Estive em Balneário Camboriú semana passada e, andando no calçadão, um aposentado de fundo de pensão me reconheceu.
Começou a bater papo, me perguntou sobre economia, investimentos e logo chegaram outros, formando um grupo.
Aí, eu me interessei em perguntar sobre a vida deles naquela cidade maravilhosa, onde se encontra de tudo, desde produtos até gastronomia. Pode-se ir a pé ou de bondinho a qualquer lugar, fazer exercícios na beira da praia e tudo com segurança absoluta.
Me disseram que, nos primeiros anos de aposentados, não faziam nada.
Mas, depois de uns 10 anos de ociosidade, começaram a se sentir inúteis, as doenças apareceram, muitos se acomodaram à situação e ao lar, mas que outros, mudaram de vida, resolveram empreender. Estes eram os mais saudáveis, os que pareciam mais jovens e que, provavelmente, teriam uma longevidade maior.
Um deles resolveu financiar um pequeno negócio de reparo de pranchas de surf, outro abriu um pequeno café, um terceiro montou um pet shop e o último estava dando consultoria de finanças pessoais. Nenhum precisava de mais renda para viver. O objetivo mesmo era ter uma razão para levantar de manhã e sentir-se útil.
Percebi a alegria e entusiasmo no brilho dos olhos e confirmei o que penso hoje.
Nunca podemos parar de trabalhar definitivamente.