De cara nova

Quem viu Leopoldo Pacheco de chicote na mão e olhar perverso na pele do lascivo Leôncio, de Escrava Isaura, ainda estranha o novo personagem do ator em Belíssima. Ele também. Afinal, Cemil é o contraponto total do trabalho anterior. Bom caráter, sensível, ingênuo até. Entre os dois, há em comum apenas a impressionante falta de sorte no amor.

"Este é um trabalho muito mais difícil. O Cemil está muito próximo do meu universo e isso faz com que a concentração precise ser redobrada", pondera o ator, que já sente no ar uma "energia" diferente. "Eu costumo dizer que estava plugado em 440 volts. Agora já consegui chegar a 220 volts", brinca.

Para construir o perfil quase desajeitado de Cemil, Leopoldo leu alguns livros, viu filmes como Dogville, de Lars von Trier, e decidiu encontrar, por si próprio, uma série de razões que levaram o moço a ser tão frágil. "Acho que ele foi criado com muito cuidado, sendo poupado de problemas sérios e cresceu meio sem saber seu lugar no mundo. Por outro lado, tem uma ética irrepreensível", analisa. Os reflexos da melhora de caráter. Leopoldo já sente nas ruas. "É um tal de me avisarem para ter cuidado com o amigo da onça", conta ele, referindo-se a André, personagem de Marcello Antony. Nas próximas semanas é bem possível que Leopoldo seja ainda mais abordado. É que Nikos, o verdadeiro pai de Cemil, interpretado por Tony Ramos, chega ao Brasil disposto a encontrar o filho que jamais pôde conhecer. "Nossa, gravei umas cenas tão lindas com ele. Muito emocionante mesmo", relata o ator. A verdadeira história de Cemil, no entanto, só deve ser revelada mais à frente. Até lá, o operário vai continuar transitando por vários núcleos da trama. "O bacana desse trabalho ainda é isso. Estou contracenando com pessoas maravilhosas, que já admiro há muito tempo. E, confesso, fico muito nervoso perto delas", admite.

De algoz a operário

Você tinha recebido uma proposta de permanecer na Record depois de Escrava Isaura. Por que decidiu voltar à Globo? Foram vários fatores. O trabalho em Escrava Isaura foi muito bom. Fico muito orgulhoso de ter ajudado a plantar uma sementinha lá. Eles estão fazendo um ótimo trabalho. Antes de ir para a Record, me ofereceram um papel em Começar de novo e Mad Maria. Ambos acabaram não acontecendo e eu segui meu caminho. Depois, fiquei sabendo pelo próprio Silvio de Abreu que ele estava escrevendo um papel para mim. Me senti lisonjeado, principalmente depois de ver o perfil do personagem. E é uma novela deliciosa, com um elenco fantástico. Achei que era a decisão certa a tomar.

O que mais chama sua atenção em Cemil? Quero entender as razões dele, o modo como pensa, o porquê de tantos buracos na alma. Ele foi abandonado pela mulher, tem uma relação fria com os filhos. O único amigo de verdade que tem é o pai. E nem é  pai verdadeiro. É um personagem cheio de possibilidades, de conflitos. É muito mais difícil fazê-lo sem cair no perfil de um bobalhão. O vilão é desprovido de pudores, é uma completa falta de escrúpulo. Então, você pode brincar com seus demônios. No caso do Cemil, os demônios dele são parecidos com os de gente muito normal. É complicado mostrar isso. Estou estudando, observando. Curto muito os capítulos que recebo, pois me aguçam a curiosidade. O Cemil é uma surpresa muito boa.

Você falou em possibilidades. E o Sílvio tem na manga um serial killer. Acha que o Cemil poderia ser um suspeito? Pois é. Já pensei nisso. Um homem tão polido, tão introspectivo, poderia ser um suspeito sim. E acho que tem coerência, tem gancho para isso. Seria até interessante. É isso que me encanta nesse texto. Fico imaginando a hora em que ele vai decidir dar uma chacoalhada na vida e ser feliz.

Uma poça de lágrimas

Assim que leu a sinopse de Joana, sua personagem em Prova de amor, Bianca Rinaldi percebeu que teria de chorar – e muito – em cena. Depois de interpretar a atormentada Isaura em Escrava Isaura, a atriz não imaginou que mais uma vez lhe seria oferecido um papel com tamanhas inquietudes emocionais. Mas foi exatamente o que aconteceu. A médica, escrita por Tiago Santiago especialmente para a atriz, sofre horrores ao saber que um de seus gêmeos não sobreviveu ao parto. Depois, cisma em seguir sua intuição materna e passa boa parte da trama procurando o filho que, para os outros, está morto. "Bem-feito para mim. Quem manda chorar bem? Mas é a minha função. Se o público não chorar comigo, meu trabalho não está direito", diverte-se. Disciplinada, Bianca é o tipo de atriz que se prepara para dar veracidade aos seus papéis. Para interpretar Joana, conheceu a rotina da Pediatria de um hospital de São Paulo, leu sobre transplante de células-tronco e foi conversar com as "Mães da Sé", mulheres que, a exemplo de sua personagem, tiveram seus filhos desaparecidos, mas ainda têm esperança de encontrá-los com vida.

