A Selic caiu e muitos me perguntam se é hora de entrar no mercado de ações. Olha, esse tipo de investimento é bastante arriscado e já valorizou muito. Mas se o dinheiro for para o longo prazo, para mais de 10 anos, minha resposta é sim.
Quem investiu na Bolsa nos últimos dois anos ganhou muito dinheiro e vai continuar a ganhar. Especialmente se o Brasil fizer o dever de casa, a reforma da previdência. Agora, quando falamos de renda variável, temos que tomar precauções.
Aqui vão algumas dicas:
Primeiro, uma boa análise fundamentalista sobre as empresas é imprescindível. Devemos conhecer o balanço, a expectativa de fluxo de caixa futuro, as projeções do setor e demais informações disponíveis. Vocês viram que falei empresas com “s”. Isso mesmo, nunca devemos apostar em uma só. Temos que diversificar em empresas e setores.
Terceiro, empresas voltadas para o mercado interno, como de telefonia, bancos, energia, transportes, alimentação trazem embutida a proteção contra a inflação, pois a repassam para seus preços.
Quarto, ações dividendos, que garantem um rendimento anual independentemente da variação na Bolsa, são melhores.
Quinto, como não é investimento especulativo nem para o curto prazo, não devemos vender o que compramos a cada solavanco do mercado. Isso é realizar prejuízo.
Por fim, se não for investir sozinho, o que é a melhor opção, tem que ficar de olho nos gestores a quem confiar seu dinheiro. Agora, ninguém é mais capaz de gerenciar investimentos de longo prazo do que um Fundo de Pensão. Eles precisam aplicar as contribuições dos participantes em investimentos que superem a meta atuarial. Ela é uma referência da previdência capitalizada.
Projeta a rentabilidade do investimento das contribuições a ser buscada no ano. INPC mais 4% é o padrão. Se der menos, a aposentadoria será menor. Se der mais, será, obviamente, maior. Por isso, se puder entrar em um, corra.