Louise Araujo – PopTevê
Ambição e vingança não figuram entre os vícios capitais, mas são sentimentos mais que adequados à Ágatha, personagem que Cláudia Raia dará vida em Sete Pecados. Na nova trama de Walcyr Carrasco, é ela a arquiteta das grandes vilanias, além de carregar muitos mistérios. ?Ela vai controlando todos à sua volta, destruindo o que a atrapalha. Ágatha é uma pessoa fria?, explica.
Mesmo com a carga bastante pesada que a espera, Cláudia é só sorrisos ao falar da antagonista.
O último papel da paulista no posto de ?dona? das maldades havia sido há quase dez anos, como a Ângela da novela Torre de Babel. De lá para cá, ela esteve sempre do lado do bem -mas não esconde que sentiu falta das armações próprias daqueles tipos de caráter duvidoso. ?Eu amo fazer vilã. Amo! Porque é quem tem a força na história. Quem engendra tudo é a vilã?, define.
Mas, além das trapaças, Ágatha promete chamar a atenção do público também por seus mistérios. Líder de uma sociedade secreta, ela tem como fiel escudeiro o enigmático Barão, personagem de Aílton Graça. Ao seu lado, a vilã não passará um minuto sem imaginar maneiras de controlar e destruir a vida da protagonista Beatriz, vivida por Priscila Fantin.
A motivação de tanto rancor, adianta Cláudia, é um laço familiar. ?A Ágatha é irmã do pai da Beatriz e decide resgatar tudo o que, segundo ela, lhe pertence por direito, mas está nas mãos da sobrinha?, revela.
O objetivo da perigosa personagem é conquistar a confiança e os bens de Beatriz. Em especial, uma pequena estátua que teria origem no lendário continente de Atlântida e que guardaria o segredo da imortalidade. Para botar as mãos na relíquia, a vilã vai exalar sensualidade e humor. Mesmo com as aparentes semelhanças com sua personagem anterior, da novela Belíssima, Cláudia se apressa em deixar claras as diferenças entre suas duas ?pedras preciosas?, como ela própria define. ?A Safira era fogosa, a Ágatha é sedutora. Para conseguir o que precisa, ela atropela quem estiver no caminho?, compara.
Depois de um ano afastada das novelas, o retorno não satisfaz Cláudia apenas pela personagem. O convite para Sete pecados deixou-a na situação bastante confortável de estar em meio a vários amigos. Entre os parceiros que ela reencontra estão Reynaldo Gianecchini, Marcelo Médici e o diretor-geral, Jorge Fernando.
Conto de fadas
Fabíola Tavernard – PopTevê
Logo em seu primeiro papel na tevê, Marco Pigossi tem a missão de viver um mocinho de época, o Miguel, de Eterna magia. Normalmente, nesses casos, o mais difícil para o intérprete é se enquadrar na linguagem, figurino e trejeitos típicos de décadas passadas. Mas o ator, de 18 anos, entrou na novela embalado por uma participação que fez na minissérie Um só coração e na peça Os Cavaleiros de Verona, ambas de época. Por isso, com três anos de experiência no teatro, o que mais o assustou, de cara, foi a rapidez com que as coisas acontecem na tevê. ?É um pouco complicado no início. Tudo é feito com pressa, porque eles têm um roteiro a seguir. Mas estou adorando, é bem divertido?, explica.
Pressa, aliás, foi o que ele teve assim que soube que foi aprovado no teste para a novela. Marco conta que dormia, às 11h da manhã de uma terça-feira, quando seu celular tocou. Na linha, o produtor de elenco lhe avisava que ele deveria mudar-se para o Rio de Janeiro imediatamente e fazer as primeiras leituras do personagem.
?É engraçado como a vida muda de rumo tão rápido?, impressiona-se. Ele confessa que não esperava que a tal ?independência? chegaria tão cedo. ?Mas ainda tenho uma certa dependência emocional. Ligo para a minha mãe todos os dias, principalmente quando gravo uma cena e acho que não fui bem?, diz o ator, que personifica perfeitamente a figura de um príncipe encantado. Afinal, Miguel, além de lindo, é trabalhador, estudioso, romântico e loucamente apaixonado por Carol, personagem de Ana Carolina Godoy.
Numa história de bruxas, ele mais parece saído de um conto-de-fadas. Marco diz que ainda nem parou para pensar nas conseqüências que a exposição provocada pela tevê traz. Mas acredita que vai lidar bem com o provável assédio. ?Acho que será bom. Acredito que não terei grandes problemas com isso. Tomara que não mesmo?, encerra, com bom humor.