Mineirim no leito de morte, decidiu ter uma conversa sobre a fidelidade da esposa:
– Muié, arguma veiz traiu eu?
– Mió dexá pra lá, Zé.
– Vai, conta…
– Tá bão Zé, vou contá.
– Ói Zé, traí sim, mas foi só trêis veiz.
– A primera foi quando cê foi demitido daqueli imprego qui ce brigou cum chefe.
– Ué, mas eu fui adimitido dinovo logo dispôis sô..
– Pois é Zé…eu fui lá cunversá cum ele, acabei dano prêle e ele ti contratô di vorta.
– Ah, muié, cê foi muito boa cumigo…essa traição num dá nem pra leva a mar, foi pela necessidade da nossa famía….tá perdoada. E a segunda?
– Lembra quando cê foi preso pru modi daquele furdunço que cê prontô na venda?
– Lembro muié, mas num fiquei nem meio dia na cadeia.
– Pois é Zé…eu fui lá cunversá cum delegado e acabei dano prêle ele ti sortá.
– Ê muié, isso nem conta também não, a carza foi justa… imagina ficá preso lá um tempão. Ocê nem me traiu, foi pela nossa famía e pela minha liberdade, uai. E a úrtima?
– Lembra quando cê si candidatô pra vereadô?
– Lembro muié….quase me elegi.
– Pois é…. eu qui consegui aqueles 1.752 voto…
Da caixinha do motoboy
Se eu não voltar dentro de cinco minutos… espere mais um pouco!