Estava de passagem por uma capela moderníssima toda em cor de rosas, quando percebi que uma pessoa havia morrido.

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Fiquei curioso para saber como eram os velórios naquela capelinha.

Ao chegar, vi milhões de buquês de flores – das mais variadas, das mais sofisticadas – e notei que no caixão estava a morta inteiramente nua, loiríssima, e ao lado um grande pote cheio de creme muitíssimo perfumado, do qual cada uma das presentes – também loiras reluzentes – pegava um pouquinho e passava na defunta.

Surpreendido pela cena, coisa inusitada, aproximei-me de uma das mulheres e perguntei:

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– Desculpe-me a ignorância, mas porque estão passando creme na defunta? É tradição aqui?

A moça respondeu:

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– Não! É inédito! Nunca fizemos isso. Ela é que pediu para ser cremada!