Todo mundo faz o que pode para manter o nome “limpo” e escapar do SEPROC ou do SERASA. No entanto, o Brasil tem, hoje, aproximadamente 60 milhões de pessoas com o ‘nome sujo na praça’.
O que alguns não sabem é que desde agosto de 2013 existe, também, o chamado Cadastro Positivo, fiscalizado pelo Banco Central.
A intenção ao implantar essa nova ferramenta foi a de contribuir para melhorar a gestão do crédito no País e reduzir o “spread” bancário – que é uma parcela acrescentada aos juros por conta do risco de falta de pagamento.
A medida veio para beneficiar principalmente as famílias das classes C, D e E, que têm mais dificuldades para preencher as exigências na hora de pedir um empréstimo ou na aprovação de compras parceladas. E facilitar a vida dos que não preenchem requisitos mínimos, como comprovação de renda, de residência, ou com alguma negativação no passado.
Além de facilitar para o consumidor, através do Cadastro Positivo os bancos têm condições de conceder empréstimos de uma maneira mais seletiva e evitar dar mais crédito para quem já está superendividado.
A informação fica disponível a qualquer empresa que precise realizar uma análise de crédito do cliente, na venda a prazo ou em transações comerciais e empresariais que impliquem em risco financeiro.
No entanto, até hoje o sistema de cadastro positivo não “pegou”. Isso porque o consumidor tem que autorizar que seu nome seja incluído no cadastro. E, no sistema brasileiro, diferentemente de em outros países, qualquer evento negativo, como um simples atraso no pagamento de uma conta, pode prejudicar a nota do consumidor.
Por isso, os serviços de proteção ao consumidor fazem algumas restrições ao cadastro.
Atualmente, o Senado está discutindo uma nova lei que aproxime o modelo brasileiro do de outros países, nos quais os consumidores são qualificados pelo histórico como pagadores ou tomadores de crédito.
Vamos ficar de olho, então, nas novidades que virão por aí. E nesse meio tempo, cuidar para manter o “currículo” financeiro em dia!