Comentaristas de peso

O combate está acertado. É na madrugada de sábado para domingo a disputa do cinturão dos pesos pesados do MMA, na Globo. Enquanto o americano Cain Velásquez e o brasileiro Júnior dos Santos – o Cigano – se engalfinham no octógono, outras duas feras experimentam a adrenalina das lutas – onde vale quase tudo – na TV aberta.

De um lado Vitor Belfort (à direita). O marido da ex-Feiticeira Joana Prado, o lutador mais jovem do Jiu-Jitsu a receber a faixa preta desta arte marcial brasileira, vai estar nos bastidores, comentando ao vivo. Ele treina em Las Vegas, na academia de Randy Couture, outra lenda do esporte. Belfort está empolgado. Ele, inclusive, ajudou a Globo a negociar com o UFC, os donos dos shows de MMA. E espera-se dele mais uma proeza: aniquilar os comentários de Galvão Bueno, escalado como narrador da luta.

No Globo Esporte e no Corujão do Esporte outra fera comenta a luta: Anderson Silva (à esquerda), o número um dos médios.

“Em um primeiro momento, fiquei um pouco assustado. Quando se está no octógono é uma coisa, comentar sobre companheiros é complicado”, contou o campeão no programa Mais Você.

Reality de luta

Vitor Belfort e Anderson Silva, que já se enfrentaram no UFC 126, não encerram sua participação nos bastidores. No ano que vem os campeões serão responsáveis por duas equipes de lutadores no reality do UFC, que pela primeira vez vai acontecer fora dos Estados Unidos e será transmitido pela Globo. As datas já estão certas. Serão 12 programas, exibidos aos domingos, depois da meia-noite, entre 25 de março e 2 de junho, reunindo 16 participantes.

Prejuízo

Na estreia da Globo no MMA, o UFC está no prejuízo. Os organizadores deixaram de vender o duelo pelo pay-per-view como fazem na maioria das grandes lutas. De acordo com o Sports Business Journal, o Ultimate tinha expectativa de faturar US$ 40 milhões (mais de R$ 75 milhões), normalmente dividida pela metade com o canal responsável pela exibição. Com o acordo fechado com a Globo e a Fox para o ano que vem o UFC cedeu a transmissão para ambas as emissoras, de graça, como uma espécie de bônus.

“É um investimento da companhia. De maneira alguma vamos chegar perto de conseguir nosso dinheiro de volta. Você não vai para a televisão aberta faturar dinheiro. Simplesmente não é assim que funciona. Vamos ser massacrados com essa luta, mas é um investimento futuro”, comentou o presidente do UFC, Dana White ao site MMA Fighting.

Ela não dá nada

Alexandre Frota pediu na Justiça o bloqueio dos bens de Joana Machado. Ele quer parte dos R$ 2 milhões que ela ganhou na quarta edição do reality A Fazenda, da Record. Os advogados do diretor do SBT protocolaram o pedido e orientaram seu cliente a não dar declarações.

Joana, que já sabia das intenções de Frota, não está disposta a dividir nada. “Não fiz contrato nenhum com ele. O dinheiro é meu e ninguém tasca”.

Alis Vasconcelos, advogado de Joana, se disse surpreso, mas preparado para contra-atacar. “O Judiciário é a melhor esfera para resolver essas coisas que andam lançando na imprensa”, afirmou.

O caso

Frota alega ter direito entre 20% e 30% do prêmio que Joana levou ao vencer Monique Evans na final do reality, no mês passado, porque foi ele que apresentou Joana aos produtores da Record. Frota chegou a dizer que Joana teria contrato assinado garantindo sua participação nos lucros, mas até hoje, não mostrou nenhum documento comprovando isso.

Vai encarar?

O apresentador da Band, José Luiz Datena, promete fazer a gente rir na MTV amanhã, às 22h30. Ele é o entrevistado de Marcelo ,Adnet, o humorista que está sendo disputado pela MTV e pela Globo.

Por enquanto Adnet cumpre o contrato na MTV e promete alfinetar o convidado, que não tem papas na língua. Datena está feliz da vida, depois de voltar para a Band. Ganhou a primeira fase do processo que a Record move contra ele por rompimento de contrato – ele ficou só 43 dias na emissora do bispo e da outra emissora, ao vivo, mandou uma banana para os ex-patrões. Acostumado a polêmicas ele vai encarar pela primeira vez “Adnet ao Vivo” onde não há piada pronta. Marcelo se apropria das redes sociais, webcam e telefone para dialogar com pessoas. A matéria-prima é a notícia, mas o produto final é sempre o humor, que se manifesta em VTs que são finalizados ao vivo, com Adnet fazendo dublagens, imitações e músicas em sincronia com sons e imagens pré-editadas.

O programa dura 45 minutos.

Premiado

Rubens Figueiredo é escritor nas horas vagas. E dos bons. Tradutor de importantes obras, como a recente edição de “Guerra e Paz”, de Liev Tolstoi, feita pela primeira vez diretamente do russo, já lançou oito livros, dois deles premiados com o Jabuti. Seu último romance “Passageiro do Fim do Dia” (Companhia das Letras, R$ 40) lhe tomou quatro anos. Experimentava aqui, abandonava o livro ali para adiantar uma tradução, e tanto tempo de dedicação e preciosismo resultaram no livro vencedor do Prêmio Portugal Telecom de Literatura. Ele recebeu R$ 100 mil.

“Procurei abordar coisas cotidianas e sem nexo à primeira vista, algumas banais e triviais, para encontrar nelas sinais de processos vitais que percorrem toda a sociedade”, disse. A história, que se passa em um único dia dentro de um ônibus, já havia sido considerada a melhor do Prêmio São Paulo de Literatura em agosto, quando Rubens Figueiredo ganhou R$ 200 mil.

Discurso impróprio

A Academia das Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood aceitou a demissão de Brett Ratner. Ele seria o produtor da próxima cerimônia do Oscar, mas o cineasta andou falando demais.

Ratner, diretor de “Dragão Vermelho” e “X-Men: O Confronto Final”, participou de um debate na semana passada e, quando perguntado sobre a preparação para o Oscar, afirmou que “ensaiar era coisa de bichinha”. No final de semana, ele foi ao programa de rádio “The Howard Stern Show” e falou sobre masturbações, pelos púbicos, o tamanho de seus testículos e inclusive sobre um encontro sexual com a atriz Lindsay Lohan, de acordo com o jornal “Los Angeles Times”.

“As palavras têm significado e acarretam consequências. Brett é uma boa pessoa, mas seus comentários foram inaceitáveis”, declarou o presidente da Academia, Tom Sherak. Em nota oficial o produtor se desculpou. Eddie Murphy (foto), amigo pessoal de Ratner e seu convidado para comandar a cerimônia, desistiu de apresentar o Oscar.

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