Desta vez, a Helena idealizada por Maneco é uma obstetra que vive uma crise no casamento com o marido, Greg, de José Mayer, e nunca se realizou como mãe. Atrevida e intensa, a médica não se conforma com a atual situação e vê sua vida mudar por completo ao assumir uma criança com síndrome de Down. ?Eu estudo muito cada cena para entender suas falas e movimentos. Além de ir a consultórios, hospitais, ler sobre o assunto e assistir a cirurgias?, conta. A dedicação da atriz à personagem é tão intensa que ela é categórica ao dizer que, pelos próximos oito ou nove meses – tempo médio de duração da trama -, a Regina está ?na sombra?, para que ela possa dar vida a mais uma Helena. ?Não me preocupo com a minha visão sobre nada. Agora, quem fala por mim é a Helena?, dispara, soltando uma sonora gargalhada ao saber que Maneco afirmou, na coletiva de lançamento da novela, que ela é ?a atriz que melhor personifica suas Helenas?.
Como intérprete pela terceira vez de uma Helena, o que você acha que ela representa nas obras do Manoel Carlos?
Ela sintetiza a visão feminina na obra dele, que eu considero genial. E eu faço o possível para humanizá-la ao máximo, torná-la crível, porque ela é muito ampla, não é fácil de categorizar. Ela personifica o ser humano com toda a sua complexidade. Tudo o que temos de bom, mau, grandioso ou mesquinho, ela tem. Acho importante o público acreditar que pode esbarrar com ela em qualquer esquina.
Você não economiza elogios ao Manoel Carlos. O que a obra dele tem de tão diferenciada?
Eu me identifico com as novelas dele. A capacidade que ele tem de abrir o leque de emoções é o que me surpreende. Nos primeiros dez capítulos que gravei, percebi que a Helena passa por todas as possibilidades. Humor, perplexidade, raiva, compaixão, ternura, loucura. O que ele propõe para a Helena é que ela seja um exemplo de vida, de mulher que não se anestesia para a vida.
O que esses 41 anos de carreira trouxeram de mais positivo? E de pior?
O melhor é a possibilidade de um aprendizado sobre muitas coisas que, se eu não fosse atriz, eu não teria. Para esta novela, numa só tarde eu fiz uma cesariana, um parto normal, e extraí uma bala do osso úmero. Claro que foram simulações, através de um centro cirúrgico montado aqui no Projac, e o ?paciente? era um boneco de silicone. Aprender a conviver com as situações da vida é o melhor. E o pior, sei lá. Talvez um monte de repórteres em cima de mim numa coletiva…
Existe algo que você ainda tenha vontade de realizar profissionalmente que não conseguiu até hoje?
Nada. Só quero que, a cada dois ou três anos, o Maneco me convide para fazer uma novela dele.
Natalia Castro – PopTevê – A alegria com que a gaúcha Giordanna Forte recebeu a notícia de que iria integrar o elenco de Malhação, em meados de maio deste ano, logo deu lugar a uma certa preocupação. Para compor Giovana, uma adolescente moderninha, a atriz soube que teria de tingir as madeixas de laranja fosforescente e cortá-las pouco abaixo do queixo. Até então dona de um visual básico – composto por cabelos compridos e escuros -, a garota tremeu na base. ?Nunca havia nem pintado o cabelo, não conseguia me imaginar com um visual tão extravagante?, conta ela, que acabou até contando com a sorte. O primeiro teste de coloração não surtiu o efeito desejado. E a solução foi pintar seus cabelos de vermelho vivo, em uma tonalidade não menos vibrante. Todas essas experiências resultaram em fios um tanto ressecados. ?Levei um susto ao me olhar no espelho. E tive de redobrar os cuidados que eu tinha com eles?, recorda Giordanna.
A cor nada discreta dos cabelos de Giovana é apenas mais uma de suas armas para chamar a atenção. Como uma típica adolescente espevitada de 16 anos – quatro anos a menos do que a idade de Giordanna -, ela adora estar no centro de todos os acontecimentos que envolvem a galerinha da República, um dos principais cenários de Malhação. E, pelo visto, tem uma predileção por atazanar a vida do tio Afrânio, de Charles Paraventi. ?Ela é mimada, adora fazer chantagem emocional com o tio para conseguir as coisas?, descreve Giordanna. Mas nem só de defeitos vive a garota de cabelos vermelhos. ?Ela toma as dores de todos os amigos, arma barracos, xinga, faz tudo por quem ela gosta?, defende a atriz.
Para ressaltar a personalidade forte da personagem, Giordanna sugeriu à produção do programa que a mocinha fosse uma expert em malabares. Idéia aceita, tratou de aprender a arte com as amigas Juliana Boller e Luiza Valdetaro, ambas colegas no elenco da novelinha. Porém, nem a própria Giordanna sabia que seria tão difícil coordenar bolinhas de tênis, objetos com os quais ela treinou. ?É um exercício que requer preparo físico, concentração e coordenação motora. Fiquei cheia de hematomas?, recorda a atriz, que fez do malabares um hobby.
