Madrugada de 1º de janeiro de 2015.

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Dia Mundial da Paz em Curitiba.

Mas a paz no trânsito em nossa cidade durou exatamente uma hora e doze minutos. A ambulância “oito meia” dos bombeiros sai sacolejando do Posto Boqueirão, deixando para trás uma improvisada e saborosa ceia de Réveillon.

Após a meia-noite, existe certa apreensão para saber com qual pé esquerdo iremos começar o ano em nossas tragédias no trânsito. Atropelamento, colisão, queda de moto, capotamento…

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Desta vez, foi uma batida entre dois veículos no Hauer. E agora, a ambulância dispara barulhenta pela longa avenida, pois existe a informação de que há dois feridos graves no local.

Para complicar o atendimento, a pancada provocou o vazamento de combustível de um dos carros.

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De imediato, a equipe realiza o isolamento e sinalização da área, triagem dos feridos por gravidade, imobilização preventiva de cervical, extração do veículo para a tábua, estabilização das vítimas no interior da viatura, contato com o médico regulador e partida apressada para o pronto-socorro selecionado, que, neste caso, foi o Hospital Cajuru.

Graças a essa conhecida agilidade dos socorristas, os feridos chegaram logo ao hospital logo, recebendo os primeiros cuidados médicos no tempo certo, evitando, assim, possíveis sequelas e agravos.

Não sei o que você incluiu em suas preces enquanto pulava as ondinhas, batia as taças, se afogava na lentilha ou então engolia as doze uvas. Só espero que tenha incluído esses caras dos bombeiros em suas orações.

Estima-se que, em 2014, eles tenham saído de suas bases operacionais umas nove mil vezes – talvez mais -, levando socorro e esperança para todos os curitibanos, num trabalho incansável e pouco reconhecido.

Por fim, aqui vai o meu desejo. Que neste ano a gente perca essa mania besta de acharmos que quem faz do trânsito um inferno são apenas os outros. Por causa de “bons” motoristas, o hospital está cheio.