Os bisavós do rock lançaram uma linha de vinhos com garrafas que têm rótulos inspirados em cartazes de turnês da banda. Os Rolling Stones fizeram parceria com a Celebrity Cellars, especializada na criação de garrafas personalizadas, que colocou à venda em seu site as variedades do vinho, produzido na Califórnia. Os preços de cada garrafa vão de R$55,00 a R$225,00 mais o frete.
A primeira edição, esgotada de cara, tinha no rótulo a famosa boca com a língua de fora, criada para o álbum Sticky fingers, de 71. Das variedades do vinho Rolling Stones ainda à venda, apenas a que não tem álcool oferece a tal língua, que se tornou marca registrada da banda. Tintos e brancos, os vinhos dos dinossauros imortais do rock não escapam da idéia de que vinho, quanto mais velho, melhor.
Inéditas
Está programada para amanhã, no Hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, a coletiva de lançamento do esperado álbum de inéditas de Roberto Carlos, que, claro, chega às lojas antes do Natal. Uma das novas músicas, composta em parceria com Erasmo Carlos, é Arrasta uma cadeira, que toca nas rádios desde a semana passada.
A canção inclui Chitãozinho e Xororó nos vocais.
S.O.S
Os momentos da vida das pessoas são sempre marcados por canções, discos e sucessos do rádio. Partindo desse princípio, Alexandre Petillo teve a idéia do livro Noite passada um disco salvou minha vida. Setenta músicos, escritores e jornalistas escreveram para o livro dele, lançado pela Geração Editorial.
Nem sempre felizes, as histórias contam sobre as músicas que mudaram suas vidas, e os discos indispensáveis, que levariam para uma ilha deserta. Alegrias, constatações, melhores e piores momentos são registrados por gente de peso.
O líder da banda Skank, Samuel Rosa, é um dos que têm suas historinhas selecionadas pela Tribuna Pop. Ele fala em ?parada de sucessos particular?, e tem em comum com o autor do livro, a citação dos Beatles, muito lembrados na última semana, pelo aniversário do assassinato de John Lennon.
Rosa conta que o disco Help já completava uma década quando ele, aos 9 anos de idade, ?uma fase sem angústias?, começou a escutá-lo, adquiriu o hábito de ouvir música e entrou pelo caminho da descoberta de que ?precisava ter uma banda?.
?Segundo meu pai, a primeira vez que ouvi Help ainda sujava as calças?, escreve o líder da banda mineira. Ainda mais ligado aos Beatles, Alexandre Petillo divide a vida em discos da banda inglesa, e elege 20 Greatest hits como o que mudou sua vida porque foi o primeiro.
Maldito
Sentindo-se artisticamente esgotado, tinha na mente uma crítica que questionava se o último romântico teria se tornado maldito. Com o lançamento de Gabriel, o pensador, Lulu revela que ficou ?eletrizado? com o hip-hop e se renovou. Criou Assim caminha a humanidade e foi recontratado pela RCA, hoje BMG. ?Maldito? Quem? Eu??, conclui.
Inquieta
A roqueira baiana Pitty se concentrou mais na expectativa de ter que escolher um disco só, quando escreveu que levaria Never mind, do Nirvana, para a tal ilha deserta. O argumento é que o mix atenderia as alternâncias de humor da moça, que se define como ?inconstante e inquieta?.
Ela diz que o disco contém ?um certo desespero? para os dias de se sentir incompreendida pela humanidade, mas também algo do que chama de ?levanta defunto?, ?com um hardcore ou dois para as horas mais tensas?, além de baladas quase monótonas para ?pensar, chorar, ou não pensar em nada.?
Personalizado
O jornalista esportivo Juca Kfouri é um dos famosos que colaboraram com Noite passada…Entre os outros, Maurício Kubrusly com a homenagem à inteligência do pouco tocado Rumo, da pouco conhecida banda Rumo, e o crítico paranaense Abonico Smith, que elegeu The Cure, o campeão entre as citações.
Kfouri, que aparece na foto, escreveu que contaria com a tecnologia para fazer Juca?s golden hits, uma seleção de músicas importantes para diferentes sentimentos. ?Música é companhia fundamental.? Das noites sofridas da adolescência e da primeira paixão não correspondida, ele cita Ray Charles, com as canções Old man river e Nancy.
Para os momentos de solidão, elege Carinhoso, de Pixinguinha, e para a exaltação da garra corintiana, Maria, Maria, de Milton Nascimento. Vai passar, de Chico Buarque, seria a trilha da torcida pelo surgimento do navio que permitiria voltar ao mundo e escutar todo o repertório do compositor.
Inspiração
?A partir daquele momento minha vida mudou?, declara Dinho Ouro Preto, líder da banda brasiliense Capital Inicial no texto que assina. Ele cita a ocasião em que ouviu a música Message in a bottle, do disco Regatta de blanc, da banda The Police, que projetou Sting.
Foi na primeira festa punk que Dinho se lembra de ter ido, numa época em que ouvia o que se chamava de metal. Entrou para a turma do dono da casa, Fê, na banda dele, que deu origem à Capital Inicial, e os dois ainda são parceiros. Fê é o baterista. ?Uma música me inspirou a procurar novidades?.