"Não precisei da Globo"

Mesmo tendo atuado em tramas da Globo, como Malhação e Explode coração, e protagonizado Pícara sonhadora e A pequena travessa, ambas do SBT, a atriz, de 31 anos, só ficou realmente conhecida ao protagonizar Escrava Isaura, na Record. Atualmente, a novela é reprisada na emissora e foi comprada por diversos países, como Argentina, Chile, Portugal e Venezuela, onde ela tem, constantemente, de marcar presença em programas e eventos, tamanho é o sucesso por lá.

Apesar dos frutos internacionais que vêm colhendo, graças à boa repercussão de seu trabalho, Bianca é categórica ao dizer que prefere não pensar na responsabilidade que isso traz. Satisfeita com a média de 15 e picos de 18 pontos no Ibope que Prova de amor vem garantindo, ela jura que seu principal objetivo é satisfazer o público brasileiro, que considera ter um olhar muito mais crítico que o de outros países. "Lá fora eles apreciam a obra, embarcam na fantasia e pronto", avalia. Dividida entre as gravações da novela, em que vive a personagem que considera a mais "humana" da carreira – a atriz brinca ao dizer que Isaura parecia mentira, de tão boa que era – e no programa Ressoar, exibido nas manhãs de sábado, na Record, Bianca Rinaldi faz parte do seleto grupo de atrizes que se consolidou na carreira mesmo sem ter tido grandes chances na Globo. Ela explica que nunca foi de ficar de braços cruzados, esperando o "chamado" tão desejado por colegas de profissão. Preferiu priorizar os papéis que lhe dessem chance de mostrar seu talento. "Vou aonde há trabalho. Não precisei da Globo para construir minha carreira", orgulha-se.

O sol das estrelas

O sol do verão dos famosos é o mesmo que brilha pra nós, os mortais. A diferença é que as celebridades usam acessórios de dar inveja e nós copiamos o que elas usam. Para compensar, até os imortais adoram opções baratinhas que nós adotamos primeiro.

O biquíni preto com tranças coloridas da supermodelo Isabelli Fontana é um legítimo Rosa Chá. A marca de trajes de banho é uma das mais badaladas pelas ricas e famosas, assim como as outras que a Tribuna Pop mostra hoje.

O pretinho da quase senhora Henri Castelli custa R$ 365,00. É quase nada perto dos cerca de R$ 600,00 das versões Rosa Chá com pedrarias, tendência do verão é capaz de fazer um biquíni da Cia. Marítima valer até R$1.900,00.

Mas não vale se indignar. É preciso pensar que elas fazem esses investimentos de muitos salários mínimos porque as peças que podem ser bem aproveitadas, né? Afinal, em 2006, tops e saídas mantêm o status de roupa para quase qualquer lugar, e não só praia e piscina.

No oposto do custo, mas um luxo em quase qualquer circunstância, as já universais sandálias Havaianas não têm preconceito de classe. Um dia foram coisa só de povo e de praia. Hoje vão de qualquer jeito, com jeans e até com saias e vestidões. Tudo isso, às vezes por menos de R$20,00. Viu ? Dá pra ser feliz.

Onda hippie

Outra marca que ricas e artistas acham fashion, moda, é a Cia. Marítima, que tem Daniela Sarahyba como garota-propaganda da coleção que marca os 15 anos de mercado. A coleção se inspira nas estampas indianas e de clima hippie, e abusa das cores nos biquínis coordenados com vestidos/saídas de banho.

O tomara-que-caia, também da época, aparece nas blusas e nos modelos dos biquínis. Bordados, cristais, strass e fitinhas acompanham a onda do verão 2006 da Cia. Marítima, que aposta também em biquínis em jeans e tricô, além de modelos com bojo e frente única, de lycra com microfibra.

Sereia

Com a modelo e apresentadora Mariana Weickert fazendo as poses para os biquínis, a coleção da marca Água doce se inspira no que os fashionistas, gente ligada nas tendências da moda, resolveram chamar de womanly, que quer dizer algo bem feminino.

