Letras miúdas

Qual consumidor nunca se deparou com uma embalagem cujas letras são tão pequenas que é impossível compreender o que ali está escrito? Dificilmente encontraremos alguém, é certo.

A situação acima descrita é muito mais comum do que se imagina e, se alguém duvida, basta pegar um vidro de esmalte e tentar ler quais são os elementos que compõem o produto, por exemplo. Quer mais: tente ler o rótulo de uma embalagem de adoçante daquelas em que as informações estão no verso da etiqueta. É praticamente impossível.

E o que está em jogo nessas situações é algo muito relevante, que é a possibilidade de um consumidor ou consumidora serem alérgicos a um dos componentes do produto, sofrerem os chamados acidentes de consumo.

Devemos lembrar que a informação – como direito básico do consumidor – deve ser garantida pelo fornecedor. Deste modo, não basta haver a informação no rótulo ou apresentação dos produtos colocados no mercado. Mais do que isso, os fornecedores devem se assegurar que sejam dispostas de forma que possam ser encontradas e lidas pelos clientes com facilidade.

O assunto é sério e deve ser tratado com cuidado. Afinal, estão em jogo a vida do consumidor, a sua saúde e segurança. Portanto, não basta informar. A informação tem que ser clara, precisa, ostensiva e de fato, esclarecer o consumidor.

E a nós, consumidores cabe o de sempre: denunciar e exigir respeito aos nossos direitos. E a esse de forma especial.