Albari Rosa

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Enquanto o espetáculo midiático da Copa do Mundo chamava a atenção do público para a Rússia, o fotógrafo Albari Rosa voltava seu olhar para os bairros de Curitiba. Mais especificamente para os torneios de futebol amador que formam o grande campeonato conhecido como “Suburbana”. A convite da Helena, ele registrou a bola rolando, as reações das torcidas e os bastidores de uma tradição que está longe de terminar.

Não que tenha sido uma tarefa fácil. Mas a verdade é que Rosa estava em casa. Apaixonado por futebol, chegou a jogar na categoria de base do extinto clube Pinheiros e até hoje atua como “atleta” em um time que disputa o Cinquentinha, certame da Suburbana voltado para veteranos. “O futebol é uma paixão muito mais antiga que a fotografia, que só entrou na minha vida aos 20 anos — e graças ao incentivo dos colegas da sucursal da Veja em Curitiba, onde eu trabalhava como motorista”, conta.

Hoje na da Gazeta do Povo, Albari Rosa transita por todas as editorias. Mas admite ter um “trunfo valioso” quando é pautado para cobrir futebol: “Por causa da minha experiência dentro do campo, consigo me colocar no lugar do jogador, pensar como ele e antever a jogada”, explica. “É como se eu pegasse um atalho na hora de acompanhar o lance. A expressão no olhar e a movimentação do jogador me avisam, antes da chegada da bola, se ele vai participar da jogada ou não. É instintivo”, completa.

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E se o sonho de infância de jogar pela Seleção Brasileira não se realizou, a compensação veio com o sucesso em outra profissão. Considerado um dos melhores fotógrafos do Paraná (dentro e fora da área esportiva), Rosa já cobriu três Copas do Mundo (2006, 2010 e 2014) e as Olimpíadas de 2016. Mas, ao julgar pelo ensaio a seguir, é na Suburbana que ele realmente se sente à vontade.

 

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