Tricô
Valéria Palombo
– Revistas femininas como Cláudia e Nova colocam o tricô ainda mais em
alta neste inverno. Para mostrar às leitoras as tendências da moda em
malha de lã, a Tribuna Pop visitou a loja Eneida Fashion, em Curitiba,
e selecionou algumas peças do estilo clássico-moderno que caracteriza a
marca .
?São peças que muitas vezes juntam o clássico, que está sempre na
moda, e têm ao mesmo tempo um toque moderno, de acordo com o que está
em alta em cada estação?, explica a estilista e empresária Eneida
Johnson. O twin-set vermelho da foto à esquerda serve de exemplo.
O conjunto de blusa curta e casaquinho do mesmo tecido reúne tricô e
detalhes em veludo, o tecido mais chique deste inverno. Sempre um
clássico do guarda-roupa feminino, o twin-set da marca desta vez também
saiu em cor super-roxa com bordados de flores, femininos como a moda da
estação.
Roxo, beringela, beterraba, cor de vinho, rosa, marrom e preto
predominam nas cores da coleção, que procura variar os pontos da malha
e oferecer novidades toda a semana. Os preços variam dos R$70,00 para
os boleros mais simples a R$160,00 para os casacões pesados que vão até
o joelho.
Atenta ao que dizem as clientes de até duas décadas de fidelidade,
Eneida Johnson conta que, além de criar peças de acordo com as
tendências, também trabalha com serviços sob medida e para homens. ?O
negócio cresce um pouco a cada ano?, diz ela, satisfeita em contar que
começou o negócio com uma máquina caseira, e hoje tem loja no Shopping
do Bosque, no Centro Cívico.
Com ou sem elastano, para ficar mais ou menos ajustadas ao corpo, as
blusas básicas de lã da coleção Eneida Fashion deste inverno vêm com
detalhes canelados na frente e nas mangas.
O leque de cores inclui o que está em alta, o que a clientela gosta
ou manda fazer. Já os complementos de tricô, que nas últimas estações
foram xales e mais xales, cansaram a beleza da curitibana, que agora
adere ao cachecol de lã.
Quente ou frio
tricô para usar por baixo estão escalados na moda da estação como
companhias para saias com mais volume que vão até o joelho.
A última edição da revista Cláudia lembra que essa parceria vem dos
anos 50. Já a estilista Eneida Johnson ressalta que os twin-sets tem
feito parte da maioria de suas coleções porque são perfeitos para o
clima de Curitiba.
?Eles têm saída o ano inteiro, em malha de lã no inverno, e em malha
de fio no verão, porque ajudam a enfrentar o calor do almoço e a queda
na temperatura no final da tarde em cada estação?, explica.
Com pontos abertos e leves, lembrando mais o crochê, ou com pontos
fechados que dão mais peso e esquentam melhor, os casacões de malha de
lã com golas grandes, cinto e comprimento abaixo do joelho dão o toque
de cinema aos trajes deste inverno.
São clássicos que vestem bem sempre, não importando o que a
indústria da moda queira nos vender. A peça ganhou destaque na seção
Última moda da Cláudia de julho.
Além disso, esteve em evidência na novela Belíssima. O casacão
acompanhando botas de cano alto com jeans ou vestidos, caiu bem tanto
para a sofisticada empresária Rebeca, de Carolina Ferraz, como para o
jeito hippie da viúva Vitória, de Cláudia Abreu.
Eles são o tem que ter deste inverno, mas a tendência é de que se
aproveitem os boleros e bolerinhos também com as roupas de verão. Se
eles ficam para o inverno seguinte, ainda não se sabe, até porque tem
quem faça sua própria moda. Mais curtos que um casaco normal, os
boleros vão até abaixo do busto ou no máximo até perto do quadril na
parte de trás quando têm comprimento menor na frente. Com ou sem
mangas, eles acompanham calças compridas, saias, bermudas e vestidos.
A diferença você encontra nos detalhes, que também determinam o
preço das peças: listras, pontos trabalhados, os bordados, peles,
lurex… O conjuntinho lilás da foto, com a blusinha básica combinando
com o bolero, tem jabô na gola.
Em contraste com a moda do inverno passado, este ano os casacos de
lã têm menos zíperes e capuzes, que foram a febre das jaquetas de malha
e outros tecidos em 2005. No lugar deles, este ano estão os botões.
Na modelagem dos casacos predominam as linhas retas, mas há os mais
soltos, como esse roxo que só tem uma flor da própria lã para fazer o
papel do botão e decote em forma de vê.
Nas golas, a maioria das peças vai com o tipo careca, a redondinha
que protege mais do frio. Mas também tem os formatos diferenciados,
como o do casaco verde da foto.
Eneida Fashion
(41) 3252-1579