Carente problemática

Pedro Paulo Figueiredo/CZNSe tivesse de definir sua personagem em A favorita, Taís Araújo certamente escolheria a palavra autodestrutiva. Para a atriz, a jovem Alícia, dona de personalidade forte e extremamente sagaz, só tripudia dos homens por um único motivo: carência afetiva. Afinal, ela sofre com a ausência de atenção do pai, o corrupto Romildo Rosa, vivido por Milton Gonçalves, que substitui amor por dinheiro. ?É muito difícil classificar a personagem, que tem momentos de vilã e de heroína. Talvez seja o papel mais humano que já fiz até hoje?, analisa a atriz, que, na trama, é apaixonada pelo jornalista Zé Bob, de Carmo Dalla Vecchia, maior inimigo de Romildo.

Para compor essa mulher que nunca está satisfeita com homem nenhum mas que conquista todos com seu charme e suas generosas curvas, Taís teve de emagrecer alguns quilos. ?Já viram como o figurino é justo e curto??, justifica, às gargalhadas. A atriz também adotou o cabelo longo e liso, ?à la Naomi Campbell?, que deu o ar de femme fatale que lhe faltava apesar de, a princípio, ter torcido o nariz para o look. ?Principalmente porque quando lavo fica um ninho de mafagafinhos?, brinca ela.

Acostumada a dar vida a personagens vibrantes e bem dispostas, Taís está se sentindo praticamente uma estreante na pele de Alícia. Afinal, segundo a atriz, é a primeira personagem depressiva que ela interpreta em 13 anos de carreira na tevê. ?É extremamente paradoxal viver a Alícia porque, ao mesmo tempo que ela é super bem-humorada, guarda uma tristeza lá no fundo?, descreve. Mas, por incrível que pareça, essa alternância de sentimentos é o que mais encanta a atriz, que tem tido a oportunidade de exercitar tanto o drama quanto a comédia, gêneros que diz admirar igualmente.

Além da novela, a atriz apresenta no canal por assinatura GNT o Superbonita, programa que trabalha temas ligados ao universo da beleza. No meio das gravações das duas produções, ela ainda se dedica ao curso de Jornalismo na Estácio de Sá. Apesar de ter trancado a faculdade algumas vezes por causa do ritmo intenso de trabalho, Taís não vê a hora de se formar. Antes, porém, tem de apresentar sua monografia de fim de curso, que é sobre a mudança de conteúdo do GNT. ?É uma pauleira conciliar tudo, mas dá para fazer?, garante a bem-humorada atriz.

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