Segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS, o Brasil aparece em quinto lugar entre os países recordistas em mortes no trânsito, atrás apenas da Índia, China, EUA e Rússia. Fora a Rússia, os demais países possuem população bem maior que a nossa!
Estradas ridículas, para um fluxo enorme de veículos, fiscalização débil, justiça lerda e impunidade estimulam o descumprimento da lei e as baixas mensais equiparadas às de um terremoto ou tsunami.
Muitos creem que isto repercute na Previdência. Pouco, pois para Previdência o que importa é a expectativa de sobrevida na idade da aposentadoria. E idoso não participa de racha, nem está na rua de madrugada, período de maior ocorrência de acidentes.
Na verdade, na idade de aposentadoria estamos nos aproximando de padrões de sobrevida europeus.
Vocês já perceberam que há muito mais oitentões hoje do que há 20 anos?
Segundo o IBGE, quem chega aos 60 anos, em média, tem expectativa de viver mais 25 anos. É, quanto mais vivemos mais longe podemos chegar.
Por isso alerto sempre: hoje, depois de aposentados, temos outro terço de vida pela frente. E para isso é necessário se preparar para chegar lá bem de cabeça, de saúde, de dinheiro e de objetivos.
Envelhecer é como escalar uma grande montanha: enquanto subimos as forças diminuem, mas a visão é mais livre e mais ampla.
Pratique atividade física que lhe dê prazer e, se possível, em contato com a natureza; passe mais tempo com a família e os amigos; invista em lazer; tenha vida social ativa; leia ou faça palavras cruzadas, pois são excelentes exercícios para a memória.
Mas nada mantém um idoso mais saudável que o sentimento de utilidade e de que tem ainda metas para alcançar.
Por isso, a velhice é uma etapa da vida em que o trabalho retarda a morte.
Não é que eu não tenha pena dos velhinhos, é por amor e respeito à vida deles que digo que não devem nunca parar: parar de se preocupar, de trabalhar e de sonhar.
Agora, uma dica: depender de trabalho na velhice para receber uma renda no fim do mês traz insônia, faz mal para a saúde e antecipa a morte.