo, na hora de ser doce também é?, descreve Regiane, que ficou conhecida por interpretar a arrogante Dóris, de Mulheres apaixonadas e a mimada Alice, de Páginas da vida.

Fora do trono

Acabou o Carnaval e, com ele, o reinado de Grazi Massafera à frente da bateria da Grande Rio. A atriz, que vive a sonhadora Florinda de Desejo proibido, já estava há dois anos ?inspirando? os instrumentos da agremiação do município de Caxias, no Estado do Rio. Para substituí-la, fala-se em Deborah Secco, que estará no elenco de Juízo final, próxima novela das oito da Globo. A assessoria da morena nega, mas o promoter David Brazil, responsável por escolher as rainhas de bateria com a diretoria da Grande Rio, já confirmou a presença da atriz.

À procura

A Record está à procura de uma substituta para Ticiane Pinheiro no reality show Simple Life. É que a modelo – que junto com Karina Bacchi foi privada de sua vida de mordomias e chegou até a ordenhar vacas -decidiu não participar mais da segunda temporada do programa, previsto para ir ao ar no segundo semestre. Karina, por sua vez, está confirmada.










Peruca

Fora das novelas desde 2005, Zezé Polessa está de volta aos folhetins com um personagem que promete divertir o telespectador. Afinal, a Ivete de Beleza pura, que estréia hoje, é dona de um salão de beleza onde nem todas as clientes saem satisfeitas. A atriz acaba dando uma ?mãozinha? involuntária, já que confessa não ter lá muita habilidade no manuseio de secadores e escovas. ?Fazer o cabelo de uma cliente e ainda me emocionar com o texto é muito difícil! Mas eu tenho o maior respeito pela escova?, garante, entre risadas. Para dar mais veracidade à composição, a atriz se inspirou em Elza Pontes, responsável por suas madeixas, e abusou da ?memória afetiva?. ?Desde pequena eu freqüento salões, então vou improvisando também. Digo coisas como ?muda o esmalte, que o marido vai gostar!??, diverte-se.

Boa notícia

Tânia Rodrigues apresenta um programa sobre saúde transmitido pela TV Cultura e, como mostrou na seção Mulheres que amamos da Playboy deste mês, saúde é o que não falta pra ela. Jornalista e psicóloga por formação, a moça revela um passado ?tímido? – até mesmo por questões profissionais – ao revelar que nunca tinha mostrado o potencial de suas curvas. ?O máximo de ousadia a que havia chegado eram roupas justas para apresentar o Cinemania, na Manchete?, afirma.

Entre amigos

Louise Araujo – PopTevê

Nos versos iniciais de Canção da América, Milton Nascimento e Fernando Brant escrevem que ?amigo é coisa para se guardar do lado esquerdo do peito?. É em torno dessa idéia e dessa melodia que gira Queridos amigos, minissérie que estréia hoje na Globo, após o Big Brother Brasil. ?É a história de uma grande parte da minha vida e que faz um resgate de um amigo muito importante para mim?, explica a autora, Maria Adelaide Amaral. A menção que ela faz é ao jornalista e intelectual Décio Bar, que se suicidou em 1991 e cuja morte motivou Maria Adelaide a escrever o livro Aos meus amigos. Apesar de ser a base da produção de 25 capítulos, o romance não foi fielmente adaptado pela autora.

A trama tem início em 1989. É nesse ano que Léo, vivido por Dan Stulbach, se descobre doente, com suspeita de ter esclerose múltipla. Na época quase uma sentença de morte, a moléstia não abala o anárquico intelectual: decidido a não ?entregar os pontos?, ele reúne em sua casa na serra os amigos com quem formava na juventude o que chamavam de ?família?. ?Ele é movido por esse amor. O Léo não quer perder os laços com as pessoas que o marcaram e isso fica mais forte com a proximidade da morte?, define Dan.

O perfil psicológico dos personagens da minissérie segue na contramão do folhetim clássico, com mocinhos e vilões: cada um deles é capaz de mesquinharias e de atos grandiosos, no formato ?gente como a gente?. O paranaense Guilherme Weber também está na trama, no papel de Benny, um judeu homossexual que namora um negro.

Diferentemente das últimas minisséries da Globo, que tiveram duração entre dois e três meses, Queridos amigos ficará no ar por pouco mais de 30 dias. Outra diferença é o investimento, bem longe das grandiosas produções que deslocaram profissionais e equipamentos para a floresta, como em Mad Maria e Amazônia.

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