Recente visita à exposição “Da Vinci Experience e suas invenções” me fez pensar que, de certa forma, o meio rural conta com muitos Leonardos Da Vinci (1452-1519). Explico. A exposição que está no Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba, até o próximo domingo, dia 8 de maio, mostra a criatividade de uma das mentes mais brilhantes da história, que criou instrumentos, máquinas e projetos que se faziam necessárias na época.

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Ou seja, conforme a demanda (algumas não tão positivas como equipamentos de guerra), Da Vinci se debruçava em estudos para, em rascunhos, rabiscar alguma engenhoca que, de alguma forma, facilitaria a vida das pessoas. Foi assim com a bicicleta, o paraquedas, o volante, a asa-delta, o tanque de guerra, para resumir uma enorme lista.

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No meio rural, o desafio de criar equipamentos e mecanismos que permitam auxiliar a produção agropecuária é constante, sempre diante de um desafio que restrinja o avanço do setor. A falta de mão de obra qualificada fez com que a indústria de máquinas agrícolas desenvolvesse o trator autônomo, sem a necessidade de uma pessoa para conduzi-lo. E não estamos falando de um protótipo em fase de teste. Em muitas propriedades rurais pelo Brasil, inclusive no Paraná, já é possível se deparar com essas máquinas que, sob orientações de um computador, auxilia no plantio, colheita e em outras tarefas.

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Outro exemplo está no “poder” do agricultor em criar máquinas para simular a chuva. Isso permite a realização de estudos para conhecer como o solo se comporta no aspecto de absorção d´água, compactação e risco de erosão, quando a terra e seus nutrientes são levados embora, deixando um rastro nada agradável, inclusive com prejuízos financeiros.

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O que dizer da ordenha robotizada, uma máquina que os braços mecânicos encaixam os equipamentos nos úberes do animal e fazem a coleta do leite. Isso tudo sem qualquer auxílio do ser humano na tarefa. O registro é que o primeiro robô do país foi instalado no Paraná, em uma fazenda ali pelos lados da região dos Campos Gerais.

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Tem também os drones, equipamentos bastante comuns na vida urbana. Já dizem que eles estão entregando até pizza e outras compras feitas online. Mas, o que falar destes equipamentos que, após mapear uma lavoura de soja de milhares hectares, identifica o ponto atacado por uma praga e/ou doença e faz a aplicação pontual do agroquímico?

Certamente, se o arquiteto, engenheiro, inventor, pintor e artista Leonardo Da Vinci estivesse por aqui ainda convidaria alguns produtores rurais e outros profissionais do campo como seus auxiliares. Diante desta impossibilidade, vale conferir a exposição “Da Vinci Experience e suas invenções” e também, sempre que possível, as invenções e equipamentos “expostos” diariamente no meio rural.

>> Leia mais sobre a relação entre campo e cidade na coluna Rural & Urbano!