A Tribuna Pop entrevistou representante da maior agência de marketing de entretenimento do país, a Espaço/Z. Diretora de Casting, Maiz de Oliveira contou tudo… ou quase tudo… sobre como funciona o serviço de casting, que a empresa está começando a prestar.
Ela diz que não é ético falar dos valores do passe das personalidades que integram o casting da empresa, que atua em Curitiba, no Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Salvador, Recife, Brasília e Belo Horizonte.
Grandes campanhas publicitárias são os trabalhos mais valorizados, confirma, e os principais clientes de casting da empresa são justamente as agências de propaganda, grandes anunciantes, organizadores e patrocinadores de eventos nesse mercado.
Parceira promocional das principais produtoras e distribuidoras de filmes do país, a Espaço/Z tem um casting com jovens como as bonitinhas Fernanda Souza e Sthefany Brito (foto), gente madura como Luigi Baricelli e Maria Flor, e veteranos como Zico e os cineastas Carlos Diegues e Daniel Filho.
Mais do que 15 minutos de fama
Quem está no casting da Espaço/Z?
Atualmente a Espaço/Z conta com um leque de artistas como Fernanda de Freitas, Luigi Baricelli, Sthefany de Brito, Kayky Brito, Julia Almeida, Hugo Carvana, Chico Diaz, Maria Flor, Eduardo Pires, Renata Boldrini, Mariah de Oliveira, Karina Falcão, Fernanda Souza, Fernando Torquatto (personal stylist), Maria Ceiça, Dablio Moreira, Marcos Henrique, Zico, Daniel Filho, Carlos Diegues, Armando Nogueira, Pedro Bial, Luis Carlos Barreto e Marcos Flasksman (diretor de arte).
Qual o papel de uma agência de casting como a de vocês: em que ponto começa e termina?
Somos responsáveis pelo direcionamento e planejamento da carreira de nossas personalidades. Cuidamos de toda vida comercial, desde contratos com emissoras de televisão, com produções de teatro e até campanhas publicitárias. Também fazemos a ponte entre o artista e a imprensa, através de nossa assessoria, para valorizar o trabalho dos nossos artistas na mídia. Enfim, administramos um pouco da vida dessas pessoas.
Quando contratada por um cliente, como as agências com que nós trabalhamos há anos, a Espaço/Z Casting negocia os cachês, agenda o trabalho, além de cuidar da confirmação de passagens e hospedagem.
Quais os fatores que valorizam ou desvalorizam a imagem de uma celebridade?
Ajudamos as personalidades de nosso casting a construir sua imagem de acordo com o perfil e o desejo de cada um. Identificamos e analisamos oportunidades de trabalho para definir o que é interessante ou não para a carreira deles. Trabalhamos com seriedade para não expor nossas personalidades. Afinal, queremos que todos tenham uma carreira consistente, uma imagem respeitável e não apenas 15 minutos de fama. Um bom ator ou apresentador tem consciência de que só deve vincular sua imagem a bons projetos e produtos. O diferencial da nossa agência é que, muitas vezes, apostamos em novos talentos.
Existe um quadro fechado das celebridades representadas por vocês ou um cliente pode pedir pela presença de alguém de fora do casting da Espaço/Z?
Sim, atendemos à solicitação da mesma forma e sem qualquer ônus para o cliente. Nós negociamos o mesmo cachê com o escritório responsável por sua carreira. É como o mercado funciona: o agente tem direito a 20% do cachê de seus artistas exclusivos e este valor é dividido entre as agências envolvidas na negociação, sem aumento do valor final para o cliente.
As pessoas têm curiosidade de saber valores para serviços de celebridades em eventos, publicidade, desfiles… Você pode dar exemplos em relação a diferentes perfis de celebridades, como uma atriz veterana da Globo e um ator jovem em ascensão? Gostaria de parâmetros que saiam da resposta depende…
Não há uma tabela com valores cobrados por cada artista. Este valor varia de acordo com o tipo de trabalho, a exposição na mídia, a duração do contrato e o alcance (local ou nacional) da campanha, por exemplo. Enfim, inúmeras variáveis são levadas em consideração na hora de negociar um cachê. Além disso, não é ético revelarmos os valores de cada personalidade. Até soa um pouco estranho citar que ?fulano custa tanto?, porque não gosto de encarar os artistas como um produto. Para mim, eles são profissionais que emprestam sua imagem para agregar valor a uma marca ou produto.
