Ela garante que não se poupou. Fala sem rodeios da adolescência – marcada pelos namoros escondidos e as surras do pai – à maturidade de sex-simbol. Ainda hoje, Vera aparece no imaginário popular como sexy, desinibida e escandalosa. E ela não desmente esses rótulos.
Nua em Paris
Em Paris, aos 49 anos, Vera tirou a roupa numa sacada de um hotel e, adorou provocar o tumulto. ?Estávamos em novembro, quase dezembro, e o frio era insuportável. Um lindo casaco de peles cobria meu corpo. E mais nada. Lá embaixo, carros, transeuntes, bicicletas, ônibus. Todos iam e vinham. Eu só de olho. Na hora em que eu arrancasse o agasalho seria um deus-nos-acuda. Não deu outra. O fotógrafo se posicionou, tirei o casaco charmosamente e fiquei nua em pelo. No início nada aconteceu. De repente, um tumulto. Carros freavam, buzinavam, as pessoas todas em pé olhando para cima?. Os brasileiros viram a cena na Playboy.
Luxúria e gula
Vera tem todo um ritual para ler. Compra muitos livros, se tranca no quarto e, só cercada de guloseimas, escolhe o que vai ler.Os 120 dias de Sodoma, do Marquês de Sade, mereceu destaque na autobiografia. ?Coloquei os pacotinhos de chocolate de um lado e os amendoins do outro. Ia lendo e comendo, uma verdadeira luxúria. O livro do Marquês excitou todos os meus sentidos, experimentei uma forte vontade sexual e toda a minha libido veio à tona. Henry Miller provocou o mesmo efeito. Com esses livros, percebi que o sexo para mim estava aliado às maldades, às perversões, às maldições.?
Show
A discotecagem fica por conta dos DJs Etê e Ploc. Ingressos à R$ 40.