Lindas, inteligentes, cheias de atitude e talento, as atrizes que estão despontando nessa nova fase do cinema brasileiro mostram na VIP deste mês por que a produção nacional está cada vez melhor.
A brasiliense de 26 anos, Rosanne Mulholland, é filha do reitor da Universidade de Brasília, Timothy Mulholland. Ela saiu do Planalto Central e rodou cinco filmes, ainda inéditos, desde que surgiu em 2006 no cult A concepção, de José Eduardo Belmonte. Agora, estreou na tevê na novela Sete pecados. ?Tenho medo da crítica, de alguém não gostar de mim e botar no jornal… Aí vai doer!?, comenta, ao falar sobre a exposição na mídia.
Hermila Guedes, também de 26 anos, é pernambucana de Cabrobó, criada em Olinda. Estrela de O céu de Suely, de Karim Aïnouz, e de O baixio das bestas, de Cláudio Assis, a tímida atriz conta à VIP que não é a típica nordestina brejeira e sensual: gosta de vestidos de vovó, quase nunca decotados, e só vai à praia de Boa Viagem, em Recife, para tomar um caldinho sob o guarda-sol. ?Meu negócio é sombra e água fresca?, brinca. Contratada pela Globo, Hermila aguarda ansiosa sua estréia nas novelas.
Rosanne Mulholland. |
O filme em que a gaúcha Taína Müller, de 24 anos, faz seu début só estreou agora, mas ela já abocanhou o prêmio de melhor atriz nos festivais de Recife e Cuiabá. Em Cão sem dono, dirigido por Beto Brant e Renato Ciasca, ela é Marcela, uma modelo sonhadora que quer viajar, explorar o mundo. Tainá conta que emprestou muito de sua personalidade à personagem, mas as semelhanças param aí. ?Ela tem uma ingenuidade em relação à vida que já perdi.?
Aos 31 anos, Lorena Lobato é o tipo da pessoa que de tão tímida chega a ser cômica. Paraense, a atriz não é ambiciosa quanto a seu futuro profissional: ?Vou caminhando…?, diz. Há 11 anos foi conhecer Machu Picchu e, de passagem por São Paulo, gamou. ?Senti cheiro de coisa séria aqui?, comenta. Na cidade, dançou, morou em pensionato de freiras, fez teatro com Antunes Filho, teve um filho e só por acaso foi parar no cinema. Em O cheiro do ralo, de Heitor Dhalia, Lorena tem um papel pequeno, mas suficiente para os conterrâneos descobrirem o que fazia tão distante de casa. ?Eles diziam: Lorena, volta, não tenha vergonha de voltar fracassada?, conta ela, aos risos.
Alerta
O percussionista da Banda Eva, Fabrício Scaldaferri, 29 anos, foi enterrado ontem no cemitério Jardim da Saudade, em Salvador (BA). Ele morreu na tarde de terça-feira, vítima de uma infecção generalizada, após ser internado com uma intoxicação alimentar.
Na segunda-feira, o músico comeu ostras na Praia de Piatã, em Salvador, o que foi apontado pelos médicos como a possível causa do óbito. Segundo a assessoria de imprensa da banda, Fabrício e o músico Alcione Rocha compraram as ostras de um ambulante, mas só o percussionista passou mal. Assim que surgiram os primeiros sintomas, ele procurou atendimento médico, mas quando chegou ao Hospital da Bahia já estava com uma infecção generalizada.
Fabrício entrou na Banda Eva no primeiro semestre de 2005 para tocar percussão ao lado de Alan Toreba. O músico já havia tocado com Armandinho, Daniela Mercury, Netinho, Salsalitro e Silvinha Torres, entre outros artistas. Os shows que a banda realizaria no próximo fim de semana foram cancelados.
Estrelismo
A cantora Lu Schievano, 32 anos, que recentemente foi escolhida entre mais de 2 mil concorrentes para cantar na banda do Domingão do Faustão, já foi demitida. Após dois domingos na Globo, a moça teve um ataque de estrelismo e fez uma série de exigências à emissora. Além de um camarim exclusivo, ela se recusou a viajar de ônibus com a banda – a Globo chegou a fornecer passagens aéreas para ela viajar de São Paulo para o Rio de Janeiro – e ainda fez um escândalo quando soube o valor de seu salário -estimado em R$ 4 mil.
O agravante, porém, foram os desentendimentos com a banda, liderada por Luiz Schiavon. ?A Lu é uma grande cantora, ganhou (o concurso) por mérito. Mas não tem o perfil adequado para a banda. Ela não resistiu às pressões de um programa ao vivo. Então, a gente resolveu parar para não desgastar?, declarou Schiavon em entrevista ao colunista Daniel Castro, da Folha de S. Paulo.