Andar pelas ruas de Curitiba às vezes nos coloca de cara com uma realidade que muita gente tenta não enxergar. Nas vielas das favelas, nas ruazinhas das vilinhas ou nas
avenidas dos grandes bairros, topamos com um pouco de tudo que compõe o cenário de uma grande cidade. Quer queiramos enxergar, ou não. O repórter fotográfico
Átila Alberti fez este flagra ontem. Um carrinheiro, peleando pelo pão de cada dia, leva uma criança no cesto improvisado. Quando você olha só para a criança deitadinha
no cesto, acha “fofinho”. Mas quando a gente tira o zoom, abre o quadro, vê a imagem como um todo e aí o fofinho vira uma reflexão sobre o mundão que nos cerca. E ele é
triste muitas vezes. É possível acreditar num mundo (ou mesmo uma cidade) em que o fofinho prevaleça sobre o triste? É possível. Eu acredito! (Eduardo Luiz Klisiewicz)
‘Fofo’ ou triste?
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