Há dois anos, por conta da pandemia do coronavírus, as máscaras passaram a fazer parte do cotidiano urbano, por motivos simples e óbvios. Afinal, a proteção facial inibe a dispersão da doença. Mesmo com a mudança da lei no Paraná (e em outros estados), que agora não exige mais o uso em ambientes abertos, para surpresa (e alegria) deste colunista, a maioria das pessoas segue vestida com a indumentária pelas ruas, parques e outros locais. Em Curitiba, Greca pode decretar o fim do uso da máscara no aniversário de Curitiba, no próximo dia 29.

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Apesar de ser algo “novo” no meio urbano, o uso de máscaras nas áreas rurais é algo antigo, normal, um verdadeiro ritual de preparo. Assim como eu, você e as demais pessoas colocam, por exemplo, um tênis ou sapato e uma camisa para ir trabalhar todos os dias, os produtores e trabalhadores rurais usam máscaras para realizar boa parte das atividades dentro da porteira.

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Bem antes da aparição do coronavírus, o ato de vestir a máscara faz parte do protocolo de segurança no meio rural. Isso porque o contato com animais e plantas pode representar um risco, de diversas formas e gravidades, como a transmissão das doenças já conhecidas ou mesmo o surgimento de algo novo.

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O inverso também é verdadeiro. O produtor também pode transmitir algum vírus ou bactéria para as aves, suínos, bovinos, peixes, ovinos, entre outros animais. Por isso, nunca se acessa um aviário sem os equipamentos de segurança necessários, incluindo a máscara. Pois, a menor disseminação de algo pode representar a morte de um lote de 50 mil aves e um prejuízo milionário no bolso do produtor. E, com o uso dos diversos equipamentos de proteção individual, incluindo as máscaras, esse risco reduz significativamente.

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Na cidade, mesmo com a lei que libera o uso em locais abertos, o raciocínio deveria ser o mesmo do campo. As pessoas não deveriam vestir a proteção apenas porque é lei. Mas por entender que o ato reduz o risco de contágio para a própria pessoa, familiares, colegas de trabalho ou qualquer outro ser humano que venha a ter contato. Parece ser óbvio que usar máscara é um benefício individual e coletivo.

Em meio ao aumento de casos de coronavírus em diversos países do mundo e sabendo que as coisas ocorrem atrasadas no Brasil (nada mais normal para um país atrasado em diversos aspectos), deixar a máscara de lado representa um risco iminente de alta de casos, de mortes, de novas restrições, da volta do caos em aspecto nacional.

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Máscara simboliza a liberdade, independente se no meio rural ou urbano. No caso da cidade, de viver e conviver em meio a uma pandemia que ainda não acabou (por mais que alguns insistam em afirmar o contrário). No campo, de eventuais doenças originárias dos animais e plantas. Então, neste momento, independente de lei, regra ou ordem, o mais prudente é o cidadão urbano copiar o colega rural, se aparamentando com máscara para mais um dia de trabalho.

>> Leia mais sobre a relação entre campo e cidade na coluna Rural & Urbano!