Olha a cobra!

Agora imagine a cena. Você chega de viagem, sacudo com o atraso do voo e pede para o taxista tocar direto para um conhecido hotel de Curitiba. Faz o check-in e sobe apressado para o conforto de seu quarto no sétimo andar. Após uma ducha quente, coloca o roupão e simplesmente desaba na cama.
Algum tempo depois, acorda num susto, com uma dor lancinante na batata da perna. Ainda sonolento, olha para o chão e entra em pânico ao se deparar com uma cobra serpenteando para debaixo da cama.
Não, não foi um pesadelo.

Aconteceu com um executivo vindo lá de Belo Horizonte.

Quando chegou ao hospital, a mordida já apresentava pontos de necrose. E, mesmo recebendo o tratamento apropriado – com soro antiofídico, antibióticos e analgésicos – preciso dizer que por pouco ele não volta para as Minas Gerais.

Dentro da medicina, talvez não exista tema mais repleto de superstições e crendices do que ataques de cobras. Então, caso você passe por situação parecida, aqui vão algumas dicas.

Não tente ’chupar’ o veneno com a boca. Também não invente de furar ou cortar o ferimento na tentativa de fazer sangria. Do mesmo modo, não faça uso de garrotes ou torniquetes no membro afetado.

O segredo para salvar a sua vida se resume em apenas três medidas básicas: manter a calma, correr para um hospital e, claro, rezar.

Ah, se puder, leve o bicho junto para identificar a espécie.

Por falar nisso, o pessoal do hotel nunca encontrou a cobra.

Hoje, quanto as luzes do seu quarto se apagarem, talvez seja melhor ficar esperto.