Somente 18% dos brasileiros poupam alguma coisa de sua renda mensalmente.
Do outro lado do balcão, o brasileiro médio trabalha 1/3 de sua vida só para pagar juros de financiamentos da casa própria, do carro, da televisão, da viagem de fim de ano e outros.
Pois é! Pouquíssimos brasileiros sabem lidar com dinheiro e com o futuro. Não é culpa do povo. O problema é que nunca no país se levou a sério a Educação Financeira e Previdenciária.
Durante boa parte da nossa história, tivemos a maior taxa de juros do mundo para combater uma das maiores inflações do mundo. Isso, aliado a uma educação financeira e previdenciária nula, ajudaram a endividar 2/3 de nossa população.
Pior, no país dos maiores juros, estimulou-se o crédito abundante em prestações infindáveis, diferente dos países desenvolvidos onde não existe compra a prestação. Ensina-se a poupar antes de gastar. Só leva o Iphone se puder pagá-lo à vista.
Pois bem, sempre fui crítico contumaz à compra a prestação, ao uso do cheque especial e ao pagamento parcial do cartão de crédito. Um roubo, repito um roubo os juros do sistema bancário, o spread, que é a diferença entre o custo de captação do dinheiro do investidor e sua entrega ao cliente.
Por tudo que falei, não pensei que estaria vivo para indicar financiamentos aos meus leitores.
Pois chegamos a uma situação econômica única na nossa história, com a menor taxa de juros, no patamar de 5% a SELIC.
Finalmente, posso dizer que alguns financiamentos valem a pena. Por exemplo, o financiamento habitacional está sendo oferecido a um custo de TR mais 6,5% ao ano.
Se eu estivesse pensando em comprar casa própria, a hora seria agora.