Boa moça
Por muito pouco, Mariana não emenda mais um trabalho. O que já havia ocorrido entre América, JK e a novela das sete. Foram três trabalhos consecutivos sem descanso. Da imagem, inclusive. ?Chega uma hora em que a gente tem de respirar para poder criar outro personagem?, pondera a atriz, que deixou o elenco de Paraíso tropical, de Gilberto Braga, por não conseguir conciliar o término das gravações e o início do trabalho na próxima novela das oito. ?É um sonho antigo trabalhar com o Gilberto, mas tenho o compromisso de terminar bem essa personagem. Não posso fazer uma coisa de qualquer jeito?, justifica.
Carolina Marques – PopTevê
Férias curtas
O tempo fora do ar, no entanto, deve ser pequeno.
A atriz já foi escalada por Walcyr Carrasco para Os sete pecados capitais, que substitui Pé na jaca, no ano que vem. Mariana ainda não sabe direito que papel vai representar, mas para ela basta que seja diferente dos tipos que já fez. Ainda que tenha o currículo recheado de boas moças. ?Cada uma tinha uma personalidade instigante. Até a Bel, que costumo chamar de personagem fora de moda, de tão leal e justa que é. Mas será que não existe gente como ela por aí??, questiona.
Se não existem muitas ?Bel?, há pelo menos um grupo enorme que admira o comportamento correto da personagem. É o que conclui a própria atriz ao sair às ruas. ?As pessoas a adoram. Dizem para eu tomar cuidado com os vilões. O que mais me impressionou nesse trabalho foi a identificação com as crianças?, surpreende-se.
Ela mesma foi uma criança inventiva e cheia de sonhos.
O maior deles: tornar-se atriz. Os pais ainda olharam com certa desconfiança aquele desejo infantil, mas à medida em que Mariana crescia, o assunto se tornava mais sério. O pai lhe apresentou Monteiro Lobato e o teatro virou o programa de família. ?Todo domingo assistia a uma peça diferente. Quando vi Panos e lendas, do Vladimir Capela, tive a certeza que estava no rumo certo?, recorda. Sem subir num palco há seis anos, desde que fez Rosa tatuada, de Tennessee Williams, sua primeira e única peça profissional, Mariana não se cansa de procurar um texto para encenar. ?Também quero muito produzir?, avisa ela, que por enquanto se conforma em fazer leituras em casa para os amigos e em lançamentos de livros.
Casada com o produtor de cinema Pedro Buarque, Mariana parece ter encontrado seu lugar no mundo. Conseguiu estabilidade na profissão ainda muito nova, já fez dez filmes e seu nome aparece como um dos mais festejados da nova geração. Por muito menos, já viu colegas se acharem acima do bem e do mal. ?Não acredito em deslumbramento. Ator tem que gostar de gente, senão como vai investigar o comportamento humano??, indaga a moça, que não se cansa de observar. ?Sempre fui como um bichinho olhando, aprendendo com pessoas que têm algo a me acrescentar. A base de tudo na vida é saber se relacionar?, ensina. (CM)
Superamiga
Na trama, Selma vive uma rotina sossegada. Casada com o chefe de enfermagem Lucas, de Paulo César Grande, eles formam um dos poucos casais sólidos e ?quentes? da novela. ?Eles são mais explícitos. Trocam beijos o tempo inteiro. Os outros são mais formais?, compara. No entanto, essa estabilidade promete ser estremecida com a chegada de Claudete, de Cláudia Mauro, ex-mulher de Lucas. ?Ela vai ser vítima de preconceito social por parte da Claudete?, adianta Elisa, que diz ter sido escolhida por Manoel Carlos exatamente por ser negra. ?Ela é uma mulher bem-sucedida, bem casada e querida. Mas o fato de ser negra incita o preconceito nas pessoas. E isso vai ser muito discutido na história?, empolga-se.
Em sua segunda novela de Manoel Carlos – a primeira foi Mulheres apaixonadas -, Elisa já soma 20 anos de carreira. Sua estréia na televisão foi em Kananga do Japão, da extinta TV Manchete. Acumulando as funções de poetisa, escritora e cantora, a atriz afirma ter sido vítima de preconceito durante toda sua trajetória. ?Eu sou negra de olhos verdes. Não me queriam para escrava e nem para sinhá?, brinca ela, que diz não passar mais por situações embaraçosas. ?Sou protegida pela minha popularidade?, ironiza.
Natalia Castro – Pop Tevê