Quem não é rico precisa

Quem não é rico precisa, em determinados momentos na vida, recorrer a um empréstimo.

Antes da crise as pessoas tomavam empréstimos para consumir.

Agora, o fazem para pagar empréstimos anteriores e contas como aluguel, escola dos filhos e outras rotineiras.

Segundo a PEIC – Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor – divulgada agora em agosto pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná, 89,9% das famílias paranaenses estão endividadas! A média nacional é de 58%.

Me perguntam se tem empréstimo bom.

Resposta: sim, se for para pagar contas e organizar o orçamento ou para quitar empréstimos mais “caros”.

Nestes casos, há três empréstimos que recomendo: o crédito consignado, a penhora de joias e o crédito hipotecário, pelos juros baixos. Um empréstimo com taxas de juros até 2% ao mês é atrativo numa economia em que as demais opções vão de, em média, 5% no crédito pessoal a 14% do cartão de crédito.

O melhor empréstimo é o crédito hipotecário. Você aliena tua casa, pode pegar até 60% do valor avaliado e tem até 20 anos para pagar. O juro é, em média, de 1,5% ao mês.

O segundo melhor é a penhora de joias em ouro, relógios e prataria. O famoso “por no prego”. A Caixa oferece até 85% do valor avaliado, para pagar em até 60 meses e a uma taxa de 2,0% ao mês.

Também tem o crédito consignado. O trabalhador pode comprometer até 30% da renda mensal e tem até 72 meses para pagar com taxas a partir de 2,0% ao mês.

Agora, o que muitos não sabem é que existe uma opção de crédito com juros abaixo de 1%. E sem colocar nenhum bem como garantia. Um privilégio de quem participa de um fundo de pensão.

O fundo, todos sabem, visa a acumular poupança previdenciária de longo prazo para garantir uma aposentadoria lá na frente.

O dinheiro é investido no mercado financeiro buscando uma rentabilidade real de 4,5%, por exemplo.

Uma das formas do fundo investir é oferecer empréstimo aos seus próprios participantes, com inadimplência zero.

Vejam, uma taxa de apenas 0,7% ao mês resulta numa rentabilidade real de incríveis 8,7% anuais para o plano de previdência.

Assim, o segurado ganha duas vezes: uma quando contrata o empréstimo com taxa de juros baixíssima e outra na rentabilidade de seu próprio plano de previdência. Um benefício de curto prazo aliado à aposentadoria, que é de longo prazo.

Mas, e quem não tem fundo de pensão na empresa em que trabalha?

Esses podem aderir a um Plano Cooperativo de Previdência.

Nesse tipo de plano, qualquer um pode poupar em um fundo de pensão, seja para ter reservas para uma aposentadoria, pagar um plano de saúde particular, custear uma faculdade para o filho ou, ainda, para ter acesso a um empréstimo com as menores taxas do mercado.

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