Há 2018 anos, nesta época, Jerusalém fervilhava. Não era uma data especial, mas nas ruas as pessoas estavam ansiosas, inquietas e apressadas.
O motivo: os profetas falavam na vinda de um Messias ou de um Rei que os salvaria. A salvação era interpretada de diferentes formas: uns, do jugo romano, alguns dos dogmas religiosos e outros, da ignorância, da escuridão intelectual e da maldade que predominava.
O Messias chegou e sozinho difundiu uma mensagem que sensibilizou metade da humanidade e atravessou 20 séculos intocada.
Mensagem de amor ao próximo, de paz, de bondade, de altruísmo e da predominância do espiritual ante o material.
Passou o tempo. Nas metrópoles o momento também é de frenesi. Gente apressada, celulares ligados, correndo de um lado para outro, porém… para consumir, para comprar, para gastar em nome do Natal.
Que pena! Não entendemos a parte mais importante da mensagem.
Não sou contra consumir, e gosto da atmosfera alegre, do visual bonito e do ambiente seguro dos shoppings.
Mas, me refiro ao espírito do Natal. Que distorção da mensagem do Mestre e do cristianismo! Que mensagem estamos passando a nossos filhos, ao marcar o Natal mais pelo material que pelo espiritual que ele deveria representar!
Olha, observo impotente a tecnologia e o marketing diariamente criando necessidades em meus filhos.
Essa luta para nos manter tecnologicamente atualizados é inglória e nos torna escravos.
Me faz lembrar que livre e abonado não é o que mais tem, mas o que menos precisa.
Por isso, pelo menos nessa data sublime, deveríamos substituir o último smartphone ou tablet por um abraço sincero ou um cartão carinhoso escrito a mão.
Deveríamos ouvir os nossos amores, pois ultimamente só olhamos a tela do smartphone.
Seria diferente, mais profundo, mais educativo…e mais barato!