Nájia Furlan
Arquivo Tribuna e Rafael Dabul |
?Minha idéia é mostrar que as mulheres estão e participam. Eu estou e participo!? Assim declara a escritora Antônia Schwiden. Ela se refere às mulheres comuns, que estão nos estádios, que torcem, xingam, sabem músicas e coreografias e têm o time no coração. Exemplos delas estão no livro Dez atleticanas e uma fanática, que ela lança na terça-feira, às 18h30, na Kyocera Arena.
Como explica a autora, é um livro que trata das emoções e relações de mulheres e futebol, a visão delas em campo, na torcida do Atlético Paranaense.
As personagens são mulheres, de 18 a 85 anos, ?todas atleticanas e todas autodeclaradas fanáticas?. ?São mulheres que, tal qual os homens, saem do trabalho e vão assistir ao jogo. Estou querendo mostrar que no grupo dessas atleticanas existem formas peculiares de torcer?, afirma.
Entre elas está Elaine de Lemos, a Minhoca, de 38 anos, produtora de eventos. ?Eu canto as músicas, faço todas as coreografias, grito, xingo. Sou doente por futebol, mas meu negócio é o Atlético. Vou ao jogo sempre que posso. Se não vou, minha semana não é boa?, revela uma das ?personagens?. A atleticana ainda comenta que no dia 31 de dezembro, na virada do ano, pediu ?prosperidade, saúde, amor e que o Ferreira não seja vendido (ele está emprestado para o futebol árabe, por quatro meses)?.
A obra nasceu da paixão de Antônia pelo Atlético e levou nove meses para ser concluído. ?É uma linguagem ágil, leve, divertida. Pensei numa caixa, muito simples, que você abre e lá estão as nossas quinquilharias de torcedoras?, comenta.
Ela explica as cores, o hino, o estádio, fala do mito, das torcidas organizadas, da história e outros detalhes sobre o Atlético. Porém, são as mulheres, as atleticanas e ?fanáticas?, que fazem do livro, segundo a escritora, uma realização.
Os módulos temáticos da obra começam pelo ?Ser atleticana?, passam pelas explicações sobre essa paixão, pelas superstições das torcedoras, pela relação entre elas e eles, no estádio, e terminam em ?Somos povo, queremos sempre mais…?, com a identidade e as reivindicações dessas mulheres.
Revelação
Sophia estudou teatro e foi a protagonista Isa no filme Meu tio matou um cara, de Jorge Furtado, ao lado de Lázaro Ramos e Deborah Secco.
Novos rumos
Longe de demonstrar abalo, porém, a loura explica que recebeu várias propostas de trabalho em diferentes emissoras. Ellen garante que a prioridade é da Globo, mas não descarta a possibilidade de dar o ar da graça em outros lugares, inclusive fora do país, desde que tenha possibilidade de lidar com assuntos próximos do que considera sua ?filosofia de vida?. ?Quero me sentir acrescentando algo na vida das pessoas. Na tevê, posso falar para muita gente. Então, por que não falar coisas bacanas??, questiona.
Recatada
Isis garante que a sensualidade de Rakelli não é um facilitador para estampar a capa de uma revista masculina: ?Depende da cabeça de cada um. Não é o momento. Sei que vai haver assédio, mas não preciso disso e não vai me agregar nada. Agora, não me interessa. Estou feliz ganhando meu dinheirinho?.
Equilíbrio
Carla Neves, PopTevê
Ressurreição
Após entrar para o ramo da pornografia, em 2004, Frota ficou desacreditado para a maioria. Mas, desde o ano passado, vê sua carreira artística renascer na Record, emissora com a qual assinou há pouco mais de um mês um contrato de três anos.
?Fico feliz é de o projeto estar dando certo. Estou coordenando todo o trabalho de produção, de escalação de elenco e de locação da produção técnica e operacional. Isso tem um valor muito grande para mim. É meu renascimento profissional?, diz.
Foi do Alexandre, levado para a Record pela jornalista Leonor Corrêa, a idéia de levar a trupe para gravar na favela Tavares Bastos, que fica ao lado da sede do Bope (Batalhão de Operações Especiais da PM do Rio), no Catete (zona sul do Rio).
?O Bruno (Gomes, diretor) e o Tom (Cavalcante, humorista) tinham a idéia de gravar no Rio. Aí eu sugeri de irmos pra Tavares Bastos. Foi um sucesso. Todo mundo querendo tirar foto. Mas também fizemos sucesso nas praias do Leme, de Copacabana e de Ipanema, na zona sul?, comemora.
A sátira rendeu nove episódios em 2007, caiu no gosto popular e já tem quatro episódios gravados neste ano. ?O Bofe virou um programa dentro do programa do Tom?.
Bonitinha, mas ordinária
Divulgação |
A atriz Letícia Colin completou 18 anos há apenas dois meses e já vai encarar um desafio e tanto. Ela vive a personagem-título da adaptação cinematográfica da peça de Nelson Rodrigues, Bonitinha, mas ordinária, dirigida por Moacyr Góes. Como é recorrente na obra do dramaturgo, o sexo está presente na trama e de forma nada convencional: Maria Cecília, a Bonitinha, é uma moça que foi estuprada e seu pai tenta comprar um marido para ela.
Mas Maria Cecília guarda um segredo rodriguiano: foi estuprada porque pediu. ?É o primeiro personagem que interpreto que exige essa faceta?, diz Letícia, que tem uma curta experiência na TV ? seu papel mais recente foi a Helô em Luz do sol, na Record. ?Passei a me conhecer melhor, entrei em contato com sentimentos que antes eu não me dava conta, porque é tudo muito intenso, você se sente pulsando, real, humana. Me sinto mais corajosa para tudo?, filosofa a atriz.
A novata foi escolhida entre 40 candidatas. ?Ela é menos experiente e tem tido contato com atores mais ?rodados?. Os ensaios é que têm revelado a competência dela em realizar as cenas mais violentas?, conta o diretor.
Apesar da forte presença do sexo, Moacyr Góes reforça a questão ética do filme. ?Esse final feliz (Edgard rasga o cheque de Werneck), único na obra do Nelson, é muito importante nos dias de hoje?, define Moacyr.
Elenco
Na trama, é Peixoto (Leon Góes), colega de Edgard (João Miguel), que oferece dinheiro para que ele se case com Maria Cecília, filha do patrão dos dois, Dr. Werneck (Gracindo Júnior). Edgard hesita, por gostar de sua vizinha, Ritinha (Leandra Leal), professora que sustenta a mãe louca (Ângela Leal) e três irmãs. Mais tarde descobre-se que Ritinha se finge de professora, mas trabalha como prostituta.
Produção
A produção, que está começando as filmagens, é de Diler Trindade, com orçamento de até R$ 3,7 milhões.
É a terceira vez que a história vira filme: a anterior, de 1981, foi feita por Braz Chediak e se tornou um clássico do cinema nacional, com Lucélia Santos no papel de Bonitinha. Numa cena famosa, a personagem é estuprada por cinco homens negros. Há ainda a cena do estupro das irmãs de Ritinha e o abuso que ela sofre pelo chefe da mãe.
?A gente não vai se furtar a fazer nenhuma cena que aborde a sexualidade, porque isso está na história?, garante Moacyr, que evita comparações com a forte versão anterior. ?Quem for ver o filme por causa disso, não vai deixar de gostar dele: contém o sexo, mas não é sobre o sexo?, explica.