A porta da ambulância se abre, surpreendendo a todos com a chegada de um malandro que, além de baleado também havia sido gravemente esfaqueado.

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Antes de entrar no centro cirúrgico, a infeliz constatação de que a vítima ainda havia consumido uma generosa quantidade de álcool e maconha.

É a velha Curitiba de sempre, apresentando sua face de capital da brutalidade sem sentido. Apenas no primeiro semestre de 2014, nosso Corpo de Bombeiros atendeu a mais de mil ocorrências envolvendo agressões e feridos por armas brancas e de fogo.

Mas o que esses atendimentos poderiam ter em comum?

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A resposta é simples. Muitos deles foram originados em bares, daqueles ao melhor estilo ‘Deus nos acuda’.

Como verdadeira lâmpada com suas moscas ao redor, esse tipo de estabelecimento consegue atrair todo tipo de coisa ruim. Sendo direto, é nele o ponto de encontro do pior das pessoas.

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Abrigo ideal para o consumo exagerado de álcool, o que invariavelmente abre as portas para o uso de outras drogas, um bar ainda alimenta estatísticas negativas, como é o caso dos acidentes de trânsito e do aumento doentio da criminalidade.

Do mesmo modo, é no boteco que muito da prostituição acontece, ampliando a exploração de menores e fermentando doenças sexuais que costumam deixar nossos infectologistas de cabelo em pé.

Todos os cantos da cidade contam com seus bares. Som alto na madrugada, rachas de automóveis, jogatinas, brigas de gangues e a perigosa proximidade com as escolas. Sem dúvida não é tarefa fácil ser vizinho de um lugar assim. Além de assistir à desvalorização diária de seu imóvel, esses moradores ainda ficam à mercê de todo tipo de violência.

Por fim, preciso dizer que os hospitais do SUS gastam uma montanha de dinheiro público para tratar as consequências das atividades desses bares.

Então seja sincero, qual é o verdadeiro custo deles para a cidade?

E qual será o preço disso para você e sua família?