Ambulâncias vazias no pátio, bombeiros a postos. Centro cirúrgico e leitos preparados, médicos e enfermeiros à espera. Mas nenhum acidente foi registrado naquele dia, nenhuma vítima do trânsito deu as caras no pronto-socorro.

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Como num plantão dos sonhos, nada de nada aconteceu.

Que bom que Miguel afrouxou o pé do acelerador e escolheu a calmaria da pista da direita. Que bom que Juliana atravessou na segurança da faixa e que bom que deixou seus fones de ouvido em casa.

Foi bom Fernando ter afivelado bem o seu capacete. Melhor ainda foi não ter circulado com sua moto no corredor por entre os carros. Também foi bom Amanda ter colocado seu bebê na cadeirinha, assim como foi bom ter desligado seu celular antes de dar partida no carro.

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Que bom que Jonathan evitou a canaleta do expresso, preferindo andar com sua magrela na ciclofaixa. Melhor que isso, que bom que ele foi respeitado em seu caminho.

Foi bom Agatha ter coragem de dizer a Matheus, seu namorado, que a combinação de cerveja com direção é um sinal de estupidez e não de virilidade. E que bom que ele finalmente entendeu isso.

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Que bom que Juarez respeitou o semáforo. Que bom ele saber que o sinal amarelo é o início do vermelho e não uma extensão do verde.

Sim, com gestos simples de respeito à vida podemos mudar a realidade do nosso trânsito. O texto de hoje não passa de um sonho bom, mas também é uma homenagem aos pedestres e condutores que fizeram de 2015 um ano mais pacífico nas ruas de Curitiba.

Você está aqui, vivo e com saúde.

Que bom!