Meu velho pai sempre me disse: “Meu filho, é melhor perder um minuto da vida, do que a vida num minuto”. Lembrei dessa frase quando vi a foto que o repórter fotográfico Átila Alberti me mostrou. Imaginei que uma caminhadinha até o sinaleiro minimizaria os riscos de se atravessar Avenida João Leopoldo Jacomel nestas circunstâncias. Mas aí lembrei de uma tirinha que vi esses dias, que deixava uma pergunta no ar após alguns desenhos em que o ser humano não é o protagonista das cidades: “Mas que cidade hostil do caramba”. Não foi “caramba” que ele usou, mas me permito a ajuste em nome dos bons modos. Uma avenida urbana teria que contemplar o direito de ir e vir do cidadão. Se não com mais semáforos, com faixas de pedestres ou mesmo passarelas. Não podemos deixar o ser humano em 2º plano. Pessoas de todas as idades se arriscam diariamente num ambiente cruelmente planejado para não permitir que elas possam “existir” em segurança. Tá errado isso aí. (Eduardo Luiz Klisiewicz)
Cidade hostil
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