Cansado da agitação da vida urbana, Celso larga o emprego, compra um pedaço de terra no Amazonas e se muda para lá. Ele vê o carteiro uma vez por semana e vai à mercearia uma vez por mês. No mais, é paz e tranqüilidade. Seis meses depois, em dezembro, alguém bate na porta.

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Celso abre e vê um enorme homem negro barbudo de 1,90, mal encarado, com um facão na mão e um 3-oitão na cinta que lhe diz:

– Meu nome é Chicão, seu vizinho, 7 léguas daqui. Festa de Natal lá em casa, sexta-feira. Começa às cinco.

Celso se entusiasma:

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– Ótimo, amigo… depois de seis meses por aqui, na solidão, nada melhor que isso. Muito obrigado, vou sim.

Chicão começa a ir embora, para e diz:

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– Seguinte: vai rolar bebida.

– Sem problema. Eu topo.

Novamente Chicão começa a ir embora, mas para e diz:

– Olha, também pode ter briga.

– Nenhum problema também… eu me dou bem nesses lugares e sei me virar…. Mais uma vez obrigado.

Chicão continua:

– Ah….. e também pode ter muito sexo selvagem…

Celso, cada vez mais empolgado, retruca:

– Também não é empecilho algum…. Eu estou aqui faz 6 meses, sozinho…. Mais um motivo para eu ir.

– E, aproveitando, me diz uma coisa: qual é o traje?

Chicão:

– Cê que sabe. É só nós dois…