A cantora Wanessa, que está processando o comediante Rafinha Bastos, publicou em seu site um comunicado sobre o assunto. Nele, a cantora, que é casada com o empresário Marcus Buaiz, diz que esperava um pedido de desculpas de Bastos após a piada em que disse que comeria a cantora e o bebê dela. Wanessa está grávida.

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Essa é a primeira vez que Wanessa fala publicamente sobre o assunto e diz que esperava um pedido de desculpas e não a proporção que o caso tomou. Ela conta que soube da declaração de Rafinha por amigos e ouviu na internet.

Primeira reação

“Diante de um silêncio engasgado e em risco de sufoco, me coloco, aqui e agora, fora dessa condição. Quero falar, não porque estão me cobrando essa palavra, não para dividir lados e opiniões e nem para ganhar defensores. Apenas quero tornar pública a minha verdade, já que se trata da minha vida e da vida do meu filho, que nascerá em poucas semanas, e também para defender a mim e a minha família de falsas acusações”.

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Depois de rever “umas três vezes para ter certeza do que estava vendo e ouvindo” Wanessa conta que esperava uma retratação. “Mas isso, como todos sabem, não ocorreu dentro do programa naquela noite e nem mesmo naquela semana, seja na imprensa ou nas redes sociais”, continua.

Falatório

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A repercussão do caso assustou a cantora. “Confesso que o que era insuportável ficou pior ainda, pois, como se diz na linguagem comum: “vi e ouvi o nome do meu filho na roda” e a única pessoa capaz de estancar essa história, não o fez!”. Ainda assim Wanessa esperou pelas desculpas. “A gota d’água, para mim, foi assistir a um vídeo produzido e postado pelo humorista onde ele, em uma churrascaria, ironiza toda essa história”.

Processo

“Desejo que ele compreenda o ferimento que causou. Em quase 11 anos como cantora já me senti e fui ofendida, já me julgaram de diversas maneiras, mas foi uma escolha minha quando resolvi seguir essa carreira e dar “a cara a bater”, porém, desta vez foi diferente. Rafael Bastos ofendeu, agrediu verbalmente, ironizou e polemizou com o meu filho. E qual mãe no mundo não defenderia, até com sua própria vida, o seu filho?

Estou apenas desempenhando o maior papel que a vida me deu: ser mãe. Para defendê-lo, vi na Justiça de nosso democrático país, o melhor caminho. Por isso, entrei com um processo criminal de injúria que, segundo nossa Constituição e Código Penal, artigo 140 se aplica perfeitamente ao ocorrido, já que o crime de injúria consiste em ofender verbalmente a dignidade ou o decoro de alguém, ofendendo a moral, abatendo o ânimo da vítima.

Sinceramente, não estou interessada em dinheiro nenhum, muito menos que ele seja encarcerado em prisão alguma. Apenas desejo que esse processo faça o humorista repensar sua forma ofensiva de falar, disfarçada erroneamente em liberdade de expressão.”

Fora da bancada

Wanessa diz que nem ela, nem ninguém de sua família tem relação com o afastamento do humorista da apresentação do CQC, da Band. O marido da cantora foi citado como causador da saída de rafinha da bancada e ela nega. “Seria até pretensioso pensar que temos esse poder, já que a Band é uma empresa privada com seus donos, dirigentes e empregados e essa, sendo assim, se torna a única responsável por suas decisões. Qualquer notícia envolvendo esse poder fictício e covarde é falsa e mentirosa”.
Segundo Wanessa essa foi a primeira e a última vez que falou do assunto. Agora só na Justiça, pelos seus advogados.

Fora da novela

Depois da gravidez de Grazi Massafera, mais um fato inesperado movimenta os bastidores de “Aquele beijo”, novela das 19h da Globo. O ator Maurício Mattar, escalado para um papel de destaque, foi desligado do projeto . Mattar, que sofreu um acidente de carro no iní,cio do mês e até foi trabalhar, mas, com fortíssmas dores no joelho, não conseguiu gravar. As dores seriam consequência do trauma sofrido na batida.

O nome de Mattar será retirado dos créditos. Ainda não foi escalado o ator para o personagem, um delegado de polícia que investigará irregularidades nas finanças da loja Comprai. Jandir Ferrari é um dos candidatos ao papel.

Fora por telefone

Você é muito bonita, atriz talentosa, não deve estar acostumada a ser deixada — como Violeta, sua personagem em “O Abismo Prateado’. Como lida com isso?

Bom, mesmo que você não tenha sido deixada, isso causa uma frustração. As cicatrizes ficam, mas há a busca pela cura.

No filme a personagem é dispensada por uma mensagem de voz…

Isso é muita covardia. Uma falta de consideração!

Como é a sua relação com a tecnologia, Internet, essas coisas?

Queria diminuir, ficamos escravos. É uma ansiedade. Você mexe no celular enquanto espera o elevador, quando está no carro. Tem horas que quero desligar tudo! A gente precisa do vazio também.

“Olhos nos Olhos’, de Chico Buarque, inspirou o roteiro de “O Abismo Prateado’. Você é louca pelo compositor, como praticamente todas as mulheres?

Sou apaixonada. Mas os homens também amam. O Chico tem uma importância para o País, não só para a história de cada um de nós. “Olhos nos Olhos’, de agora em diante, vai ficar marcada para sempre para mim.

Para interpretar Violeta, você lembrou de histórias que viveu?

Tudo que já vivi até hoje, uso no trabalho. Mas não é tão objetivo assim. Eu começo a me colocar no lugar dela, tentar sentir o que ela sente. Me senti muito amparada pela emoção e conduzida pelo Karim (Aïnouz, diretor).

Para você, o que detona um relacionamento?

Mentira, falta de entrega e economia de sentimento são coisas que me brocham. Mas terminar uma relação é um ardor no peito!

Você parece ser bem organizada quanto aos seus pensamentos e ao que diz. Faz análise?

Tem que ter o amparo da análise. O artista que não pensa fica maluco. É preciso buscar coisas que te levam ao entendimento. Nascemos e somos jogados no mundo sem o nosso consentimento. A arte te desgruda da Terra.

Também é preciso sair um pouco da realidade…

É… tomar um drinque, sei lá!