Finalmente ia rolar o tão esperado show da famosa dupla sertaneja. Pois é, bem que me avisaram que fazer plantão nesses eventos era bucha. Milhares de pessoas compram ingressos para assistir seus ídolos com alguma segurança e conforto, mas só quem trabalha nos bastidores conhece o lado podre desse tipo de espetáculo.

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O primeiro atendimento médico se deu no início da noite, quando uma garota de 14 anos veio carregada até o posto. Embora o evento fosse para “maiores” de idade, agora ela estava totalmente alucinada após o namorado lhe dar um comprimido de ecstasy.

Em seguida, um jovem teve o punho deslocado após um gatuno arrancar o celular de sua mão. Sim, naquela madrugada pelo menos 20 pessoas seriam vítimas de ladrões.

Aos poucos, um sem-número de pessoas completamente alcoolizadas veio parar no ambulatório. Nunca havia visto tanto vômito na minha vida. O irônico é que quando o show principal começou – com duas horas de atraso – esses ’fãs’ já estavam a tempos dormindo.

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Por fim a cereja do bolo, quando uma discussão entre gangues acabaria com uma senhora baleada na perna. Pelo visto, na revista pessoal realizada na entrada, até uma bazuca conseguiria passar.

É difícil entender o senso de diversão dessa gente.

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Passar horas se espremendo na “geral”, a 500 metros do palco, chega a ser degradante. Os sanitários-motéis, as filas infinitas. Os preços criminosos, bandidos infiltrados na galera, a completa falta de respeito dos organizadores.

Como é fácil ganhar dinheiro nesse Brasil, não é?