Brasília voltou à correria na tentativa de aprovar alguma Reforma da Previdência ainda este ano. Se a proposta do Governo era ruim, a dos Deputados não ficou atrás.
A Proposta é confusa, terá que ser revista logo, é inconstitucional e tecnicamente pobre. Só em uma coisa o Governo está certo: a Previdência Social tem que ser reformada e não há tempo a perder!
De tudo que está sendo proposto, se fosse necessário escolher um único item, não há dúvida, seria a instituição da idade mínima.
E é justamente com isso que a maioria das pessoas está preocupada. Não pensam que ao se aposentar com 50 e poucos anos vão receber tão pouco que precisarão continuar trabalhando e contribuindo para o INSS! O que está em jogo é, na verdade, o valor que vão receber de aposentadoria, e o fato de que sem a Reforma, a previdência vai quebrar e, com ela, vai quebrar o país.
Já os sindicatos continuam com a ladainha de que a reforma prejudica os pobres, que nunca conseguirão se aposentar. Pobre já se aposenta para lá dos 60 anos.
Segundo o PNAD do IBGE, 86% das aposentadorias por tempo de contribuição foram concedidas para não idosos, com menos de 60 anos. E, desses, 78% estavam entre os 30% mais ricos.
A taxa chega a incríveis 90% quando inclui os que continuam trabalhando e contribuindo depois de aposentados.
Já, os mais pobres, que não têm uma carreira estável e documentada, e que por vários períodos estão desempregados, só se aposentam por idade aos 65 anos os homens e 60 as mulheres.
Pois é. O que vemos é o corporativismo de algumas categorias que manipulam as informações, não protegem os mais desvalidos e prejudicam o país, pois sem reforma não há mais investimentos e, logo aí à frente, não haverá nem salário ou aposentadoria.
Exemplos não faltam de países que não fizeram o dever de casa. E sempre quem paga a conta é o trabalhador.
A Argentina, quando estava quebrada, há alguns anos, reduziu as aposentadorias em 50%. De um mês para o outro, os velhinhos de lá tiveram que se virar com metade do que ganhavam.
A Grécia, país da zona do euro, primeiro mundo, cortou em 20% as aposentadorias acima de € 1,2 mil mensais e 40% das aposentadorias acima de € 1 mil pagas a aposentados com menos de 55 anos
O Brasil já está na mesma situação! Olhem para o que já acontece no Rio, em Minas e Rio Grande do Sul. É gente, passou a hora de reclamar! Agora, se nada for feito, quebra a previdência. Aí é trabalhar até morrer.