A vida é um árduo caminho.
Isso me faz lembrar um lindo poema e um exemplo inigualável. Antonio Machado escreveu: “Tudo fica e tudo passa, mas nosso destino é passar, passar fazendo caminho sobre o mar. Caminhante, são tuas pegadas o caminho e nada mais; Caminhante, não existe caminho, se faz caminho ao andar; E ao olhar para trás se vê caminhos que jamais voltará a pisar; Caminhante não existe caminho, somente rastros sobre o mar.”
O exemplo foi de um caminhante, que nasceu em um estábulo entre animais. Nunca cursou uma escola ou faculdade. Foi um humilde carpinteiro que nunca viajou a mais de 200 km de sua cidade natal.
Não morou em palácios e sempre foi pobre, mas digno. Nele nunca houve vaidade.
O único bem pessoal que possuiu em vida era uma túnica velha com a qual foi enterrado em uma cripta cedida pela piedade de um amigo após ser injustamente condenado e brutalmente morto.
Entretanto, esse homem simples tinha poder imenso, derivado do amor em seu coração e da sua palavra.
Passados mais de 2.000 anos, a maioria dos exércitos que lutaram, das frotas que singraram os mares e dos parlamentos que se reuniram invocou sua presença e reverenciou sua memória. E, hoje, a maior parte da humanidade se prostra com fé diante da sua imagem.
Podemos ver na natureza a maravilha divina concretizada, a renovação. O verdadeiro mistério do mundo é o visível, não o invisível, e tudo é ressurreição.
Por isso, os abatidos pela dureza da vida não devem perder a fé.
Alguém lá em cima torce para que eles deem o edificante exemplo de se levantar e de voltar a sonhar de olhos abertos, porque destes é o mundo, diferente dos que sonham de olhos fechados e raramente se lembram no outro dia o que sonharam.
Que Jesus Cristo os presenteie com um Natal de amor e de paz.