O tempo foi passando, passando, eles foram crescendo, crescendo.
Aí se casaram.
No dia do casório, sacumé, povo da roça não viaja na lua de mel, já vai direto pra casinha de pau-a-pique.
Chegando lá na casinha, o Zé, muito tímido, vira pra Maria e fala:
– Ó Maria, nois vai tirano a rôpa, mais ocê num mi óia, nem ieu ti óio, vamu ficar dis costa.
Maria responde:
– Tá bão Zé. Intaum eu num ti óio e ocê num mi óia, cumbinado.
Nisso Maria abre a malinha de papelão novinha que ganhou do pai, tira a camisola que ganhou da mãe.
Maria tira a roupa. Ao vestir a camisola notou que a mãe tinha lavado, e pôs no sol pra ficar bem branquinha..
Tava um capricho só a camisola.
Só que a véia lavou demais e encurtou a dita cuja pra mais de um palmo, e usou goma demais pra passar a camisola, deixando muito engomada.
Maria então diz:
– Meu Deusducéu, cumé qui eu vô drumi com um trem duro e piquininim desse?
Aí o Zé fala:
– Ah Maria! Assim num vale! Ocê mi oiô, né?……….