Um sutiã com enchimento removível é novidade para turbinar as areias. Bolinhas, babados, lacinhos e apliques reforçam o ar já enfeitado das estampas que se misturam nas roupas de banho de algodão e lycra, e que também aparecem nas saias, tops, batas e camisões Água doce.

Charme com proteção

Os óculos para o verão 2006 têm armações grandes, tipo aviador, motoqueiro… Estes são da Chilli Beans, custam R$ 80,00 e servem de lembrete para o fato de que é preciso se proteger do calor e dos raios nocivos do sol mais forte.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a incidência de câncer de pele aumenta 20% ao ano, mas apenas menos de um terço da população com idade entre 15 e 45 está usando o tão recomendado protetor solar.

Em Curitiba, dermatologistas recomendam bloqueador, e falam que se deve preferir as loções pelo menos com fator de proteção de pelo menos 30, reaplicado sempre que se suar muito e após os banhos de mar e piscina.

Make solar

A Natura está relançando a coleção Única Solar, com 11 produtos de duas linhas de maquiagem: ouro, para realçar, e bronze, para dar à pele o efeito bronzeado. Com os brilhos em alta, as novidades, com valores que partem de vinte e poucos reais e se somam às sombras intensas, são os lápis kajal, que podem ser usados como sombras mais suaves.

Maquiador oficial da empresa, Marcos Costa explica que a Única Solar conta com pigmentos que refletem a luz. "Além disso, a base, o batom e o gloss possuem FPS – fator de proteção solar -15, fundamental para a proteção da pele", ressalta.

Na opinião dele, as mulheres só deveriam se bronzear do pescoço para baixo, para evitar os riscos que o sol oferece à saúde da pele. "Para igualar a cor do rosto com a do busto, a mulher conta com esse tipo de maquiagem", sugere.

Pé pra fora

Integradas ao  guarda-roupa de uma legião de ricos e famosos de todas as idades, as Havaianas chegam ao verão com novos modelos, alguns dos quais não custam mais de R$ 20,00.

Entre os novos modelos, as sandálias chamadas de Joy, com os solados mais altos, e os lançamentos das linhas Floral, Hibisco e Butterfly, com novas cores de solados e desenhos de flores ou borboletas.

Na moda de mais este verão, as sandálias com solado plataforma da Dijean também serão figurinhas carimbadas no visual praia. Cada par custa de R$ 50,00 a R$ 75,00. A hora é boa para se lembrar dos cuidados com os pés. Unhas curtas, sabonete e toalha seca entre os dedos, calos lixados e hidratação pelo menos uma vez por semana: passe creme e envolva os pés por 10 minutos para que a pele absorva.

Nariz à venda

Em Sob nova direção, Pit e Belinha sofrem um acidente no bar e elas decidem procurar o doutor Ivan, que é cirurgião plástico, para uma reparação estética. O médico, no entanto, só tem olhos para o nariz de Belinha. Segundo ele, é o mais belo que já viu, e insiste em comprar o molde dele, já que muitas de suas pacientes adorariam tê-lo no rosto. E Pit vai depender da resposta da amiga para ter dinheiro para corrigir o implante de silicone que fez no bumbum. Às 23h, na Globo.

Harry Potter

O bruxinho Harry Potter volta à telinha na sessão Oito e meia no cinema Cinespecial, do SBT, que apresenta Harry Potter e a câmara secreta. Harry Potter recebe a visita do elfo doméstico Dobby, que pede que ele não retorne à escola de magia de Hogwarts, pois coisas terríveis podem lhe acontecer. Mas o pequeno bruxo ignora o aviso. Na escola, fatos estranhos começam a ocorrer depois de sua chegada. Além de todos os problemas, Harry tem que lidar com o novo e arrogante professor de defesa contra a arte das trevas. No elenco Daniel Radcliffe, Rupert Grint e Emma Watson. Às 20h30, no SBT.

John Lennon

 O Fantástico relembra os 25 anos da morte de John Lennon. O jornalista Geneton Moraes Neto foi a Washington, nos Estados Unidos, entrevistar o psicólogo Robert Fein e o agente Bryan Vossekuil ambos do serviço secreto americano. Os dois percorreram diferentes penitenciárias dos EUA para traçar o perfil das pessoas que cometeram atentados contra famosos, como Mark Chapman que, em 8 de dezembro de 1980, assassinou o cantor John Lennon, em Nova York. O Fantástico começa às 20h30, na Globo.

No México

No Domingo legal, o repórter Rodolfo Carlos vai ao México com a banda RBD, formada pelos atores e cantores da novela Rebelde, do SBT. Rodolfo acompanha um dia de gravações da novela nos estúdios da Televisa, e, depois, faz um passeio pela Cidade do México com os atores/cantores. O Domingo legal começa às 16h, no SBT.

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